Acordei no chão frio da sala, o corpo encolhido, os ossos doloridos como se tivesse apanhado. A boca seca, a cabeça latejando, e o estômago vazio me lembrando que já fazia dias sem nada sólido. O enjoo vinha em ondas, e eu m*l tinha forças pra levantar.
Não sei como consegui me erguer. Apoiei-me na parede, cambaleando até o quarto, e vesti a primeira roupa que encontrei. A blusa larga escondia o corpo cada vez mais magro, e a calça, que antes me apertava, agora escorregava da cintura. Amarrei com um pedaço de corda, improvisando. Peguei minha bolsa gasta e, sem olhar pra minha mãe apagada no sofá, empurrei a porta de casa.
A rua estava cheia de gente indo e vindo, mas tudo parecia distante, como se eu caminhasse dentro de um sonho. Cada passo era um esforço e eu não tinha forças nem pra
