SEQUESTRO DA IRMÃ

3824 Words
Fui cedo para o departamento, Haward já estava trabalhando e Parker chegou logo após a mim. Não demorou muito até todos chegarem, estávamos à toa, peguei um café e convidei Parker a ir comigo até o estacionamento, onde ficamos escorado no meu carro, dava para ver a janela do quinto andar onde Jesse nos encarava. - Vou te contar. - falei e Parker me olhou confuso. - O que você fez agora? - perguntou assustado e eu acabei rindo. - Estou falando do Jesse. - ele olhou para a janela e depois me olhou novamente. - Jura? - disse animado. - Conheci ele quando tinha 17 anos, tinha entrado há pouco para o exército. Meu pelotão teve que ser realocado durante uma missão no Libano, Shawn quem me colocou com os SEALs da marinha com nome falso, Tory Sheppard. - Clássico - disse ele rindo e eu apenas sorri. - Quando fomos realocados ficamos com o pelotão do Stockler, eram fuzileiros altamente treinados. Jesse era jovem, muito bonito, assim como eu, era o mais novo do seu pelotão. Nos aproximamos, éramos amigos no início, ele me ensinou a atirar como um fuzileiro e eu o ajudei a lutar e a sobreviver, nossa missão acabou perdurando muito mais tempo, já fazia mais de um ano que estávamos alocados no mesmo pelotão, nos apaixonamos e namorávamos. Shawn não gostava da ideia de estarmos juntos, porque ele sabia o que eu não sabia na época. Eu ia entrar para a agência pouco menos de um ano depois dali, teria que deixar tudo que vivi com ele lá. - Como conseguiu esquecer seu primeiro amor? - Quando você entra para a agência, quando te pedem para fazer coisas que jamais pensou que conseguiria fazer, vemos que não há espaço para sentimentos, família e principalmente, amor. Isso te torna tão fraco e vulnerável. - Jesse ainda estava na janela, mas agora conversava com a Jessica e Kyera. - O amor não te torna fraco, te torna humano. - disse Parker tranquilo e eu balancei os ombros. - Independente disso, não lembro da sensação de como é amar alguém, mas lembro da dor que senti quando fui embora sem nem me despedir dele. Do que fizeram comigo para que eu não me lembrasse dele, que eu apagasse da minha memória. - O que fizeram com você? - perguntou Parker me olhando assustado e eu apenas sorri. - Não importa, Shawn sempre me disse que o amor me tornava fraca porque a minha infância não tinha sido justa comigo. Mas dizia que eu ainda encontraria o amor de novo, e que se tivesse sido verdadeiro, me lembraria. A questão é, eu não entendia do que ele falava, até chegar aqui e conhecer o Jesse, de novo. - Vocês dois são literalmente um filme clichê que May adora assistir. - disse ele sorrindo. - Porque não conta para ele? - Parker ele não se lembra de mim, como Shawn disse, quando amamos alguém de verdade, no fundo ainda lembramos dela. - Já pensou que ele pode se lembrar de você, mas não saber que era você o tempo todo? Você era mais jovem e tinha outro nome. - Isso não importa, vivemos pelo nosso trabalho e não colocaríamos isso em risco. - Você n******e saber o que ele faria. - fomos interrompidos com meu telefone tocando. *Ligação On* - alô? - falei e ou um choro. - Alice. - sussurrou Michele. - Michele? - perguntei assustada. - O que houve? - Alice me sequestraram. - O que? - gritei e comecei a correr para dentro da delegacia. - eu não sei quem são, alice me ajuda. - choramingou e eu acenei para Jeff. - rastreia essa ligação - falei para Jeff que assentiu. - Michele não desliga o telefone, vou te rastrear. - eu to com medo. - Eu sei, aguenta mais um pouco. Chegou a ver quem eram? - Não, eu estava saindo do mercado e pondo as compras no porta-malas quando me apagaram e me jogaram dentro. - Certo, tudo bem, se acalma. - falei apreensiva e Jesse se aproximou de nós. - Achei. - disse Jeff me mostrando o endereço. - Michele estamos indo. - ela não respondeu. - Michele? - olhei a tela do telefone e a ligação caiu. “Ligação Off” - m***a. - falei e Haward também apareceu. - O que esta acontecendo? - perguntou. - Chefe, levaram minha irmã. Rastreamos