A Agente

O SEQUESTRO - PARTE II

- Para onde vamos depois daqui? - perguntou Parker me encarando e eu olhei o telefone.

- Eu não sei. Shaw não falou nada, mas eu sei onde encontrar Aleksandr - falei baixo e ele me encarou incrédulo.

- Quer ir até ele? - perguntou ainda incrédulo e eu assenti.

- É a melhor opção, se ficarmos e esperarmos por ele. - falei calma.

- Acha mesmo que ele só procurava por você? - perguntou Jesse e eu o encarei.

- Acho que não, acho que apenas fazia parte do plano dele. Aleksandr não é i****a, e é tão poderoso que não viria até aqui apenas para me pegar.

- O que acha que ele quer? - perguntou e eu o encarei.

- Não sei, e quando descobrirmos, poderá ser tarde. - Parker me encarou. - Falou alguma coisa com a May? - ele negou. - Melhor assim, prometo que farei tudo para você falar com ela, mas agora é perigoso.

- Tudo bem Alice - disse ele sorrindo.

- E a Jessica? - perguntei para Jesse e ele balançou os ombros.

- Falei com ela só na delegacia antes de tudo.

Pegamos o resto das coisas e colocamos no carro. Ficamos esperando notícias do Shaw, Parker dormia no banco de trás, Jesse estava no carona inquieto olhando para todos os lados e eu apenas tentava pensar em quais motivos Aleksandr poderia estar ali.

“Vai para Washington, agora.” - mensagem recebida do Shaw.

“Estou indo.” - respondi.

Dei partida no carro e foi quando percebi que Jesse estava dormindo também. Iria levar umas quatro horas até chegarmos em Washington de carro, e queria saber porque estávamos indo até lá. Estava amanhecendo quando parei o carro num posto de gasolina de beira de estrada, Jesse e Parker acordaram.

- Onde estamos? - perguntou Parker sonolento.

- Harrisburg, eu acho - falei e desci do carro, os dois fizeram o mesmo.

- O que estamos fazendo aqui? - perguntou Jesse abastecendo o carro.

- Indo para Washington, Shaw mandou uma mensagem mandando irmos até lá.

Fui até o banheiro, depois entrei na conveniência e comprei algumas coisas para que pudéssemos comer, Jesse terminou de abastecer e ele quem foi dirigindo. Acordei com barulho de trovão, estava chovendo e levantei rapidamente quando vi que dormia escorada no ombro do Jesse.

- Desculpa - falei e ele riu.

- Tudo bem - Parker dormia ainda no banco de trás. - Falta muito?

- Não, acabamos de entrar em Washington, o problema é que nem sei para onde estamos indo.

- Para em um hotel, qualquer local para descansarmos até Shaw mandar notícias. - ela assentiu.

Não demorou muito até Jesse estacionar o carro em um hotel simples, descemos e pegamos dois quartos, Jesse e Parker ficariam juntos. Tomei um banho e vesti um roupa leve, caminhava de um lado para o outro esperando notícias do Shaw.

*Ligação On*

- Alice.

- Fala Shaw. O que estamos fazendo aqui?

- Chego amanhã aí, recebemos informação de que Aleksandr queria você não só para se vingar, mas pegar informações necessárias para entrar na Casa Branca.

- O que ele quer? - perguntei confusa.

- Não sabemos, mas ele planeja um ataque amanhã à noite.

- Certo, já tem um plano?

- Não, veja o que consegue.

- Certo, até amanhã.

- Tchau Alice.

*Ligação Off*

Passei o resto do dia planejando o que faríamos, ainda chovia muito lá fora e por diversas vezes olhando pela janela, tinha que ter certeza que não éramos seguidos.

- entra - Jesse tinha batido a minha porta e dei espaço para ele entrar.

- Alguma novidade? - disse olhando os papéis espalhados pela cama.

- Shaw ligou, chega amanhã de manhã e parece que Aleksandr está planejando algum ataque a Casa Branca. Na verdade, sei muito pouco.

- E você nem sabe o porque Aleksandr faria isso - me encarou e eu assenti.

- Exatamente - falei e sorri. - O que… - fui interrompida quando Jesse me puxou para um beijo.

Aquilo era errado de tantas formas, mas eu queria tanto quanto ele. Era um beijo que desejávamos mais do que nossa alma, doce e quente. Vivia tanto sob a tentação de querer beijá-lo, mas nunca ir em frente.

Suas mãos seguravam firme minha cintura, podia sentir seu coração palpitando tanto quanto o meu, seu hálito era doce com sabor de menta, seu cheiro ainda era o mesmo que me lembrava, teus lábios tão suaves. Ele ainda beijava da mesma forma de quando nos conhecemos. Essa era a primeira vez que estava inclinada a ir contra tudo que acredito e me deixar ser tomada pelo d****o de senti-lo outra vez.

- Alice. - disse ele ofegante e eu o olhei em seus olhos.

- Não fala nada - respondi tomando fôlego e ele olhou para meus lábios.

Ele me beijou mais uma vez e eu agarrei firme sua blusa, tirou-a e jogou a qualquer canto. Tirei a minha e senti seu toque suave, mas suas mãos estavam geladas, mesmo que nossos corpos estivessem fervendo pelo d****o. Ele tinha as mesmas cicatrizes e outras tantas novas que não conhecia, ele beijou meu pescoço me conduzindo até a cama.

Jesse e eu passamos a mão por cima da cama jogando todas as coisas que tinham em cima ao chão. Ele me beijou outra vez, distribuiu seu peso sobre meu corpo. Ele desceu beijando até meu s***s e o massageou com a mão me fazendo arfar, ele os tomou em seus lábios com tanto d****o, que meus gemidos se intensificaram.

