Odysseus entrou porta adentro na mansão de seus pais como um verdadeiro míssil, tão rápido e furioso que nem seu pai, nem os seguranças, nem os empregados tiveram chance de detê-lo. Ele não deu ouvidos a ninguém. Subiu os degraus rumo à casa da piscina — uma construção luxuosa ao lado da mansão principal — e escancarou a porta sem bater. A cena diante de seus olhos era um retrato de degradação: várias pessoas, bebidas espalhadas, e o irmão do meio, Nikos, sentado no sofá ao fundo, com duas mulheres no colo. Sobre a mesa de centro, montanhas de drogas, embaladas em pequenos sacos plásticos. O ar era pesado, e aquilo parecia mais a reencenação de Sodoma e Gomorra do que o lar onde Odysseus fora criado. Sem hesitar, Odysseus sacou a pistola que trazia nas costas e disparou dois tiros para o

