Gabriela
E mais uma vez saí de casa cabisbaixo por conta dos comentários maldosos do Farias, eu tento não me importar porque sei que ele faz justamente para me ofender, para me colocar pra baixo, mas quando eu vou ver já estou ali com aquelas falas maldosas na mente, com as minhas inseguranças cada vez mais forte, com as minhas cicatrizes abertas e sangrando novamente.
- Fala pra ele colar no camarote, só as do Job que vão tá lá hoje, né qualquer candanga que vai subir aquela porr@ não, fala que vai ser uma putari@ organizada pô._ O Farias fala no celular mandado um áudio pra não sei quem enquanto entramos no carro.
- É sério isso Farias? vai fazer tuas cachorradas e tá me levando pra quê? me deixa em casa._ Não acredito que ele vai me levar pra ver ele comendo as put@s dele né possível uma coisa dessa, se bem que se tratando do Farias tudo é possível.
- Cala a porr@ da boca, já falei que tu vai comigo e ponto final, se reclamar mais uma vez te desço a porrada, já tá cansada de saber que tu faz o que eu mando._ Me segurei para não revirar os olhos, porque eu sabia que se fizesse isso ia tomar só um botadão pelo meio da cara.
Não respondi mais nada, fiquei quieta na minha, ele ligou o carro e deu partida rumo ao baile, fui olhando a favela que estava movimentada pra um caralh0, normal em dia de hoje, dia de baile isso aqui fica frenético, dou um sorriso de lado ao lembrar dos tempos que eu amava ir para os bailes, me divertia a beça, até tudo se transformar nesse verdadeiro inferno.
(...)
Chegamos no baile, o Farias estacionou o carro e seguimos, ele na frente como sempre, eu também não fazia questão de nenhum tipo de aproximação com ele. A tropa já foi chegando perto e já ficando em posição, formaram uma fila, com seus fuzis pra cima, o Farias amostrado arrancou logo a camisa, com seus cordão de ouro no pescoço, levantou o fuzil pra cima e foi andando todo se achando, revirei os olhos, se acha esse ridículo, fui caminhando atrás dele, um pouco afastada, nos dois no meio da tropa, entramos no baile, as piranh@s nem disfarçavam os olhares de desejo em cima do Farias, não podemos negar que realmente ele é bonito, é gostoso, só não vale nada.
Mó gritaria, o baile tava lotado, até pra passar com a tropa tava dando trabalho, mó aperto.
- Ho, não fica aí pra trás não, tá maluca pô?!_ O Farias para, se vira pra mim e fala já reclamando, ele também queria que eu fizesse o quê? me poupe. - Alguém age na covardia e te machuca, parece que não pensa pô._ Me machucar isso você já faz bem feito né querido, raiai. - Passa aqui pra minha frente._ Não digo nada apenas passo pra sua frente, a tropa volta a andar, fui andando quando ele segura minha cintura e me puxa grudando meu corpo no seu, olhei pra ele por cima do ombro, e o mesmo soltou um sorriso cafajeste, ridículo do caralh0.
Subimos para o Camarote, falei com algumas pessoas, depois fui para uma mesa mais reservada, peguei um drink e fiquei olhando o povo em baixo dançando, bebendo, rindo. Tomara que a Alice apareça nesse baile, não suporto ficar aqui sozinha, preciso dela para me distrair e tornar essa noite menos desagradável, se ela e o macho tiver de boa com certeza ela vem, se tiverem brigados nem fudendo que o Alain deixa ela vim.
O Farias tava lá com os amigos, bebendo, se drogando como sempre, rindo atoa, que continue assim, que não vire para o meu lado. Tava tranquilona na minha até ver as putari@s dele, o camarote do nada encheu de piranh@, o Farias dando maior papo, as cachorras dançava, rebolava com o r**o na cara dele e pra ele tudo lindo como sempre, já se não bastasse aquela safadeza toda ali na minha frente, o vagabund0 puxou uma pro colo dele, começou falar um monte de coisa no ouvido dela enquanto a cachorra ria. Eu não vou ficar aqui vendo essas vagabundagem mesmo.
Peguei o celular e mandei mensagem pra Alice.
- Ta por onde cachorra? não vai vim pro bailão?_ Poucos minutos depois ela responde.
- Alain não me deixou ir, falou que se eu brotasse ia me quebrar. Mas veja que filho da put@.
- Vixeeee, então vai dormir querida.
- Duvido fia, duvidooooo que eu não apareço nesse baile, já tou me produzindo aqui, colo já já.
- Ele acabou de chegar aqui, vai dar merd@, aquieta teu r**o aí._ Falei.
- Mais só eu mermo que vou obedecer macho, ainda mais Alain, ah mas não vou mermo. E tu tá por onde ?
- Tou aqui no baile, quero sumir, ir embora, o Farias tá aqui com as vagabundas dele na minha frente, e eu aqui olhando parecendo uma idiot@.
- Esse macho merece levar um bem babado pra largar de ser otari0.
- Ele descobrindo e me matando no mesmo segundo, sou nem louca, tenho duas crias pra criar.
- Pior bicha, esse macho não me desce mas infelizmente você não tem muita opção por conta das crianças.
- Na verdade eu não tenho opção nenhuma.
- Que ódio viu, mas calma que eu chego aí em 10 minutos pra gente ficar juntas.
