Terrorismo?

1440 Words
- Então, já foi a Budapeste? - perguntei enquanto ele dirigia até meu apartamento. Ele me olhou por breves segundos e vi um olhar triste. - Já - respondeu um pouco ríspido e soltou um longo suspiro. - já fiz uma operação lá quando estava no exército. - Porque saiu? - perguntei o encarando e ele estava centrado no trânsito. - Meu pai estava doente, fazia tratamento aqui em Jersey, era hora de voltar para casa. E você nunca quis voltar para casa? - Eu nem sei se tenho casa. - sussurrei. - O que você disse? - perguntou. - Nada não - balancei a cabeça e sorri. - obrigado pela carona. - falei assim que parou em frente ao meu prédio. - Até amanhã. Desci do carro e fiquei ali até ver seu carro sumir do meu campo de visão, entrei no prédio me sentindo um pouco feliz do que o normal. Tinha sido um dia bom, tive um encontro com Genk que era um gato, é que provavelmente teria que compensá-lo por ter o deixado no restaurante. Jamais deixaria Jesse cometer tamanha tolice, perder seu trabalho e tudo pelo que lutou, e eu o ajudaria, sem que soubesse. *Ligação On* * Shaw - falei assim que ele atendeu. * Oi Alice, tudo bem? - parecia preocupado. Entrei no meu apartamento. * Tudo sim - respondi tranquila. - Preciso de um favor. - ouvi ele rir. * Manda senhorita. - dessa vez foi minha vez de rir. * Preciso que me mande tudo que conseguir achar sobre Robert Marshall. * Não é sobre o caso do Jesse? * Sim, como sabe? - perguntei curiosa. * Eu investiguei cada um antes de mandar você para aquele delegacia. - sorri mesmo sabendo que ele não veria. - Vou ver o que consigo e te mando. * Obrigado Shaw, de verdade. * Disponha Alice, se cuida. *Ligação Off* Tomei banho, vesti o pijama e dormi rapidamente. No dia seguinte, fiz o que faço todas as manhãs e fui para o trabalho, antes de ir ao quinto andar, passei na narcóticos e só Genk estava lá. - Bom dia - falei e ele me olhou sorrindo. - Bom dia comandante - o encarei f**o e ele riu. - Na quarta é minha folga e para compensar você pela noite passada, que tão uma bebida? - Aceito, desde que não tenha que sair correndo de novo. - eu ri. - Não será necessário. - pisquei e sai. Quando subi não tinha ninguém ainda além de Jeff que estava tão quieto trabalhando que só notei a presença dele e ele a minha quando passei por ele para ir a cozinha. - Bom dia Jeff - falei sorrindo e ele me encarou indiferente. - Bom dia comandante - o encarei frio e fui até a cozinha. - Bom dia - ouvi Parker gritar acompanhado de Matthew e Kyera. - Vem cá, o que fez que todos estão me chamando de comandante? - perguntei ao Parker que riu. - Juro que não fiz nada. - disse ainda rindo. - Eu juro. - reafirmou porque continuei o encarando f**o. - Tudo bem. - falei tranquila e voltei a cozinha pegar meu café. - Então, como foi o encontro? - perguntou Parker assim que eu sai da cozinha. Jesse ouviu e olhou discretamente para Parker, que não percebeu. - Bom, Genk é legal - falei balançando os ombros e me sentei na minha mesa. - Bom? Legal? Qual seu problema? - perguntou Parker e eu o encarei com os olhos serrados. - O que quer dizer, Parker? - perguntei dando um gole no meu café e todos a essa altura já estavam atentos a nossa conversa. - Você é tão fria… - vi Kyera e Matthew fazerem uma careta enquanto Jessica arregalava os olhos, Jesse e Jeff deram um risinho. - parece não ter sentimento algum. - Parker quer ser demitido? - ele negou com a cabeça. - Então acho melhor fechar o bico. - falei séria e ele sorriu amarelo. - Mas você sabe que tenho razão. - finalizou se jogando na cadeira dele e eu apenas balancei a cabeça. - Parker! - resmunguei e ele riu. - Chefe. - me chamou Jessica e eu a olhei apenas. - nos chamaram. - disse balançando o celular e eu assenti. - Quero Jessica comigo, Matthew e Jesse, Parker e Kyera. - todos assentiram tranquilos. - Vamos pessoal. Descemos até a garagem e entramos no carro, fui dirigindo enquanto Jessica passava algumas informações que também seriam