Ele continuava me olhando, como se arquitetasse suas próximas palavras ate soltar: — Sabe, Laura… disse, girando a taça de vinho entre os dedos, como quem escolhe bem as palavras. — Eu estive frente a frente com Vicent Navarro algumas vezes. A forma como ele pronunciou aquele nome… era quase pessoal. Como se cada sílaba carregasse um peso de batalhas perdidas e estratégias admiradas. — Grandes casos... completou ele. — Grandes derrotas também. Para mim, claro. Não era ressentimento. Era… respeito. E talvez uma pitada de fascínio m*l disfarçado. — Eu ouvi falar... comentei, tentando manter um tom neutro. Ele soltou uma risada breve. — Tenho certeza de que ouviu. Foram casos rumorosos. E o maldito sempre tinha um trunfo na manga. Apoiei as mãos no colo, firme, enquanto ele pr

