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1107 Words
CAPITULO 3 KATARINY NARRANDO Eduardo tinha uma forma de agir com os seus problemas, ele se mantinha em silêncio e se privava de tudo, depois de anos convivendo ao seu lado e depois de cursar psicologia eu percebi que esse era sua autodefesa, como profissional eu sentaria ao seu lado e tentaria fazer ele falar, se libertar desse sentimento, mas aqui eu era apenas sua esposa e tinha que respeitar o seu espaço. Eu sempre amei a psicologia, meus pais brigavam muito durante a minha infância e a terapia sempre foi a minha fuga, não pensei duas vezes quando tive que cursar uma faculdade, decidi ser a paz dos meus pacientes e ajudar eles, eu amo a minha profissão, mas sei separar, sei que sou profissional no consultório e dentro de casa eu era sua esposa e sua amiga. Ele acorda parecendo um pouco mais leve, ele já está batendo as suas vitaminas e como sempre ele batia uma para mim também. — Eu admiro muito a esperança que existe dentro de você – eu falo me aproximando – todas as manhãs acha que irei tomar essa coisa horrível que você bate nesse liquidificador. — Bom dia para você também flor do meu dia – ele beija a minha boca e eu faço uma careta quando sinto o gosto. — Você bate rúcula que horror – eu faço cara de nojo. — Você come pão com queijo e presunto – ele fala. — Gostoso, isso é horrível. — Isso é saudável. — Você está bem? — Ainda digerindo tudo. — Você já sabe o que vai fazer? — Preciso conversar com você. — Comigo? — É claro, assumir o cargo de Ceo da empresa dos meus pais, é algo bem – ele suspira – desafiador e que também vai tomar meu tempo, bem mais que na academia. — Você quer isso? – eu pergunto para ele. — Meu pai está doente, eu sei que ele deu a vida dele por essa empresa, a gente não tinha nada e ele construiu tudo do zero, ele está com medo de deixar ela e acredito que se eu não assumir, ele não fará seu tratamento em paz. — Você quer minha opnião? — Quero. — Faz o que o seu coração manda – eu me aproximo dele – eu vou te apoiar e vou está do seu lado como eu sempre estive, vamos passar por tudo juntos. — Eu liguei para minha mãe, ela disse que o tratamento em média é 6 meses. — Passa rápido 6 meses – eu falo para ele. — Passa. O que você diria a um paciente? — Em uma situação dessa? — É. — Você sabe que não posso consultar família, ainda mais marido – ele sorri. — Me diz, o que você faria – ele fala – então, já que não pode dizer o que você diria a um paciente – eu sorrio fraco. — Eu faria o que o meu coração mandar e o que me faria me sentir em paz, você está preocupado com seu pai, está preocupado que ele não vai ficar em paz porque você é o único que ele confia, se isso te deixar em paz, segue seu coração meu amor. — Eu amo você – ele fala passando a sua mão pelo meu rosto. — Eu preciso ir, tenho um paciente logo cedo, você vai ficar bem? — Eu vou sim – ele fala – eu vou até academia e depois até a empresa. — Qualquer coisa você me avisa, será que conseguimos almoçar junto? — Acredito que sim, nosso almoço juntos é sagrado – eu sorrio. — Até o meio dia. — Até. Quase sempre almoçamos junto, era uma regra, a gente trabalharia fora, mas almoçar e jantar a gente sempre estaria juntos, claro que tinha exceções e algumas vezes a gente não conseguia, mas era algo bem raro. Eu estou parada no consultório tomando um café esperando o meu paciente chegar, Julia chega e me encara. — Katariny? – ela fala rindo – estou te chamando algum tempo já. — Desculpa, estava longe. — O que aconteceu? — Problemas. — Pelo jeito sério. — Pai de Eduardo está doente, com câncer. — Meu Deus, como Eduardo ficou com essa noticia? — Abalado, a mãe dele me procurou antes para me contar e pedir ajuda. — Ajuda para contar para ele? — Não. Para fazer com que ele assuma a empresa por alguns meses. — Eduardo nunca quis isso – ela fala. — Pois é, todo mundo sabe disso e por isso ela me procurou. — Eduardo sabe que ela te procurou? — Não, ela me pediu segredo, só que Eduardo está bem dividido. — Vocês conversaram? — Sim, mas eu acho que ele vai aceitar e eu vou respeitar e apoiar a decisão dele, ele está abalado, os pais dele jogaram muito sujo colocando pressão sobre ele. — Isso é complicado – ela fala – eles sempre colocam pressão. — O que vou fazer? – eu pergunto – são os pais dele, preciso está ao lado danço força a ele e pedindo que tudo passe o mais rápido possível. — Você precisa se impor Katariny – ela fala – não dá para vocês deixarem que os pais de vocês decida a vida de vocês. — É caso de doença. — Se for para ele se curar, ele vai se curar , Eduardo estando ou não como Ceo. Você tem noção de como esse cargo pode mudar tudo? — Eduardo me disse, me deixou ciente disso e eu também sei – eu suspiro. — Lá na frente, você vai perceber o que estou te dizendo. Eduardo é filho e deve está passando pelo sentimento do choque em receber a noticia, então você coloque os pés no chão e abra os seus olhos. — Olá – A paciente de Julia chega. — Oi Aline – Julia fala – escuta o que estou te falando – ela sai com Aline e eu fico olhando as duas entrarem na sala dela. Logo recebo a mensagem de Eduardo e não acredito no que estou lendo. ‘’ Desculpa, vou entrar em uma reunião aqui na Gomes Company com meu pai e todos os administradores dele, preciso está por dentro de tudo para assumir o cargo. Eu te amo , a gente se ver a noite. ‘’ Nossa vida mudaria e muito, eu respiro fundo e vou para minha sala, vou até o porta retrato que tinha a foto de nosso casamento e abro um sorriso, Eduardo era tudo na minha vida e essa seria uma fase que passaria rapido.
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