Ele subiu os beijos até meus lábios e impulsionei trocando de posição, ficando por cima dele e sorri, dei um beijo em seus lábios e levantei, abri seu jeans e os baixei, podia ver sua ereção, e com certeza, Jesse Stockler havia melhorado fisicamente muito. Ele me observou tirar sua cueca e ver seu m****o saltar totalmente ereto, o tomei em meus lábios e seus gemidos eram músicas aos meus ouvidos, ele segurava meus cabelos enquanto o chupava com toda a v*****e que tinha guardado dentro de mim, e seus gemidos estimulavam ainda mais.

Jesse gozou em minha boca e eu engoli. m*l tinha me levantado quando ele me puxou para cima e me beijou outra vez, seu olhar cruzou com o meu e por um breve segundo, pensei que ele conseguiria me reconhecer.

Ele tirou o shorts que eu vestia e ficou entre minhas pernas me penetrando devagar, mas seu m****o era surpreendentemente grande que me fazia sentir bem apertada, porque suas entocadas pareciam tocar meu útero. Enquanto ele fazia movimentos de vai e vem, nossos gemidos haviam ficado um pouco mais alto, e antes que alguém os ouvisse, voltamos a nos beijar para que fosse abafado o som.

Rolamos na cama e fiquei por cima, subia e descia sobre seu m****o, ele massageava minha i********e com uma mão e a outra se mantinha firme na minha cintura, como se me segurasse para não fugir. Algo que jamais faria, não agora, não neste momento. Me sentia tão completa, como se ele fosse tudo que faltasse em mim, preenchendo o vazio que deixou.

Quando chegamos ao o*****o, com um gemidos fino, apoiei minha testa em seu ombro e caímos ofegantes um ao lado do outro. Mesmo que tenha sido a melhor transa da minha vida em anos, fosse algo que desejava há muito tempo, seria estranho ver ele no dia seguinte e agir como se isso nunca tivesse acontecido.

Esconder o que sentia por ele, a dor de saber que ele não se lembrava de quem eu era, já eram o suficiente para me destruir em milhões de pedaços. Ele me deixava vulnerável de uma forma que eu odiava me sentir, mas odiava ainda mais amar ele e não poder gritar isso ao mundo, para que ele percebesse o quanto eu era completamente dele.

No dia seguinte acordei e Jesse não estava mais lá, ainda que tudo que tinha dito a mim mesma e pensado antes de adormecer fosse verdade, tinha sido a melhor noite de sono que havia tido. Tomei um banho e me vesti, estava saindo do quarto para pegar um café quando Shaw ia batendo na porta.

- Oi Alice - disse ele sorrindo e eu retribuí.

- Oi Shaw, estava indo… - ele levantou um copo de café e eu ri. - Obrigada.

- Imaginei que fosse querer - ele respondeu e entramos no meu quarto. - Então, conseguiu planejar algo? - disse olhando os papéis espalhados pelo chão.

- Bom, pensei em diversos pontos que poderíamos aguardar por Aleksandr - falei recolhendo os papéis e pondo em cima da mesa. - Mas Aleksandr me conhece e sabe como eu penso, ele conseguiria facilmente deduzir.

- Certo, podemos usar contra ele mesmo. Temos informação de que ele queria você pela vingança, claro, mas também para conseguir entrar na Casa Branca, já que você trabalhou lá.

- Mas não tiraram meu acesso do sistema?

- Não - respondeu Shaw e eu assenti. Parker e Jesse entraram seguidos por outros dois agentes de Shaw. - Esses são Alec e Jake, vão nos ajudar. - apenas sorri para os dois agentes.

- O que ele poderia querer da Casa Branca? não acho que queira m***r o presidente, isso seria péssimo para os negócios dele.

- E eles não querem, mas tem informações que eles querem.

- que informações? - perguntei e Shaw coçou a cabeça. - Que informações? - o instiguei e ele suspirou.

- Tudo. Todos os casos do FBI, principalmente seus casos, o que fizeram com você e inclusive o que você fez enquanto estava na CIA, seja como agente infiltrada ou não, eles querem acabar com você da única forma possível - levei as mãos à cabeça. Isso não podia estar acontecendo.

Tudo parecia em transe para mim. Os três discutiam sobre algo que não conseguia focar ou compreender, não ouvia uma palavra sequer e, me sentia em um sonho. Aleksandr conseguir essas informações faria com que o mundo soubesse tudo que já fiz, faria com que Parker nunca confiasse em mim, ou Jesse me odiar, faria com que o resto que me sobrou da minha família me odiasse ainda mais, com que pessoas que sempre quiseram se vingar de mim, me encontrassem.

- Alice - gritou Parker e eu o encarei. - Tudo bem?

- Tudo - falei tentando ser firme e Shaw me olhou desconfiado.

- Eu liguei ontem para o chefe de gabinete, passei os protocolos de segurança e no pentágono, estavam decidindo o que fariam com todas as informações que tinham sobre você.

- Porque não destroem logo? - perguntou Jesse impaciente e Shaw me olhou de soslaio.

- Porque muitos dos homens mais perigosos estão cumprindo pena, porque ele - me olhou. - conseguiu provas que os incriminasse. Estão tentando ver quais informações seriam possíveis destruir.

- Até que decidam, Aleksandr já vai ter conseguido isto. Ele é esperto, sabe que já devem saber que está indo e ele não liga nem um pouco, ele vai morrer por isso. - falei.

- Vamos agir rápido, precisamos planejar agora.