o telefone dela. - ele me interrompeu. - Vão logo. - disse ele e eu assenti com um sorriso de obrigado. - Vai você e o Jesse, vou mandando informações. - disse Parker e eu assenti. - Certo. Jesse e eu descemos às pressas até o meu carro, estava o mais rápido que o carro poderia andar e ainda sim, era lento. Tinha um pressentimento muito r**m e isso estava me preocupando demais. Estava em perseguição ao carro que tinha sequestrado Michele, ou pelo menos achávamos isso, já que o sinal do celular vinha do carro. O resto do pessoal tentava me acompanhar, mas meu carro acabava sendo o mais rápido e estava tão desesperada pensando no que de pior poderia acontecer com ela. O carro à frente passou pelos trilhos do trem antes do sinal fechar e quando Jesse gritou, vi o trem vindo e freei bruscamente. Desci do carro desnorteada e não tinha nada além de mato na volta, quando o trem passou não via mais o carro que seguíamos. Levei as mãos até a cabeça e me sentia mais perdida do que nunca, de tudo que passei e tinha feito não chegava perto do medo que sentia naquele momento. Apenas gritei. Jesse me encarou assustado, tanto ele como o resto da equipe não sabiam muito sobre mim e não era surpresa estarem confuso saber que Michele era minha irmã, já que em tese eu não existia e não tinha ficha, assim como meu sobrenome era falso para que nunca chegassem a minha família. - O que está acontecendo aqui? - perguntou Jesse me encarando. Sequei as lágrimas e respirei fundo. - Michele é minha irmã - ele me encarou sem entender e negava com a cabeça. - Você tem irmã? - perguntou sarcástico e eu suspirei. Minhas mãos estavam sobre meu rosto. - Eu tenho família Jesse - respondi grossa. - Freek é meu sobrenome verdadeiro, Hank é o que uso desde que entrei para o exército, é nome de solteira da minha mãe. Ninguém sabe disso além dos meus superiores, Michele vive em outra cidade, não era para estar aqui. - Alice é seu nome? - perguntou sarcástico. Apenas o encarei de forma repreendida. - Vamos voltar, precisamos descobrir quem a sequestrou. Voltamos para o departamento de polícia e a equipe toda estava lá sem entender absolutamente nada. Achava que nada podia ser pior do que Jesse vir o caminho todo em silêncio dentro do carro, mas ver o pessoal me encarando cheio de perguntas das quais não saberia sequer como responder. Já era difícil esconder toda a verdade deles, do porque eu realmente estava ali, sobre qual seria o futuro deles e que dependiam de mim. Teria que dizer quem era eu de verdade, ou jamais encontraria ela. Me sentei na beirada da minha mesa e passava a mão pelo meu rosto até meus cabelos amarrados em um r**o de cavalo. A situação só tendeu a piorar quando vi meu pai entrar atropelando tudo e todos pela frente. - O que você fez com ela? Cadê ela? - gritou meu pai avançando para cima de mim. Parker e Jesse o impediram de me alcançar. - Me soltem - ordenou para os meninos que deram um leve empurrão para trás. - Soltem ele - falei e eles soltaram. Meu pai resmungou e ajeitou seu traje de serviço. - Eu não fiz nada com ela, aliás, não era para você estar cuidando dela e da mamãe? - perguntei engrossando a voz e ele suspirou forte. - Eu faço meu trabalho com perfeição, nunca a encontraram porque eu tomei todos cuidados - disse quase em outro grito e apontava o dedo para mim. - Faço o meu muito melhor, além de você ter me afastado da família, eu uso outro sobrenome para ninguém encontrar vocês. Sai daqui - ordenei e ele se aproximou mais. - Sai daqui - gritei e ele bufou. - Você já acabou com essa família uma vez Alice. Não vou deixar que faça isso de novo - falou próximo a mim. - Zoe não foi minha culpa - engoli o nó que se formou na minha garganta. - Você quem estava com ela, você que não a protegeu. - Não foi minha culpa - gritei com os olhos cheios de lágrimas. - Você não é minha filha. Merecia ter sofrido muito mais - as lágrimas escorreram pelo meu rosto. - O que fez me tornou mais forte papai. Mas eu juro, que depois que eu encontrar Michele, segura