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Nem te conto...

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Blurb

Nem te conto que lá fora há uma vida que em breve estará extinta. É... nada é eterno, e com isso, momentos e mais momentos podem nos mostrar o quão maluca é nossa existência e o quão longe podemos ir e se apenas nos abrirmos a múltiplas realidades.

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Pedras na Água
O menino atirava pedras na água. Seus olhos pequeninos acompanhavam as oscilações circulares que se desenhavam na superfície, perguntava-se se as ondas que criava causavam impacto no fundo invisível do lago. A mãe chama, o almoço está servido. Pequenas pernas corem em busca de abrigo materno. Comida de mãe tem gosto bom. Os pezinhos balançam na cadeira, o garfo espeta os pedaços de carne previamente picados – Mãe, o pai chega hoje? Adalberto. O nome dele pulula na mente daquela mulher, a jovem que aparenta ser velha engole seco, enxuga as mãos no pano de prato, manda o menino não falar de boca cheia. Mais tarde a roupa suja. Roupas de madame lavadas no lago pra afastar a miséria e o pensamento r**m. Jurema tá sempre rindo, cantando músicas tristes e rindo, do que ela ri? Melhor deixar isso de lado, o que enche barriga é roupa limpa não curiosidade b***a. A mulher segue em sua lida. As canções da colega lhe apertam o peito, porque? Jurema sempre cantou, a vida sempre foi b***a, por que diabos a voz da n***a me dói? Volta o menino, o sorriso inocente da criança denuncia traquinagem, ele para ao lado da mãe e a observa. Pega uma pedra e a fica jogando entre uma mão e outra, o lago chama a pedra, o seu desejo é voltar a ser construtor de ondas, as lavadeiras ocupam o lago, mãe briga se menino tenta brinca no lago em hora de trabalho. O magnetismo do lago confronta a força de vontade do pequeno, canto de sereia é forte demais, pedra quer conhecer o mundo submarino. Água por todo lado, gritaria de lavadeiras, riso de Jurema. Menino tem de aprender a não aprontar, chinelada como espetáculo público, amargor de vida dirigido a b***a de criança. A vida pode ser injusta, porque fazer ondas é perigoso? Qual o impacto no fundo do lago? O serviço segue, por um tempo não se conversa naquele lago, Jurema rompe o silêncio, canto triste pra vida vazia, choro apertado num se agüenta escondido nos olhos. Ninguém pergunta, todas conhecem, todas sabem a letra daquela canção, compartilham dor, compartilham o lago. Outras lágrimas caem de outros olhos, só Jurema ri. Mistério de Jurema como rir na canção triste. Termina o trabalho, à noitinha caí. Hora de dar banho no menino.

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