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ENTRE O AMOR E O CRIME – O DON DA VILA KENNEDY

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Blurb

Na Vila Kennedy, ele é a lei.Vinícius Kevin, mais conhecido como V.K, é o traficante mais temido do morro — frio, c***l, e dono de um código próprio: não roubar trabalhador, não mexer com criança, e nunca perdoar traidor.Mas por trás do olhar cortante e das execuções sem piedade, há um homem que já não acredita no amor, nem em Deus, nem em perdão.Até que Catarina chega ao morro.Gordinha, bonita e com um sorriso que afronta o perigo, ela vem morar com a avó, sem imaginar que cairá nos braços do homem mais procurado da comunidade — o mesmo homem que seu pai, Capitão Roldão, jurou destruir.Quando o coração dela se divide entre o sangue e o sentimento, começa a guerra.Entre batidas policiais e tiros cruzados, V.K. vai aprender que o amor também pode ser uma arma.E Catarina, que amar um bandido é morrer um pouco todos os dias.Mas na Vila Kennedy, quem manda é ele.E ninguém, nem o BOPE, nem o destino, vai roubar o que é dele.***********************************************“Entre o Amor e o Crime” — onde o perigo é real, o sentimento é proibido, e a redenção pode custar sangue.

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A Lei do Morro
O morro tinha sua própria respiração. Uma respiração áspera, quente, sempre em alerta. Não havia silêncio na Vila Kennedy — havia pausas. Pausas entre motos cortando os becos, pausas entre rádios chiando, pausas entre os sussurros do povo que tentava sobreviver no território onde V.K reinava sem precisar levantar a voz. Era de manhã quando o portão de ferro da laje principal rangiu, anunciando que o homem mais temido da comunidade havia acordado. O som percorreu cada viela como se fosse um aviso dos céus: o Don estava de pé. V.K não precisava gritar para impor respeito. Ele era a própria lei do morro — uma lei que não precisava ser escrita. Bastava ser lembrada. Ele surgiu na entrada com o olhar frio de quem já tinha vivido coisa demais para ter medo de qualquer coisa. Com 1,88m de altura, ombros largos, tatuagens que marcavam sua pele como histórias que ninguém ousava perguntar, Vinícius Kevin caminhava com a postura de quem nunca correu de nada — nem de bala perdida, nem de polícia, nem de si mesmo. Os soldados se ajeitaram imediatamente quando o viram. — Bom dia, chefia. — disse Tigrão, seu braço direito. — Bom dia nada. — V.K respondeu, seco. — O morro acordou antes de mim? — Desde cinco da manhã. — Certo. Quero geral ligado. Vai ter movimentação hoje. Tigrão assentiu e fez sinal para os outros. O rádio começou a chiar com mais frequência, como se o ar tivesse percebido que a tensão estava prestes a aumentar. V.K acendeu um cigarro, mas não fumou. Apenas segurou entre os dedos, observando a fumaça subir. Era um hábito estranho: ele nunca tragava. Só acendia para pensar. E quando ele pensava, o morro respirava junto. — Passaram a visão sobre o moleque da rua sete? — ele perguntou, sem tirar os olhos da comunidade. — Passaram sim. — Tigrão respondeu. — Ele tá devendo faz duas semanas. — Duas semanas? — Tamo tentando resolver sem barulho. — Barulho vai ter de qualquer jeito. — V.K murmurou. — Só escolhe o volume. Tigrão respirou fundo. Ele sabia que aquilo significava problema. — Quer que traga ele aqui? — Não. — V.K jogou o cigarro no chão e pisou em cima. — Eu mesmo vou. Os soldados se entreolharam. Quando o Don descia pessoalmente, ninguém dormia tranquilo. A viela principal da Vila Kennedy era estreita, quebrada, com paredes descascando e roupas penduradas em varais improvisados. Era o tipo de cenário que polícia só via de longe e que morador evitava olhar por muito tempo, como se fosse um lembrete permanente de tudo o que faltava. Mas V.K caminhava nela como se fosse uma avenida de luxo — cada passo carregado de domínio. Ele não desviava de ninguém. Os outros desviavam dele. — Bom dia, Kevin. — disse Dona Joana, uma senhora de quase setenta anos, segurando uma sacola de pão. — Bom dia, senhora. — ele respondeu com respeito. Esse era o detalhe que confundia quem vinha de fora: ele era c***l, mas tinha código. E o código dizia: Não roubar trabalhador. Não encostar em criança. Não encostar em idoso. Respeitar