- Alice você tá ligada que vai dar merd@ né.
- Merda nenhuma mapoua, fica suave, aqui não é o creme não filhona, aqui é o crime._ Me segurei pra não gargalhar igual uma hiena, Meu Deus, essa garota só Deus na causa.
- Tá bom dona criminosa, depois não diga que não te avisei.
- Chego Jajá._ Tou nem vendo a merd@ que vai ser quando o Alain pegar a Alice aqui, mas não adianta avisar né, a mona é maluca e vai fazer do jeito dela, e o jeito dela muitas das vezes é perigoso kkkkk.
Uns quinze minutos mais ou menos a Alice me manda mensagem novamente.
- Tou aqui já, vim para o bar, cheguei nem perto da entrada do camarote, avistei o Alain de longe._ Hi ala, tou dizendo, que tem cu tem medo né monas kkkkkkkk. - Desce, vamos ficar aqui.
- Tá, vou descer._ Peguei a minha bolsa em cima da cadeira e fui saindo dali, passei pela ao lado da putari@ com a cabeça lá em cima fingindo não ver nada, assim que cheguei na saída do camarote, dois dos vapores do Farias entrou na minha frente, revirei os olhos, era só o que me faltava.
- Hi, quê que foi hein ?
- Chefe mandou tu ir até ele.
- Manda o Farias pra casa do caralh0, dá licença._ Eles não saíram.
- Pô ordens são ordens, não é pra liberar tua saída sem a permissão dele._ Fechei a mãos em punho e apertei com toda a minha raiva, que filho da put@ eu odeio esse homem mano, odeio.
Me virei e fui na direção daquele nojento, parei na frente dele, o mesmo me olhou enquanto a c****a que estava no colo dele também me olhou cheia de deboche, como se me afetasse de algum modo aquilo, de por mim, ela enfia ele no cu e carrega.
- O quê que foi hein Farias ? porque tá mandando seus cãos de guarda proibir a minha saída.
- Primeiramente, chega no sapatinho tá achando que é quem hein caralh0 pra chegar assim cheia de marra ? tá achando que eu sou teus parceiros. Tá achando que se manda nessa porr@? falei que tu ia ficar no baile até a hora que eu quisesse, e tu tá querendo passar por cima de uma ordem minha? tá loucona de bala né.
- E quem foi que disse que eu tou querendo ir embora? eu só vou ficar lá na pista.
- Cá de quê vai pra pista ? perdeu que caralh0 lá? tá procurando o quê? macho é sua cachorra._ Respirei fundo, senhor eu não aguento mais esse inferno.
- Eu vou ficar com a Alice, ele tá lá em baixo me esperando.
- Manda subir, tu não vai descer.
- Farias pelo amor de Deus, eu não vou fazer nada de mais, só vou ficar lá embaixo com a minha amiga, e ela não pode subir por causa do Alain.
- Problema é todo dela.
- Por favor Farias, me deixa descer._ Falei cansada, que ódio. Ele me encara, me analisa toda.
- Vai, vaza, some da minha frente, e postura nessa porr@ eu tou de cá mas tou palmeando tudo, uma gracinha e eu te quebro.
- Tá certo._ Falo e já vou me virando e saindo dali rapidamente antes que ele mude de ideia.
Desci do camarote e fui ao encontro da Alice.
- Cheguei cachorra.
- Até que fim._ Fala me abraçando.
- O i****a do Farias que não queria me deixar descer.
- Que ranço desse macho, nojo.
- Estamos no mesmo barco né, porque. Alain também não é essas coisas todas.
- Pior._ Gargalha.
Começamos a beber, fofocar da vida dos outros, a Alice se acabando de dançar enquanto eu só me mexia.
- Se solta Gabriela, pelo amor de Deus filhona.
- Tou afim não.
- Larga de graça e dança, isso não vai tira pedaço de ninguém.
Revirei os olhos e acabei entrando na onda dela, comecei a dançar, na postura mas um pouco mais solta do que eu estava, e acreditem foi a pior coisa que eu fiz na vida, parece que eu d***o ele ama atentar. Me apareceu a porr@ de um homem atrás de mim, dançando, roçando mesmo. Meu Deus eu não tive nem tempo de reagir, quando eu vi o homem já tava sendo arremesso pra longe de mim, os vapores do Farias indo até o homem que já tava no chão. Meu corpo gelou na hora que escutei aquela voz.
- QUE p***a É ESSA QUE TA ACONTECENDO AQUI GABRIELA?_ Meu cu não passava uma agulha, pronto, agora eu me lasquei.
- Farias eu posso expli....
- CALA A BOCA SUA CACHORRA._ Só senti o gosto de sangue na hora que tomei um tapão pela banda da cara. - VAI PRA CASA AGORA SUA VAGABUND@, QUANDO EU CHEGAR TU VAI VER, QUANDO EU CHEGAR A GENTE SE ACERTA._ Ele me deu uma olhada macabra, o baile todo parado olhando pra nós, eu com a mão no rosto, só fiz passar por ele e sair daquela multidão, e claro que dois dos seus cãos de guarda vieram atrás de mim. Que inferno, meu rosto tremendo, eu estava toda me tremendo, não sabia se pela raiva, se pela dor do tapa ou se pelo medo do que me aguardava mais tarde.