Meu peito queimava. Meus olhos ardiam. Eu não conseguia respirar direito. Tudo girava. Ele... Ele a olhava sem pudor, sem filtro... Isso me corroía, me fez sangrar por dentro. Roubava toda minha sanidade. Eu queria gritar, dar na cara daquele sem vergonha, escroto, sem escrúpulos, desgraçado e infiel!! Eu queria matar ele. Senti um gosto amargo na boca. Ódio. Nojo. Desprezo. Enquanto todos riam e falavam alto, eu aproveitei a distração. Saí dali, andando rápido, sem que ninguém percebesse. Entrei numa das salas de estar, sozinha, trêmula, prestes a explodir. Vi um jarro de vidro sobre uma mesinha de canto. Minhas pernas agiram antes que eu pensasse, uma cede imensa de arremessar aquela merda na parede, agarrei o jarro, já erguendo para arremessá-lo com toda força... Mas par

