bc

Sete Noites

book_age18+
449
FOLLOW
7.1K
READ
family
HE
age gap
second chance
friends to lovers
heir/heiress
blue collar
drama
lighthearted
office/work place
friends with benefits
like
intro-logo
Blurb

### Contem cenas explicita de sexo ###

Sete noites. Um contrato. Uma escolha que mudaria tudo.

Claire Moreau está à beira do abismo. Dividida entre dois empregos e uma pilha de dívidas, ela luta contra o tempo para salvar a vida da mãe, que precisa urgentemente de uma cirurgia cardíaca. Quando tudo parece perdido, surge uma proposta impensável: Saymon Ferraz, um bilionário enigmático e controlador, oferece uma fortuna em troca de sete noites ao seu lado.

Desesperada, Claire aceita. Mas o que deveria ser apenas um acordo frio e calculado logo se transforma em um jogo perigoso de emoções. Saymon, acostumado a relações sem profundidade, se vê desconcertado pela força e autenticidade de Claire. E ela, em meio à dor e ao sacrifício, descobre sentimentos que jamais planejou sentir.

Na sexta noite, o destino vira o jogo — e tudo desmorona. Claire some, deixando Saymon com mais do que apenas o silêncio: com a ausência dela, ele descobre que o vazio vai muito além de um contrato.

Seis meses depois, o reencontro é inevitável. Mas agora, sem acordos, máscaras ou garantias, será que eles terão coragem de apostar no que realmente importa?

