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intro-logo
Blurb

Ana é uma menina mulher muito amada por sua familia e determinada para a vida. Uma mulher militar que teve que desenvolver habilidades excepcionais, depois de passar por uma trauma na adolescência, para ser a melhor em um mundo dominado por homens.

Ele, também militar, que por estar em um alto escalão e se sentir suficientemente capaz de ser responsável por uma equipe de elite, não admite se rebaixar para uma mulher que todos dizem ser a melhor e mais eficiente.

Tudo muda quando ele consegue enxergar a verdadeira essência de sua alfa e um sentimento mas forte que o esperado nasce em meio de um conflito.

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Introdução
***Alerta de gatilho: neste primeiro capítulo cito uma situação de p*******a e estupro, mas que é o principal motivo de nossa personagem principal se tornar uma pessoa determinada, destemida e a melhor no que faz. O tema não é tratado de forma muito profunda, mas acho importante o aviso. Mesmo assim, para aqueles que não se entem a vontade com o tema, solicito que pulem essa parte apenas tendo a ciência do que houve, pois lá na frente o tema volta a tona Meu nome é Ana e tenho 18 anos. Todos dizem que sou linda, mas não gosto de ficar presa a isso, mesmo porque quem mais me elogia são as pessoas da minha família. As vezes me olho no espelho e admito que tenho uma aparência legal, mas prefiro me esconder em meu uniforme. Minha história como soldado é um pouco diferente dos de carreira, mas vou contar aos poucos. Tenho 1.60 e 54 quilos. O meu corpo é muito definido por conta dos meus treinamentos intensos. Cabelos longos, castanhos e pele bronzeada. Eu fui adotada por uma família maravilhosa...na verdade, fui abandonada ainda recém nascida e como minha mãe trabalhava em uma casa assistencial, assim que me viu, ficou apaixonada, nas palavras dela... Nunca fui uma garota que gostasse de conversas, amigos e essa interação que as pessoas fazem questão de ter. Sempre passei minha infância e adolescência tentando me esconder em meu quarto ou em meus livros, adoro ler. Sei que muitas histórias ali são inventadas, mas gosto de imaginar a vida através da leitura. Por causa disso, meus pais e irmãos sempre tomaram muito cuidado comigo, parecia que eu era de porcelana. Sempre cuidando no modo de falar, no que falar. As vezes eu achava engraçado porque nem prestava atenção no que eles diziam, só olhava nos olhos deles para que eles pudessem ver o quanto eu os amava e me importava, só isso. Brincar mesmo, eu não tenho lembranças de ir a parquinhos e esses tipos de coisas que as crianças gostam de fazer, sempre preferia ficar em casa, no quarto jogava bastante video game, disso eu me lembro, de luta, estratégias, sempre gostei, mas de vez enquando eu parava para acompanhar minha irmã em brincadeiras de boneca, mesmo não gostando, só para ver ela feliz mesmo. Meu pai é militar, ninguém sabe ao certo qual a graduação dele, porque ele faz parte de um grupo de guerreiros que presta auxílio internacional formado por, o que o alto escalão denomina, 13 Distritos. Todos o chamam de comandante, sabe que ele tem muita influência, mas nunca ouvi o chamarem pela patente. As vezes, algumas pessoas vem até minha casa para fazer reuniões com ele, nunca sabemos sobre o que é, eles sempre ficam no escritório e falam baixo. Deve ser assuntos do trabalho. Quando isso acontece, meu pai muda completamente as feições dele. Fica mais sério, com o olhar superior, mais rígido, completamente diferente do cara carinhoso e atencioso que a gente conhece. Como já disse, tenho uma irmã chamada Rachel. Ela é muito linda, por dentro e por fora, acho que puxou o coração da minha mãe, gosta de estar sempre sorrindo, ajudando as pessoas e tentando agradar todo mundo. As vezes eu acho que ela exagera porque deixa de fazer o que gosta para fazer para os outros, mas também não julgo. Quando eu quero ver minha família feliz, faço a mesma coisa. Também tenho um irmão chamado Ricardo, ele é o terror da mulherada, não por causa de sua iniciativa porque ele é muito pacato e apesar de demonstrar ser carinhoso e amoroso, ele é um cara tranquilo, não gosta muito de sair, não é nada mulherengo, está sempre na dele...nem sabemos se ele pega muitas mulheres, o terror vem mesmo das que fica insistindo para falar com ele em qualquer ligação perdida aqui ou quando o porteiro interfona avisando que alguma desconhecida está a sua espera, mas ainda assim, ele evita ficar falando de sua vida íntima. São as mulheres que correm atrás mesmo, não posso negar, meu irmão é um homão da p***a. Somos muito muito muito unidos, aliás, toda a família, pena que por conta de minhas missões, não tenho o tempo que gostaria para dar a atenção que eles merecem. Porém, sempre que posso estar com eles, tento ser apenas deles. Hoje eu estou em casa descansando e aproveitando ao máximo esse clima de bem estar que sempre sinto quando estou com eles. Amanhã eu tenho que me apresentar ao Distrito 10 como sua nova alfa e estou muito