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Presa no Casamento com Meu Inimigo

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Blurb

Para salvar o irmão de uma acusação injusta, Alina aceita a proposta de casamento de Lorenzo Salvatore, o empresário frio e impiedoso que arruinou sua família.

Ela só teria que assinar o contrato, fingir ser sua esposa e cumprir as regras…

Mas logo descobre que ele quer mais do que um acordo: quer vingança.

A cada dia naquela mansão, Alina descobre que por trás da raiva de Lorenzo, existe um passado em comum que ela nunca imaginou.

E que talvez... o verdadeiro inimigo não seja ele.

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A Proposta Hedionda
O silêncio naquela sala era tão sufocante quanto a presença dele. Lorenzo Salvatore estava à minha frente, sentado em sua poltrona de couro como se fosse o dono do mundo — e, de certa forma, era. Ao menos daquele escritório de mármore preto e vidros espelhados no topo do prédio mais caro da cidade. Tudo ali exalava poder. Frieza. Contenção. Exatamente como ele. Eu m*l conseguia respirar. – Repete isso – pedi, lutando para manter a voz firme, embora minhas mãos estivessem geladas. – O que você acabou de dizer? Ele me observou com olhos escuros e impassíveis, os cotovelos apoiados nos braços da cadeira, as mãos entrelaçadas. – Você se casa comigo – disse com absoluta calma. – Em troca, eu retiro todas as acusações contra seu irmão. E ele volta para casa como se nada tivesse acontecido. – Você está louco – murmurei, com incredulidade. – Isso é... isso é chantagem! – É uma proposta – respondeu ele, erguendo uma sobrancelha com indiferença. – Um contrato. Ninguém está te obrigando a nada, Alina. A escolha é sua. – Mentira. Você armou pra ele, não foi? – acusei, dando um passo à frente. – Foi você quem plantou as provas. Aqueles documentos não existem! Você inventou tudo isso só pra me obrigar a vir aqui! – Eu não disse isso – respondeu com aquele tom odioso de quem se diverte com o desespero alheio. – Mas, mesmo que tivesse feito… seria justo, considerando o que sua família fez com a minha. Meu estômago se revirou. – Isso é sobre o meu pai… – murmurei, como se finalmente compreendesse a profundidade daquela loucura. Lorenzo se levantou. Era muito mais alto do que eu lembrava. O terno sob medida moldava os ombros largos, o corpo esculpido por disciplina e arrogância. Mas era o olhar dele que me paralisava – escuro, intenso, carregado de raiva fria e algo mais que eu não sabia nomear. – Tudo é sobre o seu pai – disse com voz baixa. – Ele arruinou a minha família. Me tirou tudo. Eu só estou devolvendo o favor. – Você quer se vingar… usando a mim? – Você é a única Duarte que ainda tem algo a perder – ele respondeu, como se fosse uma obviedade. As palavras me atingiram como um tapa. Doíam porque eram verdadeiras. Minha mãe estava mergulhada em depressão desde que papai morreu. Meu irmão agora estava atrás das grades, acusado de fraude corporativa e lavagem de dinheiro. E eu… eu era a única ainda de pé. A única tentando manter tudo junto. – E o que exatamente você quer com esse casamento? – perguntei entre dentes. – Vai me exibir como troféu? Me trancar numa mansão? Me fazer de escrava? – Você vai ser minha esposa – disse, aproximando-se de novo. – E vai se comportar como tal. Vai morar comigo, assinar os papéis, sorrir para os fotógrafos e obedecer às minhas regras. E quando estivermos sozinhos… Ele parou, deliberadamente, para deixar o silêncio se espalhar entre nós. – …também vai se comportar como uma esposa. Meu rosto ardeu. – Você quer… me forçar a dormir com você? – Não. Quero que queira. Mas não se preocupe, Alina. Eu sei ser muito… persuasivo. Virei o rosto, enojada com a calma dele. Ele estava completamente no controle. Era um jogo que Lorenzo Salvatore já tinha vencido antes mesmo de começar. – Isso é repugnante – murmurei. – Você acha que pode comprar tudo, até uma esposa? – Não estou te comprando. Estou te oferecendo um acordo. Algo justo, dadas as circunstâncias. Seu irmão ou sua dignidade? Escolha. Fechei os olhos por um segundo. A imagem de Daniel algemado, apavorado, me atravessou como uma faca. Eu tinha ido ao presídio naquela manhã. Tinha visto os hematomas no rosto dele. Ele dizia que era inocente. Eu acreditava. Mas ninguém mais parecia importar-se. – Você é doente – sussurrei. – Doente, c***l e vingativo. – E você é sentimental demais – respondeu ele, voltando para trás da mesa de vidro. – É por isso que perdeu tudo. – Me mostra esse maldito contrato. Lorenzo sorriu. Um sorriso discreto, vitorioso. Abriu uma pasta de couro e retirou alguns papéis grampeados. Jogou-os sobre a mesa. – Leia com atenção. Especialmente a cláusula de fidelidade. Gosto de saber onde minha esposa anda. Me aproximei e comecei a folhear. A cada linha, meu coração afundava mais: Residência obrigatória na mansão Salvatore. Proibição de manter contato com jornalistas ou qualquer figura pública sem autorização. Cláusula de confidencialidade sobre a vida conjugal. Sexo obrigatório, exceto em caso de doença comprovada. Duração mínima de três anos. Sem acesso a contas bancárias dele. Sem direito à herança em caso de divórcio. – Isso aqui é uma coleira – murmurei. – É um contrato – ele corrigiu. – E se eu não assinar? – Então lamento. Seu irmão será transferido para um presídio estadual ainda essa semana. E com os amigos que ele está fazendo por lá… bom, não posso garantir que vá sair inteiro. As lágrimas ameaçaram vir, mas eu as engoli com todas as forças. Ele queria que eu quebrasse. Queria que eu desabasse diante dele. E eu não daria esse prazer. – Por que eu? – perguntei, com a voz trêmula. – Por que não escolheu outra mulher pra brincar de casinha? – Porque só você carrega o nome que eu quero destruir – respondeu com frieza. – Só você pode pagar pelo que o seu pai fez. Eu o encarei por longos segundos. Havia tanto ódio nele… mas também havia outra coisa. Algo mais profundo, mais sombrio. Aquela obsessão tinha raízes que eu ainda não entendia. – E depois de três anos? – perguntei. – Eu fico livre? – Livre – confirmou ele. – Ricamente compensada, se quiser. Mas, até lá… você será minha. Eu respirei fundo. Três anos. Mil e novecentos e cinquenta e seis dias. Por Daniel… eu seria capaz de qualquer coisa. Mesmo casar com o d***o. – Me dá a maldita caneta – falei. Ele entregou com a ponta dos dedos. O toque dele era quente. Dominante. Eu segurei a caneta como se ela fosse uma arma. Assinei com o coração na garganta. – Você vai se arrepender disso – murmurei. Lorenzo pegou os papéis com um sorriso. – Espero que não. Agora, Alina… bem-vinda à família Salvatore.

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