Verdades que o Amor Revela

Maria Clara Martins 24 anos de idade. É Sensível, inteligente, mas fechada emocionalmente. Trabalha em uma pequena livraria e ama o que faz. Tem um passado familiar doloroso (um segredo sobre um de seus pais) Tem medo de se entregar para o amor, pois já sofreu uma decepção, e teme ser magoada novamente. Por causa disso, fecha o seu coração, ou achava ter fechado até Gabriel surgir na sua vida e dar - lhe esperança para amar e confiar novamente. Gabriel Lima. Tem 27 anos de idade. É Forte e reservado, mas com um coração bondoso e amigável. Trabalha como fotógrafo de eventos, mas sonha em largar tudo e viajar para conhecer o mundo e outras culturas. Carrega culpa por um acontecimento do seu passado que mudou drasticamente a sua vida. Nunca se permitiu amar de verdade. E acredita não ter oportunidade de amar, isso até conhecer Maria Clara e entender que todos merecemos uma segunda oportunidade, até mesmo para amar e sermos amados. Personagens Secundários: Dona Teresa - Dona da livraria e conselheira de Clara. É vista como uma mãe por Clara que não hesita e conta para ela não só sobre os sentimentos que está a ter por Gabriel, mas também sobre o medo que sente de dar a ele o seu coração e ter partido novamente. Sendo mais velha e experiente, Teresa usa as palavras certas para fazer Clara entender que o amor também exige de nós sacrifícios, e que sem o sofrimento no meio ele não se consegue fortalecer. Acaba por ser a madrinha do casamento deles. Lucas - É o melhor amigo de Gabriel. O único que conhece o seu amigo profundamente, e que entende como e porque ele se mantém afastado das oportunidades de se apaixonar. Quando o vê tão ligado á Maria Clara, aconselha o amigo a dar uma oportunidade para ela e ao seu coração também. Júlia Martins - É irmã de Clara e também a sua melhor amiga e confidente. É casada e mãe de duas lindas crianças. Deseja a mesma felicidade para a sua irmã mais nova, e não suporta o facto dela carregar um fardo que nunca lhe pertence. Aconselha Gabriel a entender a sua irmã sem a julgar, e dá a entender que ambos podem se ajudar superando as dores do passado e vivendo um amor intenso, doce e verdadeiro. Enredo Clara vive uma vida tranquila, mas solitária. Gabriel chega à cidade fugindo de seus próprios fantasmas. Eles se conhecem de forma inusitada - talvez em um acidente leve, uma compra errada na livraria ou um evento na cidade. Aos poucos, os segredos vão surgindo. O passado dos dois ameaça separá-los. Mas o amor verdadeiro os faz enfrentar essas verdades - e se curarem juntos. Final: Felicidade construída, não perfeita. Amor real, com cicatrizes e recomeços. Rafael Montenegro - É um homem do passado de Clara. Parece ser um príncipe com as mulheres, mas por trás de toda a "doçura" se esconde um verdadeiro perigo. Vai surgir de novo na vida de Clara para a atormentar, e será um verdadeiro teste para o amor recém descoberto entre ela e Gabriel. Serão eles capazes de confrontar Rafael e viver em paz o seu amor? Ou vai Rafael se transformar num verdadeiro perigo para as suas vidas, pondo em risco o seu futuro como casal? Capítulo 1 Algumas verdades dormem dentro da gente. Outras... acordam quando a pessoa certa chega. Clara sempre acreditou que o silêncio era seu melhor esconderijo. Naquela manhã fria de outono, a livraria parecia o único lugar seguro do mundo. Os livros eram as únicas vozes que ela permitia entrar. Não julgavam. Não feriam. Não iam embora. Ela passava os dedos pelas capas gastas como quem acaricia feridas antigas. Do outro lado da vitrine, o mundo seguia seu curso apressado e barulhento. Mas ali dentro... o tempo parecia ter esquecido de passar. - Mais um café, Clara? - perguntou Dona Teresa, a dona da livraria, com aquele olhar que enxergava mais do que devia. Clara sorriu de leve. Um sorriso curto, ensaiado. Era assim que ela vivia. Entregando pedaços de si - nunca o todo. Até que a porta da livraria se abriu com o som do sino que ela já conhecia tão bem. Mas o que ela não conhecia... era ele. Gabriel entrou como quem não sabia se queria ficar. Carregava nos olhos o peso de quem já viu o melhor e o pior das pessoas. Tinha a barba por fazer, os cabelos um pouco bagunçados e uma máquina fotográfica pendurada no pescoço. Olhou para os livros como quem procura respostas. Olhou para Clara... como quem enxerga alguém por dentro. E foi naquele instante - naquele olhar rápido demais para quem finge não sentir nada - que Clara percebeu: Algumas verdades não se escondem para sempre. Algumas verdades têm nome, voz... e olhos castanhos.