e a salva, não quero você nunca mais aqui. - Você só tem tudo isso porque eu ajudei… - o interrompi. - Você não fez NADA. Conquistei tudo isso e se um dia tiver um filho, nunca irei tratá-lo da forma que me tratou. - Você quem sabe Alice. Torça para Michele estar bem - ele saiu e o pessoal estava incrédulo me encarando. - O que acabou de acontecer? - perguntou Parker. - Acreditem, ele é meu pai - ri sarcástica. - essa é Michele Freek - falei abrindo a imagem dela no painel. - É minha irmã mais nova, não tem antecedentes, se formou com honras e faz residência em um hospital em Boston. - Você tem família? - perguntou Kyera e eu a encarei. Ela se encolheu como se estivesse vendo uma assombração. - Todos temos, a diferença é que eu tenho um passado diferente de todos vocês - engoli em seco. - não era para ela estar aqui, recebi a ligação era por volta das dez da manhã. Estava assustada e pediu socorro, a ligação caiu, mas conseguimos rastrear o celular dela, perseguimos até um trem fazer perdermos de vista. - Placa do carro? - perguntou Jessica. - Não tinha - respondeu Jesse - o carro era um mustang preto, mas existem muitos, tanto na cidade como no estado - continuou. Sua voz parecia de decepção e me olhou de soslaio voltando a olhar os dedos. - Acha que pode ser alguém do seu passado e não dela? - perguntou Parker e Eu apenas concordei com a cabeça. Mais atrás vinha Shaw acompanhado de dois agentes, todos ficaram olhando curiosos e eu estava surpresa para falar a verdade. - Alice - disse Shaw sorrindo e me abraçou. - Quanto tempo. - Shaw - sorri. - O que faz aqui? - o encarei e ele olhou para todos na sala. - Confia neles? - perguntou sem nem ao menos cochichar, deixou que todos escutassem a pergunta. - Sim - respondi rapidamente sem nem hesitar. Confiava neles e disto tinha certeza. - Então tá bom, Alice trabalhou em muitos casos conosco e sua identidade nunca foi revelada. Foram de níveis sigilosos que somente eu e mais um tinham acesso, problema é que esse mais um, Walace, foi sequestrado, torturado até dar seu acesso - ele levantou a foto do Walace já morto. Foi a cena mais h******l que já tinha visto. - o único arquivo que acessaram foi o da Alice. - Qual caso? - perguntei encarando Shaw. - Operação Garfe - fazia anos que não ouvia falar disso. - Você fez parte dessa operação? - perguntou Jesse e Shaw apenas concordou com a cabeça. - E que operação é essa? - perguntou Kyera. - Altamente confidencial, mas é uma lenda nos fuzileiros - disse Jesse animado. - Foi uma operação que desmantelou o maior cartel dentro do México. - Se era tão confidencial como sabe disso? - perguntou Kyera encarando Jesse e eu ri. - O esquadrão dele estava lá - respondi. - eu era a infiltrada. - Voltando ao caso - disse Shaw nos interrompendo. - O filho de Glesias, é o novo chefe do cartel mexicano, quer vingança pela morte do pai. - O pai dele foi preso - falei e Shaw negou. - m***a! - Ele morreu antes de chegar na prisão. Acessaram somente um arquivo dessa operação, a pasta do disfarce da Alice, fizeram um bom trabalho, pois não temos registro nenhum da identidade verdadeira dela, nem mesmo endereços ou se tem família. Prometo que a traremos de volta - ele me encarou e eu forcei um sorriso. - Trabalharemos em conjunto, se preparem para horas extras - falei para o pessoal. Shaw e os agentes que o acompanhavam arrumaram um canto e todos começaram a trabalhar. Estava cansada e preocupada, Haward se dispôs a ajudar e tinha sumido, fui para cozinha preparar um café, era o que mais precisava. - Como você tá? - me virei e era Parker. - Estou bem - esbocei um sorriso. - Você sabe que não me engana - me sentei e suspirei. - Parker eu… - queria muito chorar e ele se sentou na minha frente. - Se não se importa, quem é Zoe? - eu o encarei com os olhos cheios de lágrimas. Vi Jesse próximo a porta. - Era minha irmã - sequei as lágrimas que escorreram. - Como assim era? - Ela morreu já faz 10 anos. - Como assim? - Jesse parou na porta e eu suspirei. - Nasci numa