135

1363 Palavras

— E se eu disser que não? — perguntei. — Eu vou atrás de outra pessoa. — ele respondeu sem mexer um músculo. — Só que ninguém conhece melhor que o senhor. E eu prefiro fazer as coisas direito. Direto. O mar fazia barulho de panela fervendo lá embaixo. Por um segundo eu vi a cara da Rosa rindo no portão de casa, nova, com o cabelo preso, me oferecendo um café. Vi a Sol menina, de trança, pulando poça. Engoli seco. — O que tu quer saber, exatamente? — testei a corda. — Se ela tá morando no alto mesmo ou se é provisório. Se tem dia que desce. Se usa carro. Se anda com quem. Se tem hora que fica sozinha. — ele foi listando como quem recita compra de mercado. — E se esse… Brasa… dorme junto. Eu não quero confusão. Quero janela. Janela. Palavra braba. Eu encostei o copo, sentei melhor, deix

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR