CAPÍTULO 2

2285 Words
Rafael Moretti Acordo na manhã seguinte com uma leve dor de cabeça, ontem à noite fui a uma balada no centro da cidade e me diverti muito a noite toda. Estou deitado na minha cama com duas loiras muito gostosas, mas não me pergunte o nome delas, pois não sei responder. Levanto e vou tomar um banho. Hoje preciso resolver algumas coisas no fórum, afinal a criminalidade nessa cidade só aumenta e, infelizmente, está cada vez mais difícil deixar esses meliantes presos. Sou advogado criminalista, trabalho na empresa do meu pai e sou filho único. Meus pais já estão com idade avançada, vivem me cobrando para tomar jeito na vida, arrumar uma mulher e me casar. Mas não vou fazer isso. Gosto da minha vida de solteiro e estou muito bem assim. Não quero me amarrar a ninguém, até porque ficar preso não é meu objetivo para o futuro. Sou daqueles caras que vive sob o perigo mesmo. Amo uma boa f**a e não me importa se é casada ou solteira, sendo caso de uma noite isso é o que importa. Podem me chamar de cachorro porque eu sou mesmo, assumido e gosto disso. Estou tomando banho quando sinto uma mão no meu m****o. Sei que uma delas acordou. Viro para trás e sorrio. — Quer tomar banho, gostosa? Ela sorri bem safada. — Quero seu p*u na minha b****a agora — fala de uma forma sexy que me deixa duro na hora. Saio do box, pego uma camisinha na pia e logo estou fodendo a loira como um louco. É claro que a outra acorda com os gemidos que ecoam pelo ambiente e acabo fodendo as duas no banheiro mesmo. Após dispensar as garotas. em grande estilo, afinal sou um cavalheiro, pedi para o meu motorista deixá-las em casa. Meu celular toca e atendo no terceiro toque. — Bom dia, senhor Rafael, seu pai pede sua presença na empresa ainda hoje — a secretária gostosa do meu pai fala ao telefone. Sei que ela é gostosa, pois já transei com ela várias vezes. — Bom dia, princesa, diga ao meu pai que vou ao fórum e na volta passo na empresa. — Perfeito, senhor. Aguardo ansiosa a sua presença — ela fala e desliga a ligação. Sei que ela quer ser fodida de novo, mas não será hoje. Estou enrolado e praticamente terei que ir ao fórum duas vezes em um único dia. Saio de casa e sigo para o fórum a fim de levar uns documentos e sei que irá demorar para liberarem os documentos que preciso, decido ir à empresa de Vitor, um amigo meu de infância, onde conversamos um pouco até que dê a hora de buscar os documentos que preciso. Quando estou voltando ao fórum para ir para a empresa encontrar meu pai, percebo que alguém bate no meu carro. Fico puto de raiva na hora, tanto que bato boca com a mulher que apenas por um minuto reparo nela, já que meu carro é mais importante. A infeliz arranhou meu bebê com a lata velha que ela chama de carro e pior ainda fiquei com dó, já que ela não sabia trocar um pneu. Quando terminei de trocar o pneu a infeliz reclamou e ainda me destratou. Não recebi sequer um obrigado. Juro que se me encontrar com ela, de novo, cometo um assassinato. Aquela mulher é um perigo no volante, não sabe que nas leis de trânsito quem bate atrás está sempre errado, já que temos que manter certa distância. No minuto em que olhei para ela, vi aqueles lindos olhos azuis ou meio esverdeados, não sei exatamente a cor já que estávamos sob os raios. A infeliz era linda, mas meu carro era mais bonito. Agora estou aqui, esperando um guincho para levar meu filho a um hospital de carro, já que ele foi danificado. Droga! — Calma, meu bebê, papai vai cuidar de você e espero nunca mais encontrar com aquela louca, porque tenho certeza, filho, de que cometo um assassinato e não vou poder cuidar de você por um tempo — falo e a lataria do meu carro. Dizem que sou louco por carros e afirmo que realmente sou. Amo os meus bebês. Trato meus carros como filho e Fred é o meu preferido, pois o ganhei do meu avô antes dele partir, então tem valor sentimental e vê-lo arranhado é horrível, ainda mais sabendo que vou ficar dias sem ele. Droga! Maldita! Se encontrar aquela infeliz de novo, eu a mato! Observo o guincho