apreensiva. Meu pai já tentou falar comigo várias vezes sobre este assunto, mas prefiro mantê-lo fora da minha concentração. Se vou enfrentar algum problema, tenho que aprender a me adaptar sozinha porque ele não vai estar sempre comigo e mudando o curso de tudo. Sou uma soldado coringa. Isso quer dizer que mesmo estando naquele lugar, não pertenço ali. Cumpro minha missão e sigo para outra. Nada mais. Em certos momentos me pego pensando se algum dia vou ficar por muito tempo em algum lugar e formar laços mais duradouros e acabo desistindo desse desejo porque sei que, apesar de ter desenvolvido habilidades excepcionais, eu sou apenas uma peça chave que pode ser descartada quando não tiver mais serventia. O meu maior objetivo quando numa equipe é treiná-la para ser a melhor. Sempre treino a equipe alfa que é formada por um alfa (o líder) um beta e nove ômegas, mas na verdade nunca tive uma equipe para chamar de minha, para fazer parte. Como sou coringa, obedeço diretamente ao que o conselho ordena e esses membros não estão nem aí para o que eu penso, dores que eu sinto, dificuldade de missão. O que importa é que a ordem seja cumprida e que tudo fique em equilíbrio. Nosso esquadrão não serve a um determinado país. Temos alianças, então o país que solicitar apoio, se fizer parte da nossa aliança, a gente ajuda de pronto. Flashback on Eu tinha 12 anos e estava no parque da cidade nas primeiras horas da noite...eu gostava muito de ver o sol se pôr e, apesar do parque ser muito movimentado, gostava de ficar em uma parte mais isolada e ler livros. Já não estava mais na idade de ficar brincando e como não tinha amigos, não marcava encontros com turminhas para ficar batendo papo de adolescente, tomar sorvete ou simplesmente escolher um lugar e ficar tirando várias fotos e postar nas redes sociais como fazem essas adolescentes de hoje em dia. Nem parece mais que são adolescentes, ficam tentando pagar de adultas. Nunca estava sozinha, meu pai sempre ordenava que um segurança fosse comigo e apesar de ser nova para passar tempo sozinha nesse tipo de lugar, não entendia o porquê dessa proteção toda, mas não questionava. Naquele dia, estava lendo um livro, nem me lembro o nome. Vi um amigo do meu pai caminhando, ele sempre ia lá em casa e me reconheceu. Ele dispensou o segurança alegando que meu pai tinha pedido para que ele me levasse embora e eu aceitei. Não tive medo porque eu realmente o conhecia como amigo do meu pai, mas comecei a ter no momento em que ele passou a mão na minha perna. Era tudo mentira...ele me levou para a casa dele e disse que me faria forte, me faria mulher. Eu não entendia, mas estava desesperada. Só tinha 12 anos, o que será que ele queria dizer? Ele era doente, só isso explicaria o desejo dele por uma menina. Eu não tinha nem corpo e mesmo assim ele quis. Não sei ao certo o que ele fez porque eu lutei, lutei tanto que ele me bateu e muito forte, tão forte que eu desmaiei. Me lembro de acordar toda inchada na minha cama, roxa, mas limpa e com minha mãe me fazendo carinho. Vi pena, ódio, revolta no olhar dela, mas muito mais amor e disposição. Meu pai entrou no quarto e pediu para que minha mãe saísse. Sentou-se na cama, ao meu lado e olhou no fundo dos meu olhos. Foi a primeira vez que vi um sentimento diferente neles, vi determinação Pai- não consigo pensar no que você passou, eu não quero pensar, isso me mata por dentro. Eu - não quero me lembrar papai, tenho medo, sei o que aconteceu, sinto a crueldade daquele monstro, mas não quero me lembrar. Pai - ele não irá mais te fazer m*l, não irá fazer m*l para mais ninguém...meu Deus, eu o coloquei dentro da minha casa, da minha família, não acredito As lágrimas escorriam pelo seu rosto. Eu nunca tinha visto ele chorar, nem mesmo triste, me cortou o coração. Flasback off Com 14 anos comecei a acompanhar meu pai em alguns treinamentos com os saldados. Minha mãe e irmãos não gostavam muito, mas ele dizia que eu tinha que desenvolver outra personalidade para sobreviver. Com isso, também comecei a participar dos treinos, mas sempre com maior intensidade. Algumas vezes apareciam mentores com habilidades excepcionais para me ajudar. Peritos em reconhecimento de flora, elementos da natureza, tribos, diferentes línguas para que meus ensinamentos fossem mais intensos, eficazes. Passei por várias provas de sobrevivência, ficando dias em florestas, sozinha, reconhecendo os sons, o tempo, o clima, os pontos cardeais, como conseguir água e comida em locais inimagináveis, aguçando meus sentidos. Tiveram vezes que passei cerca de um mês vendada, realizando tarefas como se fosse cega, só para que meu reconhecimento auditivo fosse impecável. Os anos foram passando e as tarefas foram se intensificando. Eu já estava autorizada a fazer parte de uma equipe de soldados, mas sem graduação por não ter a idade necessária. Diziam que eu era soldado por mérito e seria a nova alfa coringa. Agora aqui estou eu, pronta para treinar uma equipe designada e mostrar o porquê da minha fama.

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