Meu diário!!

Não; certo, porque o perito fez uma varredura com luminol e lamento dizer que o chão da cozinha acendeu. Do tipo de Amy: B positivo - interrompeu Boney. Ai meu Deus! Sim, então sua esposa conseguiu sair dessa sala - disse Gilpin. E depois alguém o limpou cuidadosamente, completou Rhonda me observando. Por que alguém iria querer esconder sangue, mas depois bagunçar a sala de estar? A atividade física regular leva a uma diminuição de frequência cardíaca em repouso. Desta maneira, realiza o mesmo trabalho físico que um sedentário, mas com menor esforço para o coração. Por isso, sempre ouvimos falar que os atletas têm um menor batimento cardíaco do que as pessoas sedentárias. Após a atividade física, o indivíduo treinado retorna mais rapidamente à FC de repouso. É mister acrescentar também que, se moço parece menos devotado, é que frequentemente lembra menos o seu devotamento reclama menos o reconhecimento e o prêmio devidos ao mesmo. É que se lamenta menos amargamente, se é que se lamenta, da ingratidão e da indiferença. Não que seja menos sensível a estas, mas porque as das vezes o homem tem horror às discussões e aos gritos. Pode-se dizer em geral que o homem, mais forte do ponto de vista físico, é de psicologia pacífica: de bom grado cede por amor à paz. Dir-se-á que, neste amor à paz, há muita preguiça, desleixo, ao menos indiferença? O amor à paz pode acarretar a traição à justiça e à verdade e sem dúvida é necessário saber responder e lutar, quando preciso. Concordo com esta necessidade. Não aceito aquela deficiência do homem que às vezes parece não se preocupar com ela. De bom grado concedo que esta atitude nem sempre é própria de um homem corajoso. Entretanto é mister que a moça admita, por sua vez, que a mulher, até a mais devotada não só ao esposo e aos filhos, mas as mais nobres causas e aos mais belos sentimentos, não deixa frequentemente de exasperar, na discussão destes sentimentos e destas causas, com o seu modo de impô-las. A mulher não encara muitas vezes as mais vastas questões senão num horizonte estreito; não considera as questões mais gerais senão nas suas particularidades. Afoga-se nas minúcias, sem cessar desvia as questões e desanima o adversário por não fazer a mínima concessão. Pois nesta vê uma capitulação de conjunto e triunfa insolentemente. O homem ordinariamente se preocupa muito menos com os detalhes. Quer os descubra , quer se lhes mostrem, fica-lhes indiferente, não lhes mostrem, não que não lhe reconheça ou despreze a sua importância relativa, mas precisamente por causa desta relatividade, a qual faz com que ele os apreenda e coloque no devido lugar. Realmente o homem é muito mais simples do que a mulher, simples no sentido filosófico, o qual não significa ser ingênuo ou t**o, mas uno e que reduz tudo à unidade. A simplicidade é a qualidade masculina, a grande qualidade muito pouco apreciada pelas mulheres, por serem elas por natureza tão refratárias, à simplicidade quanto o homem por natureza é propenso à mesma. A simplicidade é uma superioridade: é a superioridade da alma sobre o corpo e seria - se no homem esta simplicidade fosse completa, a superioridade incontestável do homem sobre a mulher, a qual é muito menos simples, isto é, menos una no seu pensamento, sentimentos, métodos, relações e ação. O homem, no seu pensamento, vai ao essencial e se atém ao mesmo. A mulher frequentemente não vê o essencial ou se perde nas particularidades acidentais. O homem, nos seus sentimentos, pode parecer menos fino e até bem rude e brutal. É que visa mais diretamente o fim mesmo com o perigo de entrar em choque, em lugar de rodear e disfarçar. Mas pelo menos sabemos como devemos proceder com ele e se ele quer fazer ver o seu amor, não procura antes de tudo dissimulá-lo, como a ninfa de Virgílio. Que procura ocultar-se , deixando-se