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Páginas em Branco

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Blurb

O que você faria se acordasse na cama de um hospital sem a menor ideia de como fora parar ali? E se, além dessas lembranças, todas dos últimos dez anos tivessem sumido? Se nada, amigos, parentes, amores e sonhos fossem o que você esperava para o futuro, que agora é o seu presente, e a única pessoa capaz de responder suas dúvidas se negasse a fazê-lo?

Esses são os enigmas que abatem Sara Montenegro após despertar de um coma. O único que sabe é que nos últimos dez anos dedicou seu amor, esperanças e vida a um homem, Rodrigo Montenegro. E se um marido e uma vida dos quais não lembra não fosse preocupante, as consequências de quem ela foi durante os anos esquecidos a assombra.

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Prólogo
Em seus vinte e sete anos, Sara cometeu muitos erros, a maioria por amor. Rastejou e escavou tão fundo por amor que se tornou impossível enxergar uma saída, uma forma de reverter os atos impulsivos e perversos que cometeu. Arrependia-se? Normalmente a resposta seria um alegre e confiante “Não”, mas naquele dia o “Sim” dilacerava seu coração, da mesma forma que Rodrigo Montenegro, seu amado e idolatrado marido, acabara de fazer. Apertando sua bolsa preta junto ao corpo magro, coberto por um vestido vermelho, saiu do elevador a passos largos, o salto fino ecoando pelo estacionamento da empresa do marido. Próxima ao seu Corvette Vermelho, estacionado em uma vaga privilegiada perto dos elevadores, apertou o botão para destravar o veículo e desarmar o alarme. Eram uma das poucas vantagens obtidas após casar com o insensível Montenegro, algo que trocaria sem pensar duas vezes por uma vaga no coração dele. Entrou no carro, batendo a porta com força excessiva, e, após lançar sua bolsa no banco ao seu lado, colocou o cinto de segurança e jogou o corpo contra o assento. Inspirou fundo e esfregou os dedos nos olhos, tentando tranquilizar-se e secar as lágrimas que não paravam de brotar. Foi em vão, o único resultado obtido foi transformar a maquiagem, sempre perfeita, em borrões manchando seu rosto e mãos. Não aguentava mais sua vida vazia, seu casamento frígido, amar sem ser amada. Não queria mais viver assim. Desistindo de controlar as lágrimas e precisando fugir do que lhe causava sofrimento – o homem amado -, deu partida no carro. Saiu furiosamente para as ruas molhadas pela chuva que caia desde manhã. Com a vista prejudicada pelo choro, enxergava a pista borrada, as luzes e carros embaçados. — Cretino... Como pode...? — balbuciou batendo a mão direita furiosamente no volante, sentindo a garganta dolorida e o coração em frangalhos. Sentia-se perdida e com as emoções fora de controle. Acima de tudo, sentia-se traída e abandonada. De dentro da bolsa, seu celular tocou. Sabia quem era e não atenderia de jeito nenhum. — Safado... Quem ele pensa que é...? Não merecia tamanho desrespeito, não vindo da pessoa que a fez desistir de seus sonhos, para quem dedicou cada segundo de sua vida desde que o conheceu. Rodrigo, o amor de sua vida, tomara posse de seu coração, o manipulara e agora - quando tudo que ela tinha no mundo era ele - o tirou do peito dela e pisoteou sem dó. O toque do celular persistia, enfurecendo-a. O desgraçado sabia ser insistente quando queria. Nervosa, segurou o volante com a mão esquerda e com a direita abriu a bolsa, vasculhando seu interior em busca do aparelho. Agarrou o objeto retangular e olhou para a tela, em busca do nome confirmando a pessoa que ligava. As lágrimas impediam que enxergasse com clareza, restando somente à opção de atender. Ao fazê-lo reconheceu de imediato à voz grave. — Sara, o porteiro avisou que você saiu em alta velocidade. O que pretende? Se matar? — Ah, vocês adorariam isso... Assim estariam livres de mim... — zombou furiosa, a voz dolorida e a alma em pedaços. Com a vista encoberta pelas lágrimas e os sentidos descontrolados, pisou fundo no acelerador. Doía tanto ama-lo, escrever em sua mente uma vida inteira de felicidade ao lado dele e perceber que nunca se realizaria. Ele jamais a amaria e desejaria como amava e desejava a outra. — Não diga tolices e nem seja inconsequente. Volte para conversarmos. Sempre repetiam o mesmo roteiro. Ele a magoava com seu desamor e depois dizia que ela era irracional. Dessa vez não o obedeceria, não engoliria seu orgulho e seu amor próprio para satisfazê-lo. Nunca mais se ajoelharia pedindo perdão e uma chance de mostrar que podia ser suficiente. — Inconsequente... Tolice...? — Riu com amargura, os dedos fechando-se com força no volante, o pé afundando ainda mais no acelerador. — Fiz de tudo para te agradar... Abandonei meus sonhos por amor a você... E veja como me agradeceu... E eu que sou a inconsequente...? — gritava com toda força que ainda lhe restava para que sua voz saísse em meio ao choro. — Você não presta... Te amar é o maior erro da minha vida... — Gritar não resolverá nossos problemas, só me irrita, Sara. Gargalhou histérica, tirando a outra mão do volante para esfregar os olhos e secar o mar prejudicando sua visão. — Tudo te irrita — retrucou farta de ser apontada como o problema do relacionamento deles, de lutar por aquele casamento. — Nada te deixa contente... Cansei de tentar... Queria nunca ter me apaixonado por egocêntrico sem sentimentos... — Sentindo o carro mover-se para o lado e ouvir a buzina alta do veículo atrás do seu, voltou à mão livre a direção, ainda sem conseguir enxergar nada a sua frente. Tinha dado tudo de si para Rodrigo e, em retorno, não recebeu nada. — Se eu pudesse, passaria uma borracha nos últimos anos e te apagaria para sempre do meu coração... Nem terminara de descarregar toda sua raiva e frustração quando, ao passar sobre uma poça d'agua, o carro derrapou. Largando o celular, Sara agarrou o volante com força e pisou fundo no freio, o que se mostrou um erro. O carro empinou para frente, capotou várias vezes e, em alta velocidade, chocou-se com força contra um murro, o estrondo assustador erguendo-se acima do barulho da chuva e dos outros carros freando para não se chocarem contra o veículo desgovernado. Com o impacto desmaiou instantaneamente, a cabeça caída para frente, o sangue escorrendo sobre sua face, o corpo preso nas ferragens. Não viu os carros freando e parando ao redor do acidente, não escutou os gritos das pessoas tentando acordá-la e nem as sirenes. Também não ouviu a voz sempre fria e controlada, do outro lado do aparelho telefônico, lançado para fora do veículo durante o impacto, aumentar o tom e demonstrar, pela primeira vez em dez anos, preocupação por ela. — Sara que barulho foi esse? O que aconteceu? Sara, me responda, por favor!

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