P.O.V. Valentina
Minhas mãos tremem pelo meu medo. Olho para Aldo, implorando para que ele não me obrigue a isso.
__ Sinto muito, menina. Eu apenas recebo ordens - lágrimas descem pelo meu rosto.
Meu coração bate forte no meu peito. Tento a todo custo não chorar, mas acho que está um pouco difícil.
Abro a porta e vejo Hernández sentado na poltrona. Viro meu rosto ao ver uma das meninas com a coisa dele na boca.
__ Entre! - ele empurra a menina para longa - saia!
Antes que ela saia, seu ombro toca o meu, quase me jogando no chão.
Abaixo minha cabeça. Parece ser uma forma de submissão, mas é apenas para não ter que olhar para ele.
__ F-fiz algo de errado? - engulo em seco.
Eu sei que hoje não foi minha melhor dança. Meu pé está doendo muito, além de estar um pouco inchado.
Fora isso, estou com muita fome. Eles quase não me dão o que comer, porque cismam que meu corpo tem que estar perfeito.
__ Não, minha linda - sinto seu corpo atrás de mim - você foi perfeita como sempre.
Sou jogada de rosto na mesa. Sinto o corpo do Hernández atrás de mim. A única coisa que sinto é repulsa.
__ Isso pode ficar muito fácil se você ceder a mim - fecho meus olhos com força.
Olho para a caneta na minha frente. Eu vou acertar no olho dele, se ousar tocar em mim.
Alguém bate na porta e ele me solta. Deixo a caneta comigo, guardada entre meus s*ios.
Um homem passa pela porta. Ele está com o rosto cheio de sangue, mas não parece se importar muito, já que está com um belo sorriso no rosto.
__ Hernández - ele coloca as mãos no ombro dele - onde ela está?
Hernández da um passo para o lado e mostra meu rosto para ele. O homem vem até a mim em passo firmes.
__ Meu irmão tem muito bom gosto - ele passa o polegar pelo meu rosto - vamos ter uma conversinha. Você pode sair! - Hernández assente e sai do escritório.
O homem se senta na cadeira e se serve com um pouco de bebida. Ele aponta para a cadeira a frente dele e eu me sento.
__ O-o que o senhor quer falar comigo? - esfrego minhas mãos uma na outra.
__ Você dançou muito bem essa noite. E alguém com muito dinheiro se interessou por você - passo a língua pelo meus lábios.
Não posso negar que fiquei animada ouvindo isso. Esse lugar não é muito frequentado por homens com dinheiro.
Eu só quero sair daqui, e se eu tiver que me deitar com um homem cheio de dinheiro, eu farei.
__ Obrigada pelo elogio.
__ Vou fazer uma proposta. Você dança para meu irmão, ele paga muito bem por isso, e eu fico feliz. Simples não? - ele bate uma mão na outra.
Ele acha mesmo que me engana? Enquanto ele fica cheio da grana, eu continuo trancada aqui.
Está muito enganado se acha que vou fazer isso. Farei de tudo para esse homem se interessar o máximo por mim.
__ E se ele quiser algo a mais?
__ Então você vai dar a ele. Faça tudo que o Dante mandar, ou as coisas não vão ficar agradáveis para você - o olhar dele é sério e assustador dessa vez.
Assinto com a cabeça, confirmando o que ele diz.
Volto para o quarto junto com as meninas. Fico feliz de não ter encontrado Hernández mais uma vez.
Será que ele sabe dessa proposta? Eu acho que sim, ou não teria falado para que eu me deitasse com ele.
__ Está tudo bem? - Tiffany me olha questionadora - o pé está melhor?
__ Sim, sua massagem ajudou muito - ela sorri para mim.
__ Com quem você estava? - respiro fundo.
Tento entender o lado da Celina, mas as vezes fica difícil. Ela fica muito em cima de mim.
Parece que tudo que eu faço está errado. Assim como ela, eu só quero sair daqui, será que ela não entende?
__ Eu não sei o nome dele, não o conheço. Parecia ser apenas um cliente - mordo meu lábio.
É claro que ele é o chefe, mas eu prefiro não dizer isso.
__ Ele forçou você a alguma coisa? - as meninas me olham com pena - se quiser conversar...
__ Não! - n**o com a cabeça - ele só quer uma dança para amanhã, e queria me conhecer.
Celina da uma risadinha, como quem não acredita no que eu falei.
Deito no fino colchão do quarto. Já estou até acostumada com ele. Mas a chance de eu sair dessa vida é essa, não posso desperdiçar.
