Charlotte entrou no saguão do hotel com passos cautelosos, ainda absorvendo os acontecimentos dos últimos dias. Ao avistar a amiga sentada num canto discreto, deixou escapar um sorriso de alívio e apressou o passo. Assim que se aproximou, recebeu um abraço caloroso, daqueles que pareciam curar todas as feridas do coração. – Achei que você não fosse chegar nunca. – Desculpa a demora. Tive que passar pelo corredor do sétimo andar cheio de funcionários curiosos. As duas riram baixinho e, de braços dados, foram até uma pequena mesa perto de uma coluna, onde poderiam conversar sem chamar atenção. Sentaram-se, e um garçom logo trouxe menus, mas, antes de qualquer coisa, a amiga fez um gesto impaciente, como se quisesse que Charlotte falasse tudo de uma vez. – Me conta. Como está a sua vida n