ver embora. De outro lado, se às vezes não deixa adivinhar nada, é por uma timidez real, nele muito mais frequente do que as julgam e pela qual, por perspicazes que elas sejam, se deixam não raro enganar. O homem pelo menos, cale-se e não afeta sentimentos opostos aos que experimenta. O moço é muito mais simples do que se imagina e se representa uma comédia, representa-a muito m*l. Apresenta esta simplicidade, que chamam também de franqueza, no seu modo de agir, nas suas relações com os outros homens, nos negócios em que, o mais das vezes se mostra menos avisado, em todo caso mais confiante e menos duro do que a mulher. Numa venda, numa troca, numa loja, o homem fará concessões, que a mulher não faria. Esta sem pejo volta atrás dos acordos feitos pelo homem. Mais gastadoras, não calculam ao seu favor, calculam contra os outros. Têm, para pechincharem, uma audácia que vai até a inconsciência, o que as isenta de improbidade. Compare também a gratificação dada por uma mulher pelos pequenos serviços, com a gratificação dada espontaneamente por um homem. Note a atenção da mulher na escolha dos objetos, de um tecido. Quando se trata de trâmites, sucede o mesmo. Não sabemos nunca o que visa uma mulher com o seu gesto, o seu sorriso, as suas amabilidades. Acontece que o homem diz que joga as cartas na mesa e que as joga mesmo. O seu desejo de uma coisa só tem de igual a astúcia para obtê-la a melhor preço. A mulher não conhece esta expressão, pois não pratica tal coisa. Não sei se é conscientemente e por honestidade, que o homem desdenha a dissimulação. Em todo caso, é quase incapaz dela, pelo menos no grau a que chega, com a tua naturalidade, a mulher. Foi dito que uma mulher não mentia nunca ao enganar continuamente. Pode acontecer que ela se deixe enganar por sua vez por um homem, precisamente, porque este não tratou de enganá-la. Esta simplicidade radical de um e esta duplicidade radical do outro são, de outras particularidades, a causa profunda da maioria dos seus mútuos desconhecimentos, das suas respectivas inferioridades e dos seus inevitáveis desacordos. Disse e repito mais uma vez que se trata, quer quanto à simplicidade do rapaz, quer quanto à duplicidade da moça, de oposições relativas e de diferenças de grau, tendo um e outro a mesma natureza humana, simples e complexa ao mesmo tempo. De fato, há rapazes complicados, assim como há moças simples. Trata-se aqui de um princípio e de precauções gerais a tomar. Afinal, esta simplicidade de um poderá ter a sua explicação nisto que é fisicamente mais forte e feito para a agressão ou, se quisermos, para a iniciativa. E a duplicidade, sem nenhum sentido pejorativo, da outra, tem a sua explicação nisto que ela é fisicamente mais fraca e obrigada à defesa contra o predomínio do primeiro. Após estas explicações, a moça não deve esperar do rapaz uma sensibilidade inteiramente semelhante à sua. Esta sensibilidade masculina é sem dúvida o mais das vezes menos aguda, diria menos espontânea, menos reflexa. O rapaz vibra menos e manifesta menos depressa o seu interior. Destinado a possuir, convém que ele se possua melhor antes de tudo a si mesmo e não fique entregue à simples impressão, somente ao jogo dos nervos. As reações são menos imediatas, aparentemente menos vivas. Pelo fato de o rapaz não manifestar inconsideradamente o que experimenta, a moça não deve ser levada a crer que ele nada experimenta. Ela deveria pensar que muitas vezes ela mesma, por outros motivos, como o pudor ou a conveniência, não deixa transparecer os seus sentimentos íntimos. Este domínio certamente custa mais para ela, mas pelo fato de o rapaz consegui-lo, não se deve concluir que nele é causado por inércia ou indiferença. Por ser menos aguda, a emoção do rapaz pode ser muito bem mais profunda e duradoura, precisamente por ser menos violenta.