Um Amor de Rock

Sinopse Ian Smith é o rockstar mais rico e mais famoso do mundo. Todas as mulheres se jogam aos seus pés. Mas os seus dias de playboy podem estar contados. Ian precisa ficar noivo, passar para a mídia a imagem de um homem sério e respeitável, e também precisa de um meio para promover seu novo disco. Assim, seu empresário consegue para ele um noivado de fachada com ninguém menos que a supermodelo Megan Lily, a modelo mais linda e famosa de toda a Inglaterra. O noivado é o maior sucesso, todos concordam que Ian e Megan são o casal perfeito. Os dois aparecem em todas as capas de revistas, a banda de Ian, "The Jones", bate recordes de vendas de discos, o dinheiro entra como rios, deixando todos muito satisfeitos. Só havia um pequeno problema nisso tudo: ninguém contava que os dois fossem se apaixonar de verdade. E muito menos que essa paixão ia derrubar muitas máscaras ao seu redor, destruindo um mundo de fama e glamour que parecia tão perfeito. "Quando todas as luzes se apagam, a solidão é tudo o que resta." - Ian Smith. ... Ian Meu nome é Ian. Ian Morgan Smith, o vocalista da banda The Jones. Eu queria tocar guitarra também, mas Jim Collins, que é o nosso empresário e que cuida de nós, achou melhor eu apenas cantar, e não ficar perdendo o meu tempo tocando. Eu achei uma pena, porque gosto de tocar desde pequenininho, meu pai, quando eu tinha sete anos, me deu uma guitarra, pagou um professor pra me ensinar. E vendo o meu interesse, Dom Vito também me incentivou. Dom Vito Salvatore é o meu padrinho. Ele tem muitos negócios aqui em Londres e ajudou muito minha banda no começo. Mas não foi por muito tempo. Logo comecei a andar sozinho e não precisei mais da ajuda dele. Uma noite, quando nós estávamos tocando em um pub, um olheiro nos encontrou e levou uma fita demo nossa pra gravadora. Eles gostaram muito de nós, assinamos um contrato, tivemos rapidinho nosso primeiro single estourando nas paradas, o primeiro disco de ouro, de platina, as turnês, as mulheres, as bebedeiras, as drogas eu deixo pro Tommy, que é um viciado, meu padrinho me disse várias vezes pra ficar longe das drogas. Eu prometi isso pra ele e vou cumprir. Sei que meu padrinho quer apenas o meu bem. Com a fama, vieram as fãs, muitas fãs, eu sei que sou um cara bonito, eu me cuido, não sou que nem muitos por aí que caem nas drogas e relaxam, eu gosto de cuidar da minha aparência, sou alto, tenho 1,85 m, 80 kg, forte, cabelos castanhos e lisos, deixo na altura do ombro, não fico andando de roupa rasgada também, mas gosto muito de roupas de couro, e adoro perfumes, sempre vou pra Paris e trago perfume, o Tommy diz que isso é coisa de v'adinho, mas eu não ligo, eu vejo que as mulheres ficam doidas sentindo o meu cheiro, que é muito melhor que o cheiro de cigarro e bebida do Tommy. O Tommy também faz sucesso com a mulherada, mas só faz porque é o meu baterista, porque é feio, magrelo, ensebado, branco feito papel porque não come direito, tem os dentes estragados, um horror. Eu não entendo como as meninas ficam com ele, é sério. Ele ainda tem os cabelos pretos, bem lisos, e corta de um jeito todo esquisito, fica feio pra caramba, acho que é ele mesmo que corta, nunca vi ele dizendo que ia em um barbeiro ou algo assim, enfim, o Tommy sempre foi estranho. Por que eu mantenho ele na banda? Simplesmente porque ele é o melhor baterista do mundo, ele nunca teve aulas, nunca lhe ensinaram a tocar, mas quando ele senta em uma bateria e pega as baquetas ele se transforma. Parece mágica, parece outra pessoa. Perfeito, simplesmente perfeito. Sem Tommy Starr a banda não chegaria onde chegou, eu tenho toda a humildade de admitir isso, todos nós demos nossa contribuição pra esse sucesso mundial que é o The Jones. E além disso Tommy Starr é meu amigo desde o jardim de infância. Meu parceiro, embora ele seja inconsequente e louco assim como ele é, eu sei que posso confiar nele. Meu padrinho sempre me diz: - Bambino, tenha um homem em quem você pode confiar. E pra mim esse homem é o Tommy. ... Megan Já vi muitas modelos, colegas de trabalho minhas, saindo com Ian e os caras da banda, passando a noite com eles, não levando nada a sério, muitas vezes apenas para sair nas revistas, mas eu nunca cheguei perto dele, nem de nada disso, eu sei que a carreira de modelo é curta, que a beleza acaba bem depressa. O meu maior sonho é estudar muito e ser uma grande atriz, brilhar nos palcos, não posso ficar perdendo tempo com festinhas, com roqueiros, arriscar a me viciar em drogas ou bebidas, destruir a minha carreira. Não preciso me vender, como outras modelos fazem, nem nada disso, John cuida de mim desde criança, fez de mim uma grande modelo. Ian é a minha paixão desde que eu era criança, Ian Smith, da banda The Jones, tenho todos os discos dele e conheço todas