CAPÍTULO 2

1288 Words
Quanto mais subimos as escadas, mais os gemidos de André são ouvidos. Um dos acompanhantes chega ao fim e bate na porta. Então, ele nos conduz e fecha a porta, deixando-nos lá dentro, com um André completamente ensanguentado no chão de seu escritório, com os três Draven parados atrás dele. — Escolha o que você quer — André exclama enquanto arrasta as palavras, um fio de sangue misturado com saliva escorrendo de sua boca até atingir o chão. Os três homens caminham sobre nossos corpos com um olhar predatório, as duas meninas e Aline tremem ao meu lado. Um dos meninos da esquerda se aproxima, loiro, olhos castanhos, braços cheios de tatuagens, uma tatuagem de um lobo n***o no lado esquerdo do pescoço e piercings no rosto. As meninas choram quando ele se aproxima delas, Aline soluça ao meu lado, mas eu não. O pânico se infiltra em meu corpo, mas não deixo transparecer, meu rosto continua sério e, quando o loiro chega na minha frente, levanta meu queixo. Seus olhos percorrem meu rosto, curiosos, a dúvida clara em seus olhos, me perguntando por que não tenho receio. O que ele não sabe é que estou apavorada, à beira de um ataque cardíaco. O loiro se vira para ver seus companheiros, sem dizer uma palavra que eles conseguem comunicar, e o homem de cabelos pretos e olhos cinzentos que se parece com o líder acena com a cabeça. — O loiro — exclama. Os guarda-costas levam as meninas para fora e Aline grita enquanto tenta chegar até mim, mas os guardas a impedem e as tiram da sala. Um dos Draven ri enquanto tenta pegar meu braço e eu dou um passo para trás, afastando-me, o que o deixa com raiva. Outro guarda me agarra pelo pescoço por trás, despreparado. Eles vão me bater. Se acalma, Lyra, está habituada à dor, aguenta isto. Eu posso lidar com isso. Eu luto com a escolta enquanto os outros dois Draven se aproximam. — Uma verdadeira beleza — assobia o castanheiro. Ele levanta uma das mãos tatuadas tentando tocar meu rosto, então franzo a testa, irritado, enquanto tento me afastar do toque, embora o guarda me segure firmemente sem me deixar me mover. — Tire a mão do meu rosto — eu falo. Meu tom frio os surpreende, a curiosidade brilha neles, mas finalmente ele afasta a mão. — Eu gosto, nós aceitamos — diz um dos DRAVEN. Começo a lutar com o guarda, gritando, quando André fala novamente. — Lyra, cale a boca — ele rosna enquanto se senta — Você é a moeda de troca da minha dívida. Sua declaração me deixa frio, congelado. Não pode ser. De novo, não. A compreensão cruza meu rosto, prostro meus olhos gelados em direção a André, meu corpo parando de lutar. — Filho da p**a — Eu rosno, baixinho. No entanto, eu desisto. Deixei o guarda me arrastar para baixo. — Senhora! Merda, deixa-me ir, estou tomando esteróides! — Aline grita, tentando chegar até mim — Lyra! — Você poderia soltar meu pescoço? É desconfortável andar assim — digo ao guarda. Ele me observa confuso, virando-se para os lobos que vêm atrás, a loira ri e responde. — Você ouviu a senhora, deixe-a ir. O guarda faz isso, solta meu pescoço, mas continua puxando meu braço. Aline dá uma cotovelada no guarda que a segura pelo nariz, que rosna de dor enquanto segura o nariz, e corre em minha direção. — Lyra! Eles a seguram, então me viro para olhar para ela. — Certo, Aline. — Não, não está certo! — Ele tenta soltar novamente, mas não consegue. Chegamos do lado de fora do bar, onde me colocaram em uma van gigante com os guardas, os lobos entraram em outra van. Amarre minhas mãos, meus pés e venda-me os olhos. Estou lixado. Kael Draven. Assim que entro no bar, ouço como o silêncio se espalha de repente, as pessoas nos reconhecem, sabem quem somos e nos temem por isso, o que me faz sorrir internamente. Subimos para o segundo andar. Meu irmão, Jak, abre a porta do escritório com mais força do que o necessário, o cara atrás da mesa pula, seu rosto se transformando em uma careta de horror quando vê nós três entrarmos em seu escritório nojento. — Olá, olá, querido André — exclama Orion sarcástico, ele é o mais falante dos três. André treme de pânico na cadeira, fazendo-a tremer com ele, o que me faz sorrir ironicamente. Não há nada de que eu goste mais do que o pânico das pessoas em relação a nós. Orion e Jak cercam André. E pega a cadeira de André e a move para trás, para que eu me sente na mesa à sua frente. — Eu te pago, juro, só preciso de um pouco mais de tempo — Andé exclama, com a voz um pouco embargada. — Sério? — pergunta, sarcástico. — Sério, eu prometo — ele exclama. Orion ri e o puxa para fora da cadeira, deixando André ajoelhado aos meus pés. O homem grita — Droga, eu prometo! — O problema das promessas é que elas são bastante tangíveis, Andé. Você não pode prometer algo que sabe que não pode cumprir, e a quantidade de tempo que você fica sem pagar me dá confiança de que nunca o fará — eu exclamo — E não posso deixar um i****a como você pensar que pode roubar meu dinheiro. —Quem deve pagar por isso, não é? — Oriom exclama, antes de Jak dar um soco no rosto de André. André geme de dor, mas isso só motiva Jak mais, que desconta sua raiva nele e se alimenta de sua dor. Orion ri enquanto o segura para Kael. Embora não seja necessário, após um tempo, André para de lutar e Kael vai embora. Ele fica entediado com isso, então o arrasta para o centro da sala. — Diga-me, seu canalha, como posso recuperar nosso dinheiro? — Eu pergunto — Ou vou acabar com você, esse bar de merda e todos os idiotas como você que você chama de família. André chora no chão, desesperado, mas não responde, e isso é resposta suficiente. Kael tira a arma das costas, Orion abre a boca de André com as mãos para que Jak possa colocar o canhão em sua boca, quando André fala novamente. — Espere, espere! Tenho uma moeda de troca. — Moeda de troca? — Orion pergunta, deixando ir. — Sim, pegue uma das minhas meninas, elas são como uma família, então posso te mostrar que vou te pagar. André me encara, ele não hesita no que diz, mas eu sei que ele está mentindo, ele não está interessado em garotas, eu pesquisei sobre o bar dele antes de vir. Mas deixei estar, porque não há nada mais divertido do que pensar que tem uma chance contra nós, é como libertar um pássaro com uma corda amarrada em uma das pernas. Ele voará tão alto quanto eu permitir, ele acreditará que está livre. Então puxarei a corda, e o golpe será pior, porque ele deve ter pensado que tinha escapado, quando não era esse o caso. Ele vai pensar que tem uma chance contra nós, e então vou lembrá-lo por que não devemos deixar os lobos com raiva. — Certo, André, você terá um mês para pagar, ou eu vou esmagar sua garota e todos os idiotas com seu sobrenome. André acena rapidamente, Kael diz aos guarda-costas para trazerem as meninas, enquanto estamos atrás de André, que ainda está no chão, Jak o chuta na boca antes de vir conosco, ao que ele somente encolhe os ombros quando Orion questiona. Os guardas trazem quatro meninas, uma morena, duas castanhas e uma loira.
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