Confronto

942 Palavras
POV’s Laura 23:00 PM. Me encontro enrolada numa toalha, tremendo de frio. Estou toda suja de tinta, sentada na cadeira. Os convidados já foram embora e só se encontram os organizadores do evento. Arthur está muito indignado, movendo-se de um canto pro outro. Ele briga mais por mim, do que mesmo por ele, que também se sujou na hora que se colocou na frente. — Quero saber quem causou aquilo?— aponta. — Chloe.—ele pronuncia duramente o nome da a estilista, que se mantém cabisbaixa. — Foi você que organizou, como autorizou que aquilo acontecesse com a minha esposa? — Acidentes acontecem, Arthur.— a voz ecoa cheia de desdém.— Poderia ter acontecido com qualquer uma das nossas modelos, sem exceção. — os olhos hostis da mesma, me atravessa. Fico cabisbaixa, sentindo-me um desconforto, ao receber os olhares tortos dos funcionários da empresa. — Mesmo não havendo culpados, estão dispensados.— ele informa. — Arthur, volte atrás com a decisão. A nossa equipe sempre foi muito competente, não é por causa de um mini incidente, que você vai querer demitir todos. — Esse mini incidente, Chloe, constrangeu a minha esposa, e constrangeu a mim.— mostra o seu estado.— Não admito ser desrespeitado desde da minha própria empresa, e muito menos, que Laura tenha sido humilhada na frente de todos. Encolho-me, o ouvindo me defender. Ele m*l me conhece, mas há uma p******o na forma de como fala de mim. — A equipe se solidariza em pedir desculpas a sua esposa.— a estilista enfatiza, com um certo deboche.— Essas pessoas precisam do trabalho. Cada um vem até mim, e pronuncia; desculpa. Fico com pena daqueles trabalhadores, pois muito dependem do emprego para sobreviver. E quando chega a vez da estilista, ela é orgulhosa o suficiente pra dizer: — Não vou me curvar de frente a uma ninfeta.— ergo o olhar muito incrédula, ao ser atacada dessa forma.— Eu tenho mais de 30 trabalhando nessa empresa, e não será uma ninfeta que dormiu com o chefe que vai me ensinar como devo trabalhar.— a arrogância transborda na sua voz. Sinto-me tão diminuída. E me levanto, ficando na mesma altura da mulher que me lança um olhar de nojo. A miro profundamente, sentida. — Respeite a dona Laura, Chloe.— Arthur se intromete, muito bravo.— Peça desculpas imediatamente! — Pra essa coisa...— aponta o dedo.— Prefiro a minha demissão, do que me rebaixar a esse nível. Os olhos da própria me hostiliza. — Pois está demitida, se retire.— ele eleva a voz, dando a ordem.— Nossa parceira se encerra por aqui, Chloe. — Nunca pensei que fosse ficar tão cego, Arthur, por uma mulher que tem a idade pra ser a sua filha.— o noto travar.— Tenha vergonha nessa sua cara e procure uma mulher da sua idade, e não uma garota que vai te trocar pelo primeiro novinho que ver pela frente. O tanto de absurdo e insinuações que escuto, me faz ficar indignada. — NÃO SOU UMA v***a! Se a senhora não sabe respeitar os outros, eu lamento. Mas não admito que levante coisas sobre o meu caráter. Eu exijo respeito! — A princesinha tem voz.— a ouço debochar.— Achei que ficaria na sombra do Arthur, já está botando as asas pra fora. Coitada da Scarllet, perderá tudo, pra uma oportunista. — Não sou uma oportunista, como pensam.— me defendo.— Posso muito bem aprender a gostar do senhor Arthur. Não pelo o que ele TEM! E sim, pelo que ele é.— olho em sentido ao mais velho, e trocamos olhares. — Tá vendo, ela tá te fazendo de trouxa Arthur, nem de você ela gosta.— solta e fico desconcertada, quando tenta envenenar a situação.— Casou com uma criatura que veio no intuito de te dá o golpe da barriga, cuidado. — VÁ EMBORA, Chloe!— meu patrão grita.— Chega! A mulher e assim como demais se retiram. Me sento no assento, arrasada. Ele se aproxima. — Laura.— agacha-me em minha frente.— Não chore. — Não sou uma interesseira.— choramingo— Eu odeio esse tipo de julgamento, onde sou acusada por uma coisa que eu não sou. — Eu sei que não.— seus dedos macios acariciam nos meus, e encaro o gesto mexida.— Eles não sabe que nos casamos, apenas pra você conseguir o seu Green Card. Não tenho idade nenhuma pra viver um relacionamento, a velhice já chegou para mim.— seus olhos azuis asseguram. E suspiro fundo.— Tudo que quero é me aposentar, não vejo a hora da minha sobrinha comandar todas as minhas empresas. Esse velho aqui já está cansado. Ele admite para mim, e abaixo o olhar. Daí novamente, com a ponta do dedo, Arthur levanta o meu rosto: — Você vai encontrar alguém muito especial, que te faça muito feliz, dona Laura.— diz as palavras, e por dentro sinto um vazio.— Enquanto isso, se manterá casada com esse velho. Venha!— abre os braços e envolvo os meus, ao redor. Caminhamos juntos para deixar a sua empresa. E no meio do trajeto, quando estamos no corredor a sós, solto aquela frase: — O senhor não seria capaz de me amar como mulher? Ele arregala os olhos, e vira a cabeça um pouco para mim: — Não. Porque você tem idade pra ser a minha filha. Encolho os ombros e a porta do elevador se abre. Ele sai na frente, e fico atrás, com aquela sensação r**m dentro do peito. Eu não posso gostar dele como homem.
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