família de militares, nos mudamos muito. Nunca conheci minha mãe biológica, então eu, Zoe e Michele somos todas irmãs por parte de pai apenas, quando moramos no Canadá, por três anos tivemos a má sorte de morarmos justamente no bairro de um e********r que matava as vítimas - Jesse me encarou suspirando, sabia que tinha lembrado do caso em que me ofereci para ser a cobaia. - Eu era a mais velha de nós três, tinha 16 anos, estava sozinha em casa com as meninas e Zoe tinha apenas 12 anos. - Isso não foi culpa sua - disse Parker. - Eu tirei o olho dela por dois segundos e ela sumiu. Eu corri o bairro inteiro por uma noite inteira atrás dela, quando a encontrei na casa do e********r já era tarde, ela era uma criança e estava morta, ele ainda abusava o cadáver dela, eu peguei uma chave de f***a e atingi aquele homem mais vezes do que posso lembrar. - O que aconteceu depois? - perguntou Jesse. - Shaw apareceu. Ele trabalhava no caso, eu estava lá parada com a chave de f***a em minhas mãos, cheia de sangue chorando sobre o corpo da minha irmã. Meus pais apareceram, meu pai me culpou e me culpa até hoje pela morte da Zoe, Shaw cuidou de tudo e com a ajuda dele entrei no exército. - Seu pai é um b****a - disse Parker e nós rimos. - É, ele é - disse Jesse e eu o olhei. - Minha história com o Shaw é longa, ele é o pai que nunca tive. - E sua mãe? - perguntou Jesse. - Biológica está morta, era uma viciada e minha mãe que me criou ainda serve no exército, sempre mantém contato. - Nós somos sua família - disse Parker me abraçando e eu sorri. - Eu sei, eu amo você e é por isso que eu digo que se contarem isso para alguém, eu mato vocês dois - encarei Jesse e Parker que sorriram. - Isso morre aqui - disse Jesse eu sorri. - E vamos achar Michele, trazer ela a salvo - disse Parker sorrindo e eu assenti. Eu só conseguia pensar no pior, não me perdoaria nunca se Michele não voltasse para casa e só daria mais armamentos para meu pai continuar me odiando com todas as forças. Parker tentava me animar, sabia que só estava querendo ser um bom amigo e ficava feliz por isto, mas nada me animaria mais do que ver minha irmã em casa. - Alice Hank tem alguém te procurando lá embaixo. - disse um policial e eu o encarei. - Já estou indo – todos me encararam e eu balancei os ombros. - Quer que alguém vá com você? - perguntou Shaw. - Não precisa. - forcei um sorriso. Desci até o primeiro andar e por algum motivo minhas mãos suavam, meu coração estava acelerado. Sai do elevador e desci as escadas, eu fiquei paralisada. - Alice – gritou Michele com os olhos lacrimejados e me abraçou. - Michele, como veio até aqui? Como você tá? - Eu estou bem – forçou um sorriso. - Fugiu deles? - Não, eles me deixaram aqui e falaram que tudo tinha saído como planejado. - O que queriam? - Eu não sei, mas ouvi falarem o nome do Shaw. - Vem, vamos subir. Subimos e todos ficaram surpresos em ver Michele bem e viva, a apresentei a todos e chamei Shaw para cozinha, fechei a porta e ele me encarou. - O que você fez? - perguntei e ele riu. - Você não precisa saber, só saiba que fiz tudo para trazer ela. Você merece ser feliz Alice e eu jurei proteger você. – ele beijou minha cabeça. - Shaw… - ele me encarou e eu parei de falar. - Tá tudo bem comandante Hank – ri quando ouvi falar. - Você tem uma família incrível aqui, aproveite. - Shaw você sabe que isso aqui é passageiro e que irei embora a qualquer momento. - Quanto a ser passageiro lhe garanto que não será, convenci meus superiores a continuar com a inteligência, mas você, talvez realmente precisará ir um dia, não quer dizer que não poderá voltar. Ele saiu e eu fiquei mais um tempo ali, parada, pensando em tudo. Sai da cozinha e o pessoal ainda conversava com Michele, ela parecia feliz e animada, Shaw e os agentes já tinham ido. Eu estava feliz por ver ela bem e parte porque, bom, meu pai não poderia me odiar mais do que já odeia. - Pessoal, como não vou ao bar daqui, a única forma que posso agradecer pelo que fizeram é convidá-los para beber e