Capítulo 12

1395 Words

Dadinho narrando Sempre ouvi aquele ditado: quem cedo madruga, Deus ajuda. Confesso que por muito tempo eu acreditei nisso, agarrado naquelas palavras como se fossem a única esperança que eu tinha. Minha infância foi dura pra c*****o, dessas que a gente lembra com dor no peito e com cicatriz que não fecha nunca. Meu pai… ou melhor, o cara que devia ser pai, sumiu quando eu tinha seis anos. Não é que ele só sumiu, não. Antes disso, ele batia muito na minha mãe. Lembro dele chegando bêbado, quebrando tudo dentro de casa e descontando nela. Eu ficava encolhido num canto, tampando os ouvidos, rezando baixinho para que ele parasse. Às vezes, parecia que não ia ter fim. Até que uma noite, ele simplesmente meteu o pé. Saiu e não voltou mais. Minha mãe ficou sozinha, com uma criança pequena, s

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD