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877 Palavras

SOL NARRANDO Antes do Brasa se enfiar no banheiro ele me pegou pelo braço, olho fixo no meu: “Ele e a Sofia tavam te comendo no seco faz tempo. Não cai na lábia. Enrola, joga na cara. Quando ele levantar, eu saio. Aqui vai ser a última conversa de vocês.” Deixou esse recado queimando na minha cabeça e sumiu atrás da porta. Abri a porta e dei de cara com o Roberto. O corpo até reconheceu o cheiro de perfume caro, mas o coração só sentiu nojo. Cara lisa, sorriso ensaiado, olho pidão. Entrei no modo gelo. Sentei de frente, botei ele com as costas pro quarto. Era minha vez de fazer o jogo. Eu tava com ódio, mas lúcida. Cada “amor” que ele soltava me lembrava TED sumida, saque de madrugada, PIX programado pro nada. E a imagem da Sofia comendo do meu dinheiro como se fosse buffet livre. Eu só

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