jantar lá em casa hoje e por minha conta – eles comemoraram. - Então acho que vou encerrar meu expediente e ir para casa – disse Parker rindo. - Eu permito – falei e ele saiu animado. - Jesse posso falar com você? - ele me encarou e assentiu. - Tudo bem? - perguntou e eu o puxei para próximo a minha mesa, afastado dos outros. - Michele não sabe sobre o que te contei, nunca contamos a ela e peço que não fale nada a respeito. - ele sorriu e assentiu. - Tudo bem, vou para casa, te vejo mais tarde. - ele saiu com o resto do pessoal e Michele se aproximou sorrindo. - O que rola entre vocês dois? - perguntou e eu a encarei. - Nada – minha voz saiu em um tom de decepção e ela riu. - Ele é muito gato, não sei como não ficou com ele ainda – rimos. - Michele você continua a s****a de sempre – ela riu. - Sabe que nunca me envolvo com colegas de trabalho. - Isso é ridículo, dá para ver como vocês se olham. - a encarei. - Nos olhamos normal Michele, agora vamos logo, tenho um jantar para fazer. - Eu vou cozinhar. - disse ela. - Melhor ainda – comemorei e nós rimos. - Papai esteve aqui? - perguntou ela e eu a encarei. - Parker quem contou? - Sim - disse rindo. - Se preocupam com você e eu também, sabe que as coisas em casa não foram fáceis depois que foi embora. - Eu sei Michele, mas eu não podia mais ficar lá, não depois de tudo que ele fez. - Eu sei Alice, mamãe o culpou por ir embora. - Michele você sabe que ela não é minha mãe e nunca me tratou como filha. - Não fala isso, ela sente sua falta e muito. - Chega, não quero mais falar sobre isso. Chegamos em casa, Michele tomou um banho rapidamente e foi direto fazer a comida. Enquanto ela cozinhava, eu fui tomar um banho, demorei o máximo que pude, me vesti e fui para cozinha, fiquei conversando com a Michele até o pessoal chegar. - Jesse não vem? - perguntou Jessica e eu balancei os ombros em sinal de que não sabia. - Ele disse que viria – respondi e ela me olhou indiferente, mas assentiu e sentou no balcão junto com o pessoal. - Como ela está? - perguntou Parker se referindo a Michele. - Bem, até demais, só… - fomos interrompidos pelo Matthew. - Chefe, se importaria se eu convidasse sua irmã para sair? - eu o encarei e ele parecia nervoso. - Olha eu sou só a irmã – rimos. - Mas se magoar ela, você fica estéril pelo resto da vida. - falei sério e ele saiu assustado. - Acho que ele teve um infarto – disse Parker gargalhando. A campainha tocou e eu abri. - Oi – disse Jesse sorrindo. - Oi, entra - sorri e dei espaço para entrar. Acho que nunca tinha visto minha casa tão cheia, com tanta risada e estava feliz só de ver Michele bem. Jantamos acho que foi a primeira vez que usei a minha mesa de verdade, normalmente comia no balcão da cozinha, às vezes na sala e até mesmo no quarto. Pessoal começou a ir embora e Michele foi dormir cedo, acho que ela estava exausta. - Acho melhor eu ir - disse Jesse que tinha ficado para me ajudar com a louça. - Obrigado por ajudar - sorri. - Era o mínimo. Se cuida por favor - Sabe que sempre me cuido - ele riu e apoiou sua cabeça na porta. - Você mudou todos nós sabia? - Fizeram o mesmo por mim - sorri. - Boa noite Alice - disse Jesse. Eu só conseguia prestar atenção em seus lábios, a v*****e de beijá-lo, de sentir seu cheiro, seu toque e o calor do seu corpo. O d****o que passei todo esse tempo reprimindo dentro de mim, de sentir ele, de querer dizer o quanto ele faz meus dias melhores, de como faz meu coração acelerar, em como ele tem sido uma pessoa importante para mim, como fiquei feliz em todas as vezes que veio até mim e ficou me ouvindo falar por horas. O puxei para um beijo, um beijo que ele retribuiu, suas mãos seguravam minha cintura, fazendo com que meu corpo todo arrepiar-se com seu toque. Não sei como nem porquê, mas ir contra meus princípios com o Jesse me fazia crer que valia a pena. - Jesse - falei ofegante parando o beijo. - melhor você ir. - Até amanhã - respondeu e eu fechei a porta me apoiando nela.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD