capítulo 2

734 Words
Júlia narrando Embora eu tenha sofrido muito com a minha partida do morro eu tenho certeza de que foi o melhor pra mim e meu bebê, sei que pode parecer egoísmo da minha parte, mas optei por não contar ao Bruno que estava esperando por um filho seu, eu não aguentaria ver meu filho ser taxado como bastardo que conviveria com a indiferença do pai, ate porque como como ele anunciou naquele baile ele teria seu herdeiro, o qual não era meu filho. Ao chegar em Minas, não foi fácil me adaptar a minha nova rotina, com o passar dos meses minha barriga foi crescendo e com ela o meu verdadeiro amor nasceu, o único homem que eu jurei amar pro resto da minha vida, exatamente, tive um príncipe que optei pelo nome de Théo, essa criaturinha me salvou e me salva todos os dias, por ele eu aprendi a lutar, aprendi que sou capaz de tudo, ele é literalmente meu mundo, e embora tenha alguns traços meus ele lembra muito o Terrorista, principalmente quando faz cara de bravo, o que pra mim é a cara mais fofa que existe. Desde que sai do morro nunca mais voltei lá, e sinto muita falta daquele lugar, a mídia passa muitas vezes somente o que acontece de r**m nas favelas, mas a realidade é que nada paga ver as crianças brincando de bola nas ruas, o povo simples que acorda cedo pra trabalhar com um sorriso no rosto, meus pais sempre vinham nos visitar e o Theo era o xodozinho dos vovós, assim como da Camilla que foi quem escolhi pra ser sua madrinha, ela assim como meu pai vinha nos visitar quando possível e mesmo morando longe nossa amizade nunca fraquejou durante esses anos. No começo ela me contava tudo o que acontecia no morro, inclusive que a Carol perdeu o bebê que esperava pouco tempo depois que anunciaram, contou que o Bruno se tornava cada vez mais uma pessoa fria e r**m, quando vi que saber informações dele só alimentava meus sentimentos proibi ela de me falar qualquer coisa relacionada a ele. Quando o Theo tinha 2 aninhos, conheci o Gustavo um cara simplesmente lindo, educado, que me tratava como uma princesa, capaz de me dar o mundo se eu pedisse, durante o período que ficamos juntos ele sempre cuidou de mim e do Theo como se fosse seu filho, isso pelo menos até algumas semanas atrás quando ele chegou aparentemente bêbado e drogado no apartamento que estávamos dividindo a pouco tempo, quando o questionei aonde ele estava pois já passava das duas da madrugada ele se descontrolou e me agrediu, no dia seguinte ele pediu perdão disse que estava muito estressado e não se lembrava o porquê havia agido daquela forma, mesmo sabendo que não deveria eu o perdoei, mas ontem o evento se repetiu, dessa vez na frente do meu filho, que vendo toda aquela cena começou a chorar confuso com o que está acontecendo, conforme ele chorava o Gustavo cessou os socos e tapas que me dava e foi em direção ao meu filho com a mão para lhe dar um tapa, naquele momento eu esqueci toda a dor física que eu sentia e corri de encontro a ele, pra minha sorte ou não havia uma faca ao meu alcance e foi naquele momento que eu a enfiei nele sem nem mesmo exitar, afinal de contas no meu filho ninguém encosta. Após desferir a faca em sua barriga olho em seu rosto o que carrega agora uma expressão de dor e confusão, ao poucos ele vai deitando no chão, com a mão aonde o feri e aos poucos vai fechando os olhos, minha mente está uma bagunça e só consigo focar no corpo em minha frente, e meu subconsciente me alertando de que matei alguém. Após alguns minutos em traze com a cena em minha frente, pego meu filho e corro em direção ao quarto, aonde o coloco na cama e agindo sobre a adrenalina tão rápido pego duas malada e coloco nossos pertences necessários junto com nossos documentos, na minha mente só passa que tenho que sair daqui no mais rápido possível, depois de pegar o necessário saio do apartamento deixando o corpo do Gustavo pra trás com a certeza de que preciso me manter segura e protegida junto ao meu filhos das consequências das minhas escolhas e meus atos
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