chegando, me trazendo outro carro que vou usar enquanto o meu está no conserto. — Boa tarde, senhor Moretti — o motorista fala. — Boa tarde, Souza, peço que leve meu filho a funilaria do Léo. — Claro, senhor. Ele desce um veículo e começa a subir meu bebê no guincho, enquanto vejo a cena minha vontade é de chorar por vê-lo danificado. A vontade de enforcar aquela louca continua aqui, firme. Entro no veículo que Souza trouxe e vou ao fórum. Agora estou em uma Ferrari vermelha e espero que ninguém venha bater nesse também. Poucos minutos depois, estou no fórum já que estava perto. Entro e vou até à sala responsável pelas solicitações. Retiro os documentos que preciso e na hora de ir embora, desço para o estacionamento. No caminho escuto uma voz que conheço bem e afirmo que a dona da voz é alguém que não queria mais ver na minha vida. Olho para o teto pensando em Deus e falo em pensamento, suspirando: “Senhor, eu disse que queria matá-la, mas aqui não dá. Por favor, me ajude a sair daqui e então acabo com ela.” — Como não tem um advogado disponível? Meu pai está sem advogado de novo e vocês não fazem nada? — pergunta alterada a uma mulher. Descubro que sou curioso, já que fico parado atrás de uma pilastra ouvindo a conversa. — Desculpa, senhora, mas não temos nenhum disponível e seu pai já é um réu condenado, mas vamos conseguir um advogado para representá-lo — a mulher fala. — Quando? Enquanto esperamos um defensor, meu pai que é inocente está atrás das grades — ela fala irritada. Então, ela é filha de um criminoso? — Desculpa, senhora, mas não posso fazer nada. Peço que aguarde — a mulher fala e sai andando. Vejo a menina colocar a mão na cabeça e suspirar. — Droga! Por quê, Senhor? — pergunta olhando para o teto. Ela olha para trás e acaba me vendo ao lado da pilastra. Estava tão entretido na cena que nem reparei que acabei ficando visível demais. — Droga! — Você aqui? — pergunta colocando a mão na cintura. Reparo que ela é linda, tem s***s fartos, pele morena, olhos azuis e simplesmente encantadora. Além de quadril largo e cintura fina. Lembro que ela é uma bruxa em forma de mulher e bateu no meu carro. — Pelo que sei o fórum é para todos e você deve ser um karma na minha vida. Não acredito que estou aqui vendo você mais uma vez — falo fazendo cara de desgosto. A infeliz sorri. — Digo o mesmo, seu i****a, meu carro está horrível porque você é um irresponsável — ela fala irritada. Realmente, ela ainda acha estar certa. — Sabe muito bem o que o policial falou sobre a lei do trânsito. Agora me diz, por acaso você comprou sua habilitação? Porque para não presta atenção no trânsito só pode ter comprado. — Não era eu falando na p***a de um celular, mas você. Com certeza estou com um azar do inferno, pois encontrar você duas vezes em um único dia é um pesadelo — ela fala irritada. Reparo que ela fica linda quando está brava. — Sou eu que devo estar pagando já que você bateu no meu bebê. Ela gargalha na minha cara. “Infeliz!” — Realmente seu bebê está com um arranhão, enquanto o meu carro não tem dois faróis. — Agradeça por ele funcionar, porque naquele estado podemos dizer que é um milagre. Ela se aproxima e vejo que está muito brava. — Quem você pensa ser para falar assim do meu carro? — Sou o dono do carro que você bateu e deveria te processar por isso. Eu deveria fazer você pagar os custos na funilaria do meu carro — falo irritado. — Ah, pronto! — Levanta as mãos, fazendo pouco caso de mim. “Desgraçada!” — Agora preciso ser processada? Não é o seu carro que não tem dois faróis. — Está sem farol porque você bateu na p***a do meu carro! — Vai se f***r, seu i****a, mauricinho de merda! — Pronto, agora eu tenho que me f***r. Você é uma bruxa maldita que machucou meu bebê. Agora estou irritado ao extremo, pois vejo suas mãos vindo em direção ao meu pescoço, o que me faz chegar à conclusão de que vamos nos matar antes de sair daqui. — Senhores, peço que mantenham a ordem no fórum — alguém fala. Olho na direção do som e vejo dois seguranças do fórum, além de várias pessoas