quem respeita. Traição não tem perdão. E era essa última lei que estava prestes a ser cobrada. V.K chegou até a rua sete, onde um grupo de soldados já esperava. O clima não era de conversa; era de sentença. O moleque estava sentado no chão, mãos para trás, rosto suado de medo. Tinha uns 19 anos, e apesar da postura agressiva que tentava manter, a voz dele tremia. — Chefia… eu posso explicar. — Pode. — V.K respondeu, cruzando os braços. — Explica. O garoto engoliu seco. — Eu vou pagar. É só uma fase r**m, eu juro. — Fase r**m todo mundo tem. — V.K disse, a voz calma. — Roubar a boca não é fase r**m. É burrice. — Eu não roubei! — o garoto gritou, desesperado. — Eu só… peguei emprestado. V.K riu — e esse riso deixou todos ainda mais tensos. — Pegou emprestado? — Sim. Eu… eu ia devolver. V.K respirou fundo e se agachou diante do garoto, olhando diretamente nos olhos dele. — Olha pra mim. O moleque tentou desviar, mas não conseguiu. — Tu acha que eu sou i****a? — Não, chefia… — Tu acha que eu não sei quando tão tentando me passar a perna? — Não… — Tu acha que eu não sei quem pega emprestado e quem rouba? Silêncio. O garoto começou a tremer. — Chefia… eu tenho mãe. — Todo mundo aqui tem mãe. — Por favor… — Se tu pensasse na tua mãe, não tava aqui. O morro inteiro sabia como aquilo terminava. Era só questão de como. V.K levantou devagar. — Levanta ele. Dois soldados puxaram o garoto. — Última chance. — V.K avisou, seco. — Quem te mandou fazer isso? O garoto chorava, mas chorava em silêncio — chorava com medo de que o barulho irritasse ainda mais o Don. — Eu… eu fiz sozinho. — Fez sozinho? — Fiz… fiz sim. — Então vai morrer sozinho. O garoto arregalou os olhos. — NÃO! CHEFIA! POR FAVOR! EU JURO— — Jura nada. Você mentiu. Pior que roubo, é mentira. V.K fez um sinal com dois dedos. Os soldados se afastaram meio passo. — Mas hoje não vai morrer. O garoto caiu de joelhos, chorando. — Obrigado, chefia… obrigado… — Vai trabalhar pra mim até pagar o que deve. — V.K disse. — E se sumir, aí sim tu morre. — Eu vou pagar! Eu prometo! — Promete pra tua vida, não pra mim. Ele virou de costas, e o grupo abriu caminho. Tigrão se aproximou. — Pegou leve hoje. — Quem rouba uma vez, rouba duas. — V.K respondeu. — Quero ver se ele tem medo de morrer o bastante pra não repetir. Era c***l? Era. Mas era assim que o morro sobrevivia. Não com bondade. Com equilíbrio. A lei do morro era simples: Mantenha o medo vivo, e a ordem se mantém. Enquanto caminhava de volta para a laje, V.K ouvira um rádio chiando: —“Movimentação estranha na rua 11. Carro prata rondando.” —“Informante quer falar contigo.” Ele respirou fundo. — Quem é? — O Vasila. V.K revirou os olhos. — Esse come dinheiro. — Come, mas traz informação quente. — Então traz ele. O Vasila chegou mancando, cheirando a cerveja velha, com o olhar inquieto de quem sabia mais do que devia. Ele era pago pra isso: saber demais. — Fala. — V.K ordenou. — Chefia… tão dizendo que vai ter operação hoje. — Do BOPE? — Ou polícia civil. Não sei direito. — Qual horário? — Entre noite e madrugada. V.K fechou o rosto. Operação do BOPE não era palhaçada. Era guerra. E guerra custava vidas. — Quem passou a visão? — Minha fonte. — Quanto tu quer? — O de sempre. — O de sempre tu já ganhou semana passada. — Mas a informação hoje é maior. — Então fala uma informação maior. O Vasila ficou em silêncio. Ele sempre demorava — fazia suspense para aumentar o valor. Só que, com V.K, esse jogo era perigoso. — Chefia… — ele finalmente disse — …tão falando que a operação vem pelo alto. — Heliponto? — É. — E por quê? — Porque tão vindo por causa de um cara só. O ar gelou. — Quem? — Tigrão perguntou. O Vasila sorriu de leve. — Tu, Vinícius Kevin. V.K não reagiu. Não demonstrou medo. Apenas concluiu: — Então hoje o morro dorme com o olho aberto. E ninguém respondeu. Porque todo mundo sabia: Quando o BOPE subia pelo alto, não vinha pra prender. Vinha pra matar. V.K fechou o rádio, jogou para Tigrão e deu a ordem: — Fecha o morro. E assim começou a noite que mudaria tudo. A noite em que V.K ainda não sabia, mas cruzaria pela primeira vez com uma mulher que colocaria o coração dele em guerra. Não pela polícia. Não pelo BOPE. Mas por algo que ele não sabia sentir: Amor.

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