úteis para nós. Parker as vezes tinha razão, eu era fria e insensível, uma das coisas mais difícil para mim era conseguir demonstrar algum sentimento. Eu amei uma vez e desde então, nunca tive um sentimento parecido, naquela época eu era outra pessoa, uma Alice que tinha sofrido perdas, que estava longe da família e conhecia o mundo pela primeira vez. Hoje, a nova Alice, a nova eu, não sabia como era estar apaixonada, como era amar uma pessoa perdidamente, como era querer estar com alguém. O que eu tinha era o trabalho é um amigo muito bom, Parker fazia diferença na minha vida e as vezes, ou melhor, quase sempre, abria meus olhos para ser um pouco melhor com r*****o as outras pessoas. Chegamos no local e estava tudo isolado, uma igreja parecia ter queimado, e tinha muitos sacos pretos fechados com zíper, e o corpo de bombeiros estavam recolhendo os materiais. - Comandante Hank. - me cumprimentou o capitão da polícia acompanhado do bombeiro responsável. - O que aconteceu? - perguntei. - Recebemos várias chamadas do fogo, quando chegamos já estava bastante alto - disse o bombeiro. - Acionaram a polícia por qual motivo? - perguntei o encarando. - Depois de apagarmos o fogo, entramos no local e encontramos algumas coisas indiferentes ao local. - Como o que? - perguntei confusa e o chefe dos bombeiros me conduziu até a entrada do prédio. - Como um homem preso a uma bomba - disse bem na hora que o legista sai com um saco preto na maca. - E como isso aconteceu? - perguntou Parker. - Disseram que fazer muitas festas aqui durante a semana, era uma ótima oportunidade para algum tipo de terrorista querer m***r pessoas. - Tinham quantos lá dentro? - perguntou Jessica, Matthew, Jesse e Kyera analisavam o resto do que sobrou dos ossos. - Ainda não tivemos uma estimativa - disse o capitão de polícia. - São só ossos lá dentro e ainda estava reconstruindo, moradores disseram que sempre vem muita gente. - Certo, obrigado - falei. - Chefe - falei me direcionando ao bombeiro. - peço que tudo que achar de diferente, nos informe. - Pode deixar - disse ele sorrindo e saiu em direção ao caminhão dos bombeiros. Gesticulei para Parker e Jessica me acompanharem até próximo aos outros. - sei que tudo está uma bagunça - falei e eles me encararam. - Mas vamos nos achar, quero Kyera, Matthew e Jesse interrogando a vizinhança, não interessa se for mais de cem pessoas, peçam ajuda dos policiais. - eles assentiram concordando. - Parker quero que acompanhe a perícia e consiga o relatório dos bombeiros. - Certo, você e Jessica vão fazer o que? - perguntou curioso e eu forcei um sorriso. - Vamos tentar descobrir quem eram essas pessoas e contatar os pais, irmãos filhos, o que forem. Depois de longas horas esperando, a perícia conseguiu terminar e pela arcada dentária, conseguiram identidades das vítimas. Foi uma manhã longa e péssima informando inúmeros familiares sobre as mortes. Voltamos para o departamento cansadas e Jessica se manteve firme, demonstrou solidariedade quando era necessários e segurou as lágrimas que queria deixar cair. Subimos e o pessoal já tinha montado o quadro de provas. - Como foi? - perguntou Parker e Jessica soltou um longo suspiro. - Muitos familiares chorando - falei cansada e ele esboçou um sorriso. - Escuta só, nenhuma das vítimas tinha um inimigos ou os pais. Então sim, pode ter sido apenas o início de atos terroristas. - E temos algum suspeito? - perguntei e Jesse levantou a foto de uma israelense. - Nihad Amali deu entrada a dois dias em Nova Jersey, algumas aeromoças lembram dela e disse que estava tensa, nervosa. - replicou Jesse e eu o encarei. - Sabemos onde se hospedou? - perguntei. - No Hotel Paradise Day - disse Matthew. - pagou em dinheiro, mas as câmeras a pegaram. - vamos agora. Assim que ordenei descemos as presas. Fomos o mais de presa para o hotel, vesti o colore a prova de bala, e entramos mostrando o distintivo para os seguranças.
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