***
__ Não se esqueça do que tem que fazer - Félix me avisa.
__ Sim senhor! - olho para o hotel na minha frente.
Ele é grande e muito sofisticado. Nunca estive em um lugar assim antes.
Saio do carro e vou até a recepção. A mulher me olha com um pouco de nojo, imaginando que eu seja uma pr*stituta.
Estou com uma maquiagem diferente dessa vez. Ela é forte e tem um pouco de brilho na pálpebras.
__ Vim visitar o senhor Bianchi - passo minha língua pelo lábio coberto de batom vermelho.
__ No último andar, a suíte presidencial - assinto com a cabeça.
Pego o elevador. Dentro dele tem um homem já de idade, com um terno que parece ser bem caro.
__ Quanto custa o programa, querida? - engulo em seco.
Não respondo nada. O andar dele chega e o velho sai. Que raiva que eu fiquei dele.
Quando o último andar chega, eu saio do elevador. Passo o cartão que foi dado a mim pelo irmão dele.
Entro no local e olho ao redor. Tenho que fazer uma surpresa para esse homem, ordem do irmão dele, meu "chefe".
Pego o controle e mudo a Luz, deixando em um vermelho sangue.
Vejo a barra de pole dance no quarto. Foi colocada pelo Félix, que preparou essa surpresa.
Retiro meu sobretudo, ficando apenas de espartilho preto, meia 7/8 e uma calcinha, além de saltos.
Ligo o som e vejo quais músicas estão tocando no momento.
Assim que a porta se abre eu me viro. Sinto o ar me faltar ao ver o homem na minha frente.
Ele é alto, com porte de atleta, tem um físico perfeito, com músculos definidos. Corte militar, olhos castanhos escuro e um olhar de molhar calcinha.
__ Boa noite, senhor Bianchi - ele me olha de cima a baixo e não diz nada - feliz aniversário! - sorrio de lado.
Vou até ele e o coloco sentado na poltrona. O homem não diz nada, o que me deixa um pouco nervosa, mas tenho não aparentar.
O ajudo a retirar o paletó e depois a gravata.
__ Quem é você? - a voz dele sai baixa e rouca, me fazendo sentir coisas estranhas.
__ Sou o seu presente - toco no laço do espartilho - o senhor gostou?
Ele não diz nada, mas seu olhar esfomeado sobre mim, me faz imaginar que ele gostou.
__ Me sirva um pouco de whisky! - aquilo era uma ordem explícita.
Vou até o canto do quarto e coloco whisky no copo, junto a duas pedras de gelo.
Respiro fundo antes de me virar. Preciso colocar em prática tudo que Angelique me ensinou.
Me viro para ele e levo o whisky até sua mão. Dou um sorriso e me ajoelho na sua frente.
__ Não prefere ficar confortável? - abro alguns botões da camisa social que ele está usando.
O senhor Bianchi me puxa pelo cabelo, me fazendo olhar em seus olhos. O olhar dele é um desejo reprimido.
__ Quero que dance para mim!
__ Tudo que o senhor quiser. Sua sua essa noite para fazer o que desejar - mordo meu lábio.
__ Sim, minha! - quando ele diz isso, eu sinto um arrepio pelo meu corpo.
Dou passos para trás. Ligo o som e vou direto para a barra de pole dance.
O homem não tira os olhos de mim enquanto eu danço. Não me importo de dançar o mais excitante possível.
Retiro meu espartilho e fico com os s*ios de fora. Mordo meu lábio e jogo minha cabeça para trás.
Passo a mão pelo meu corpo e desço até minha inttimidade, onde deixo um leve tapa.
O senhor Bianchi apenas me olha enquanto bebe.
Me levanto e vou até ele. Sento em seu colo e passo a dançar, enquanto olho em seus olhos.
Rebolo lentamente e sorrio de lado. Chego um pouco mais para frente e sussurro no ouvido dele:
__ Sua para fazer o que quiser! - rapidamente as mãos dele vão diretamente para minha b*nda.
Termino de retirar os botões da camisa, fazendo seu corpo definido aparecer. Arranho seu abdômen até chegar ao cós da calça.
__ Você é uma pr*stituta?
__ Essa noite eu sou o que você quiser.
Ele me segura no colo e me joga na cama. Fico um pouco assustada, mas tenho não aparentar.
Minha calcinha é afastada, deixando minha inttimidade exposta. Fecho os olhos e solto um gemido quando sinto sua boca no meu ponto de prazer.
Eu não tenho dúvidas, hoje irei perder minha virgindade.