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832 Words
Gabi narrando Fazia dois dias que eu estava trancada dentro de um quarto, só via alguém quando me traziam comida umas três vezes por dia, ele nunca mais apareceu aqui. Meus pensamentos voavam em minha filha e em minha mãe, quando eu estava com a Carla pelo menos eu conseguia mandar dinheiro para ela, por isso tentava fazer o máximo de programas por noite, porque pelo menos eu sabia que alguma quantidade ia para elas, minha mãe não iria conseguir sozinha dar conta de tudo, comprar roupas, remédios, comida para Alana e ainda pagar água e luz. Mas se eu perguntasse para Heitor, eu não sei, acho que isso não é uma coisa de perguntar assim. A porta se abre e ele entra, eu estava sentada na cama, de cabeça baixa, e logo ergo o meu olhar para o mesmo que estava de braços cruzados parado na porta. - Isso aqui é para você - Ele diz me entregando uma sacola de alguma loja - Se arruma porque você vai sair comigo. - Para onde? - Eu pergunto - Não te interessa - Ele diz - Você só precisa ficar pronta rápido - Ele fala Grosso e eu apenas assinto, a minha língua era mais afiada do que eu, e as palavras saiam. Ele sai do quarto e eu abro a sacola, dentro tinha um vestido preto, e um salto alto e algumas maquiagens. Tomo um banho rápido, e escovo os meus cabelos, fasso uma maquiagem leve, e visto o vestido e coloco os saltos, o vestido era bem colocado e deixava o meu corpo todo modelado nele, e eu odiava me vestir assim, salto então, não tem coisa melhor do que uma havaianas. - Esta pronta? - Ele diz abrindo a porta e eu reparo que ele estava de terno. - Sim - Falo me levantando e ele me olha de cima à baixo. - Então vamos - Ele diz e eu vou em direção a porta, parecia não ter ninguém no apartamento e descemos até o carro em silêncio - Qualquer graça sua você já sabe, você só precisa sorrir e concordar com tudo. - Ok - Eu falo para ele - Para todos nós conhecemos a quatro meses no Brasil - Eu olho para ele sem entender o para todos - Nós apaixonamos, amor a primeira vista e agora vamos casar. - Casar? - Eu falo incrédula e ele me encara. - Pode deixar que a festa eu deixo você planejar - Ele diz encarando a estrada, e eu me mantenho em silêncio. Até agora ele não disse quais era as suas intenções em ter me comprado por um valor tão alto da aquele jeito, na realidade nunca trocamos mais de meia palavras sem ser ele me ameaçando, e ele nem tentou me levar mais para cama. Heitor narrando Ela se manteve em silêncio depois o caminho inteiro. Hoje era a janta com os sócios da empresa, na qual eu iria comprar, meu objetivo era virar governador e para isso eu tinha que ter uma esposa, casar e futuramente ter filhos, os eleitores amavam isso. Quando eu à vi eu vi que ela era a pessoa certa para isso, mas depois veio com toda a sua marra e eu larguei de mão, mas não sei porque, algo me fez desistir assim que eu vi a foto da sua filha, não sei se foi por pena ou algo assim, mas o ponto fraco dela era a filha e usando isso eu teria ela sempre nas minhas mãos, e assim eu ia moldar ela para ser a mulher de um governador perfeita e invejada. - Me dê a mão - Falo para ela assim que descemos do carro, passamos pelos repórter e fotógrafos que enchia o saco o tempo inteiro, ela se manteve queta e entramos dentro. - Heitor González - Pietro diz me cumprimentando - E essa jovem? - Pai essa é a Gabriela minha namorada - Eu falo e a mesma apenas sorri e cumprimenta ele toda sem graça. - Sua mãe vai adorar conhecer ela - Ele diz - E a onde ela está? - Eu pergunto - Ela não conseguiu vir - Ele fala e eu assinto apenas com a cabeça. Esses jantares normalmente são chatos para caramba, um monte de gente falando e dando conselhos inúteis, Gabriela se manteve queta o tempo inteiro e apenas sorria ou concordava quando alguém falava algo para ela, exatamente como tinha combinado. - Eu acho que eu estou passando m*l - Ela sussurra para mim e eu a encaro vendo que ela estava toda vermelha. - Ela deve ter alergia a camarão - Uma senhora que estava na mesa fala - Precisa levar ela para o médico urgente. Gabriela começa a passar m*l, e cada vez ficava mais vermelha ela começa a ficar com falta de ar e eu pego ela no colo e corro com ela para o hospital, só me faltava morrer por causa de uma alergia agora.
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