nos olhando. De onde saiu tanta gente? Ela olha e suspira. — Desculpa, mas, infelizmente, tive a infelicidade de encontrar esse senhor, mas estou indo embora — ela diz sorrindo para os seguranças. — Realmente uma grande infelicidade que espero nunca mais acontecer na vida — retruco. — Digo o mesmo, pois com certeza eu seria presa. — Ela me encara. — Não seja por isso, porque também estou louco para parar atrás das grades desde que eu mate você. A morena arregala seus lindos olhos azuis. “Droga, Rafael, para de reparar nos olhos da bruxa”, minha consciência avisa. — Vocês podem manter a ordem dentro do fórum? — o segurança volta a falar. — Claro, desculpa, senhor. Sou advogado e só vim buscar uns documentos. — Mostro os documentos. — Hum! Por isso se sente o Deus do mundo — resmunga a bruxa infeliz que bateu no meu carro. Eu me viro para ela e a fuzilo com o olhar, já ela sorri fazendo pouco caso da minha cara. — Desculpa, senhores, eu já estou indo — ela diz e sai andando. Reparo que aquela lata velha que ela chama de carro está algumas vagas do meu. — Desculpa, senhores — falo e vou para o meu carro. Entro no veículo e fico esperando a infeliz ir embora. Observo de longe que ela tem dificuldade para ligar o carro, mas logo acaba funcionando e ela sai do fórum. Como ela consegue andar com um carro naquele estado, sem farol? Por que ninguém da CET parou aquela infeliz ainda? Está cada vez mais difícil alguém cumprir as leis dessa cidade. Saio do fórum e vou à empresa falar com meu pai. Espero que essa conversa não seja para me irritar de novo, repetindo que preciso me casar, algo que não vou fazer. Chego na empresa do meu pai e vou em direção à sala dele. Reparo que a secretária não está na sua mesa, então entro direto na sala do meu pai que está sentado com uma expressão seria no rosto. Só em observá-lo já imagino o assunto. — Rafael, preciso falar com você — meu pai diz assim que fecho a porta. — Pai, por favor... — Não existe por favor, sua mãe e eu já estamos ficando velhos e você pouco se importa. Você está aqui trabalhando, mas não pensa em nos dar pelo menos um neto para podermos amar e estar ao nosso lado nem que seja nos últimos momentos das nossas vidas. Suspiro. Por ser filho único sempre fui muito cobrado para ser um CEO exemplar e construir uma família igual meu pai fez. — Eu não vou me casar e nem ter filhos, pai. — Ótimo, então não vou deixar a minha fortuna para você, vou entregar ao seu primo, Olavo. Eu me surpreendo com a informação. — O quê? — pergunto indignado. — Não tem o quê, não vou deixar minha fortuna para alguém que não pensa em levá-la adiante. Quero que esse meu império cresça e passe para todas as minhas gerações — ele fala tão sério que chega a doer na minha alma. — Pai, isso é injusto — falo triste. — Injusto é batalhar uma vida toda e saber que não terei meu império passado adiante. Você trabalha aqui, mas não leva a sério o suficiente para estar sentado nessa cadeira, Rafael. Saiba que um CEO precisa de um alicerce e uma família é o caminho. Não estou julgando sua vida de solteiro, mas tenho direito de decidir se quero para a minha fortuna o futuro que você propõe ou não. Suspiro revoltado. — Tudo bem, pai, vou dar um jeito. — O único jeito é você se casar e me dar um neto, se não fizer isso, já sabe o que vou fazer. Saio indignado da sala do meu pai e vejo sua secretária cheia de sorrisos para mim. — Rafael, meu amor. — Boa tarde, princesa, hoje não é um bom dia, mas te pego ainda essa semana para um sexo quente e forte. — Saio andando. Quando chego em casa estou com a mente a mil e me pergunto como irei proceder quanto a isso. Sei que meu pai não vai retroceder e não quero me casar. Fico horas pensando nisso, mas logo em seguida penso naquela morena de mais cedo. Não entendo o motivo de pensar nela. Aquela mulher é uma bruxa maldita que machucou meu filho e espero nunca mais encontrá-la de novo, pois se isso acontecer meu pai irá surtar por ter um filho assassino e preso.
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