chap-preview
Free preview
O Despertar
O despertador rasgou a escuridão do quarto como um grito de alerta, suas vibrações metálicas ecoando pelas paredes descascadas e invadindo os últimos refúgios de um sono agitado. Claire Moreau acordou com um sobressalto, o coração batendo em ritmo frenético contra as costelas — aquela velha sensação de estar sempre um passo atrás da própria existência. Seus dedos tatearam a mesinha de cabeceira até encontrarem o celular, cuja tela azulada cuspiu a hora em números crueis. 7h42. Seu turno no supermercado começava às oito. — Merda — murmurou, a voz rouca arranhando a garganta ressecada. Como se fosse impulsionada por molas invisíveis, lançou-se da cama com tamanha pressa que quase perdeu o equilíbrio ao enroscar-se no lençol embolado aos pés. As pernas trêmulas traíam as noites m*l dormidas acumuladas, cada músculo gritando por mais cinco minutos de descanso... mas aquele luxo era algo que há muito tempo deixara de existir em seu dicionário e em sua vida. A calça jeans surrada estava jogada sobre a cadeira; a blusa amassada do uniforme pendurada na maçaneta da porta. Não havia tempo para pensar em penteados elaborados – apenas prendeu os fios castanhos em um coque improvisado, rezando para que sua aparência não refletisse tão vividamente o caos interno que sentia. A cozinha minúscula parecia ter sido atingida por um furacão: louça empilhada na pia, migalhas espalhadas pelo balcão, toalhas úmidas penduradas no encosto das cadeiras. Mas Claire ignorou o caos doméstico e foi direto à geladeira, onde encontrou um banquete de escassez: um pote de iogurte vencido há semanas, uma maçã murcha que já perdera sua vitalidade e meio pão duro que parecia zombar de seus esforços. A maçã seria suficiente. Comeu-a rapidamente enquanto calçava os tênis gastos, os cadarços desfiados testemunhando anos de uso constante. A bolsa estava no gancho da porta, o celular meio descarregado dentro dela, e a jaqueta pendurada no cabide – o vento frio da manhã prometia ser implacável. 7h51. Ela sabia que não daria tempo. Descendo os degraus do prédio antigo como um raio, o som característico do assoalho rangendo sob seus passos apressados m*l registrava em sua mente ocupada. Quando finalmente irrompeu na rua, o vento cortante acertou seu rosto como bofetadas invisíveis, trazendo consigo toda a crueza da realidade que tentava enfrentar diariamente. A parada de ônibus ficava a três longos quarteirões de distância. Claire começou a correr, sentindo a maçã semi-digerida revirar em seu estômago vazio. Os pulmões ardiam como brasa, as pernas protestavam contra o esforço súbito, mas ela não podia – não ousava – desacelerar. 7h54. Lá estava ele. O ônibus. — Não, não, não, espera! — gritou, acenando freneticamente com ambos os braços. Mas o motorista ou não a viu, ou simplesmente escolheu ignorar sua presença desesperada. As portas pneumáticas se fecharam com um silvo c***l, e o ônibus partiu sem hesitação, deixando para trás uma nuvem de fumaça e uma jovem ofegante, à beira das lágrimas. Por um momento, Claire sentiu o peso do mundo pressionar seus ombros. Quase sucumbiu ao choro, quase deixou escapar toda a frustração acumulada em palavrões que jamais diria em voz alta. Mas então algo dentro dela, essa força motriz que a mantinha em pé mesmo quando tudo parecia conspirar contra, a fez respirar fundo e buscar outra solução. Outro ônibus viria? Sim, eventualmente. Mas talvez tarde demais para salvar seu emprego, sua única fonte de renda neste momento tão crucial. Seus joelhos cederam levemente enquanto lutava para recuperar o fôlego. Táxi? Uma impossibilidade financeira. Uber? Um sonho distante. Cada centavo contava, cada moeda guardada tinha um destino certo: as contas médicas de sua mãe. Então, como um milagre urbano, outro ônibus apareceu na esquina distante. Claire correu novamente, desta vez sem reservas, praticamente se jogando na frente do veículo. O motorista – abençoado seja – a viu e freou bruscamente. Subiu cambaleante, suas mãos tremendo enquanto depositava as moedas exatas no caixa. Mais uma passagem riscada do orçamento já apertado. No reflexo da janela do ônibus, observou seu próprio rosto marcado pelas olheiras profundas, pela expressão de exaustão que parecia permanentemente gravada em suas feições. Mais um dia. Mais uma batalha invisível contra o relógio, contra as circunstâncias, contra um sistema que parecia sempre conspirar contra pessoas como ela. Encostou a testa no vidro frio, permitindo que a superfície gelada absorvesse parte de sua angústia. Fechou os olhos por um momento, permitindo-se viajar mentalmente para um lugar onde ainda podia sonhar. A faculdade. Aquela carta de aceitação amarelada em sua gaveta, testemunha silenciosa de um futuro diferente. O sonho de estudar enfermagem, de ajudar pessoas como os médicos que agora cuidavam de sua mãe. Tinha conquistado uma vaga em uma universidade pública com uma nota excelente. Mas a vida real, com suas demandas implacáveis, tornou-se uma muralha insuperável entre ela e aquele sonho. Agora, dividia seu tempo entre o supermercado durante o dia e um bar à noite, voltando para casa com o cheiro persistente de cerveja e gordura impregnado em suas roupas. Dormia pouco, comia menos ainda, e vivia em um ciclo infinito de contas a pagar e boletos vencidos. Um suspiro pesado escapou de seus lábios, carregando consigo toda a frustração acumulada. — Difícil segurar a barra, né? — disse uma voz suave atrás dela. Claire levou um segundo para perceber que alguém estava falando com ela. Era uma senhora sentada no banco de trás, inclinada para frente, observando-a com olhos gentis através dos óculos de aro grosso. Sua pele morena marcada pelo tempo contrastava com o cabelo grisalho preso em um coque impecável. — Vi você correndo lá fora. Parecia que ia voar em cima do ônibus — comentou com uma risada calorosa. — Já passei muito por isso. A gente se acostuma... ou quase. Claire forçou um sorriso cansado. — Todo dia parece uma maratona — murmurou. — E eu nem gosto de correr. A mulher soltou uma risada abafada e assentiu compreensivamente. — Mas sabe... quem corre todo dia pela vida... costuma chegar mais longe do que imagina. Mesmo sem querer. Aquelas palavras simples, mas profundas, ecoaram em sua mente como um mantra. Era verdade – sua vida inteira era uma corrida involuntária, uma sobrevivência automática onde o sonho de realmente viver parecia cada vez mais distante. — Obrigada — disse Claire, sincera apesar do cansaço. A mulher apenas acenou com a cabeça e voltou ao seu lugar, mexendo calmamente na bolsa, como se tivesse cumprido sua missão ali. Pela janela, Claire observava a cidade despertando: pessoas apressadas, carros buzinando e fumaça subindo dos bueiros. Cada um carregando suas próprias batalhas, suas próprias histórias de luta e resistência. Seu pensamento voou até sua mãe, internada no hospital, conectada a máquinas que mantinham sua vida frágil. O som monótono do monitor cardíaco, o cheiro estéril do quarto, a expressão cansada mas sempre amorosa que ela conseguia oferecer à filha mesmo nos momentos mais difíceis. O ônibus virou a última esquina antes do supermercado. Claire respirou fundo, preparando-se mentalmente para mais um turno entre clientes m*l-humorados, cheiros de produtos de limpeza e o incessante bip das caixas registradoras. Mais um dia. Mais uma batalha. Mas enquanto se levantava antes mesmo do veículo parar completamente, Claire Moreau sabia que continuaria correndo – mesmo quando cada fibra de seu ser gritava para parar. Porque aprendera que, às vezes, continuar em movimento é a única forma de seguir em frente.

editor-pick
Dreame-Editor's pick

bc

Dylan: Entre o amor e o dever

read
3.3K
bc

A protegida pelo dono do morro 3

read
79.3K
bc

A ESTAGIÁRIA

read
47.8K
bc

QUANDO É A PESSOA CERTA 2

read
14.9K
bc

Valentina

read
1.9K
bc

Casei com Um CEO

read
4.2K
bc

Chantagem - Dois irmãos CEO

read
1.4K

Scan code to download app

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook