Capítulo 38
JOÃO LUCAS NARRANDO ♟️
O celular tava na palma da minha mão fazia uns vinte minutos. A tela acesa, o cursor piscando. Escrevi umas cinco mensagens diferentes e apaguei todas antes de enviar. Até que resolvi ser direto. Sem joguinho, sem orgulho.
“Pode conversar comigo?”
Simples. Frio. Mas com tudo que eu queria dizer por trás. Era mais que uma pergunta, era um pedido. Uma última tentativa de encontrar brecha no muro que ela levantou desde que me deixou mais cedo .
Não demorou muito pra resposta chegar.
“Não tenho o que falar com você.”
Só isso.
Sem emoji. Sem desculpa. Sem carinho.
Deitei o corpo contra o banco da praça e respirei fundo. Era por volta das quatro da tarde, mas o calor batia como se o sol tivesse encostado na pele. Os moleques passavam com bola debaixo