as suas músicas. Ian é um playboy, um rockstar, o vocalista da banda mais famosa do mundo, venderam mais de cem milhões de discos, já nos encontramos algumas vezes em alguns eventos, ele olha muito pra mim, mas até onde eu sei nunca pediu meu telefone. Nunca nos falamos, só nos conhecemos de vista mesmo. Muitas vezes pensei em pedir o telefone dele pra John ou pra Charlotte, minha assistente, quer dizer, assistente de John, porque ela me ignora. Mas sei que se eu pedir John iria me dar um sermão; "que vulgaridade, a modelo mais famosa do mundo correndo atrás de um roqueiro". Não posso fazer nada, nada fica bem, nada é bom o bastante pra mim, isso cansa muito, muitas vezes eu queria apenas ser uma menina normal, ter amigas, poder pedir o telefone dos rapazes que eu gosto. Mas não posso fazer nada disso: parece que estou presa numa torre de cristal. Miss Lily isso, miss Lily aquilo. Infelizmente eu nunca conheci minha mãe, minha mãe morreu quando eu era criança, não me lembro dela, mas me lembro de tia Rachel, sempre cuidando tanto de mim, lembro de John, sempre trabalhei, sempre modelei, fui eleita a criança mais linda da Inglaterra, não tinha tempo para brincar, estudava em casa com uma professora, não tive tempo para ter amigas. Minha vida se passou entre flashes, poses, pessoas me dizendo: - Muito bem, Megan! Agora sorria! - Diga que o sorvete está ótimo! - Agora olha pra câmera! - Descanse, logo teremos outra sessão de fotos! John sempre observando tudo, sempre sério, sempre carrancudo, sempre dizendo que eu tinha que ser muito boazinha e obedecer. Eu não tinha mais ninguém, somente John e tia Rachel, então nunca questionei. Eles são a única família que tenho. Um dia chamei John de papai. Eu queria muito que ele fosse meu pai, que me abraçasse, mas em vez disso ele me bateu. Me deu um tapa no rosto. - Nunca mais diga isso, menina! Eu não sou seu pai. Você me entendeu? Tia Rachel! Leve essa menina pro quarto. Tia Rachel veio correndo e não disse nada, só me pegou no colo dizendo: "Pobre menina, pobre menina". Daquele dia em diante eu passei a ter ainda mais medo de John. Ele nunca me deu um abraço, nunca me fez um carinho, nunca me deu sequer um sorriso. Sempre achei que ele devia ser um tio distante ou algo assim. Sei que ele é sobrinho de tia Rachel, a mãe de John era irmã dela. Tia Rachel não se importa que eu a chame de tia, sempre foi muito boa pra mim e muito carinhosa, ela que me explicou que minha mãe se chamava Ashley e morava no céu, e que eu deveria rezar para ela todas as noites. E não podia contar nada disso para o John, claro. Não contei, mas também não esqueci. E rezo para minha mãe até hoje, todas as noites. Depois do tapa, John me trouxe um presente: uma gatinha. Coloquei o nome dela de Marie. Marie é minha companheira, levo ela comigo em todas as minhas viagens. Já foi pra Paris, pro Japão e para os Estados Unidos. Já está velhinha, coitadinha. Nunca namorei. É difícil de acreditar nisso, ainda mais eu sendo uma modelo, mas a minha vida é muito corrida, eu trabalho muito. Muitos desfiles e sessões de fotos, e como eu disse eu estudo e leio muito pois quero me tornar uma atriz. John não sabe disso, eu frequentei até um curso de teatro escondida dele. Ah e eu gosto de dormir cedo, pra não ficar com olheiras e com cara de sono durante as sessões de fotos, John sempre diz que preciso ser responsável e que meu rosto é meu maior patrimônio. Eu acredito nele. Eu acho que tem modelos mais bonitas que eu, mas não me acho feia, tenho 1,76 m de altura, 54 kg, sou loira natural, olhos azuis bem claros, o nariz pequeno e delicado, o rosto oval, as sobrancelhas bem desenhadas e naturais, meus lábios são bem delineados, a pele bem clara e sem manchas, cuido muito do meu rosto e do meu corpo, pois são o meu instrumento de trabalho. O meu corpo, embora eu seja modelo de passarela tem curvas, tenho cintura fina, pernas longas, cabelos lisos até a cintura, John não permite que eu corte, assim fica versátil e posso fazer vários penteados. Também não uso nenhuma tinta, quando participei da campanha de uma marca de tonalizante usei peruca, mas confesso que adorei me ver ruiva, se eu pudesse pintaria meu cabelo de todas as cores. Tia Rachel me ajuda, sempre faz comidinhas leves, não deixa eu comer demais nem passar da conta, ela sabe que tenho que manter o peso, mas às vezes eu sinto uma certa inveja das meninas que não precisam se preocupar com isso. Tenho umas colegas modelos que ficam realmente sem comer, com medo de perderem trabalhos,já vi algumas desmaiarem de fome, nosso mundo não é o glamour que algumas pessoas pensam. Podem apostar que não é. ----------- Recado da May (autora) Obrigada por terem lido, sigam e comentem, contem pra mim o que vocês estão achando, eu dou muito valor à opinião de vocês! ❤️?