Capitulo 6
Alexandre narrando
Eu vejo Lorena sair andando e eu respiro fundo, o preço de me tornar chef da máfia estava me custando muito.
— Eu não sei porque ela é assim – Pedro comenta.
— Sua filha não tem limites nenhum – eu falo me voltando a sentar na mesa – e você sabe disso, ela não tem respeito por mim que sou marido dela e isso não deveria acontecer.
— Eu sei que Lorena é revoltada, que ela é difícil de lidar, ela perdeu a mãe cedo e eu tive que a criar sozinha.
— Lorena não é mais criança, ela tem 32 anos de idade – ele me olha – Lorena age que nem uma adolescente mimada, ela surta, ela nos faz passar vergonha, sua filha não está bem psicologicamente.
— Não fale isso da minha menina – Pedro fala nervoso.
— Eu convivo com ela a seis anos e ela mudou muito, ela está obsecada em dizer que ela tem direito assumir a máfia, a sua filha pode ser prejudicial para os nossos negócios se ela continuar com esse comportamento, nem filho ela quer ter, ela se n**a a ter relações comigo, mas tem relação com Deus e o mundo, você acha que isso é comportamento de uma pessoa em sã consciência? Ela cresceu no nosso mundo, foi educada e sabe das regras e se recusa a cumprir. Eu tenho respeito ao senhor que é pai dela mas você sabe que a sua filha é minha responsabilidade depois que eu me casei com ela e não estou mais tolerando ser desrespeitado dessa forma.
— Quando a gente voltar para o México você toma as medidas que você decidir tomar – ele fala me encarando – se é para o melhor dela, do casamento de vocês e dos nossos negócios.
— Ela precisa me dar um herdeiro e a melhor forma é tratar toda essa visão que ela tem de um mudo fora.
— Vamos dar uma volta – Pedro fala se levantando – respirar o ar puro do Rio de Janeiro. – eu vejo o garçom passar com um drinque igual ao que ele serviu a ela.
O preço para assumir a máfia estava me custando caro, no começo achei que ela estava apenas revoltada por está sendo obrigada a casar , só que depois eu percebi que Lorena não iria mudar, com o passar dos anos a nossa rivalidade dentro de casa só aumentou, ela não me obedece, não acata uma ordem e só me faz passar vergonha, não quer me dar filhos e nem agir como uma esposa e isso já estava me incomodando.
— Marcos, dono do morro da rocinha confirmou que veio – eu falo andando.
— Ótimo, vamos fornecer as drogas para ele.
— Ele ainda não aceitou.
— Ele vai, ele sabe que depois das drogas, conseguimos fornecer armas muito melhores do que eles tem aqui. Espera – ele fala parando na minha frente e eu olho para cima vendo Lorena com os s***s de fora fazendo movimentos que estava sentando – não era você que estava querendo vir para o Brasil?
— Sim – eu falo e ela me encara, ela abre um sorriso.
— O que foi? – ele pergunta
— Nada, vamos continuar – eu falo fazendo ele andar para frente – Você tem razão, não tem erro esse negocio.
Eu entro dentro do quarto e bebo quase uma garrafa de bebida, acendo um charuto e fico na sacada, logo Lorena abre a porta com o vestido todo amarrotado, os cabelos bagunçado e os sapatos nas mãos, ela me encara e abre um sorriso irônico em seu rosto.
— Fiquei esperando para ver se você iria querer participar da festa também, fiquei magoada de você não ter aparecido – ela fala e eu encaro ela respirando fundo.
— Você sabia que seu pai concordou comigo? – eu olho para ela.
— Concordou com o que? Que você é corno? – ela pergunta
— Não, que no México você é minha responsabilidade já que eu sou seu marido e eu posso fazer o que eu quiser que ele não vai se meter.
— Me joga em um hospício Alexandre – eu olho para ele – numa escola de esposas perfeitas da máfia, em um convento, em um calabouço, não importa onde, quem tiver de olho em mim, é que vai enlouquecer – ela abre um sorriso – vou tomar um banho, até que o garçom era melhor que você – ela entra para o banheiro.