Capítulo 3

985 Words
Rodrigo: Já tem uma semana desde o dia que conversei com aquela curiosa e atrevida, não tenho visto mas a sua janela aberta, somente às luzes acesas. Hoje sair da empresa mais cedo, subo para o meu quarto e automaticamente olho para a maldita janela, está fechada. Mas sou obrigado a olhar novamente, após sentir aquele cheiro. E lá está ela... Ela abre a janela e seus olhos encontra os meus. Não sei o que da em mim e eu começo a provoca-la. Laura: Abro a janela, e lá está aquele pervertido, já tem uma semana desde a última vez em que nos vimos. Ele crava os olhos nos meus. E não... Ele não está fazendo isso... Ele está... Ele fica em frente para a janela, leva às mãos até a sua camisa social branca, e vai abrindo botão um pôr um. A visão a minha frente me atormenta. Ele afasta a camisa para trás, tirando lentamente. A sua pele levemente bronzeada, vai surgindo. Seu abdômen cheio de gominhos, vou contando um a um... os músculos dos seus braços vão se contraindo, enquanto ele termina de tirar toda a sua camisa. Olho para a sua barriga bem definida, e ele continua se despindo. Fico imóvel, estática, paralisada incapaz de mover um músculo do meu corpo, estou completamente hipnotizada pelo striptease, que o safado, pervertido do meu vizinho está fazendo a minha frente, diante dos meus olhos. Ele continua me encarando com seus olhos em um tom verde, que agora estão escuros, com seus lábios perfeitos e vermelhos. Ele abre um sorriso malicioso e zombeteiro! Ele está descaradamente e deliberadamente, me provocando. Ele pára pôr alguns instantes, e começa a abrir os botões da sua calça. Não...! Ele não faria isso...! Pior que ele está fazendo tudo isso, sem tirar seus olhos dos meus. A calça vai deslizando pelas suas coxas musculosas, fortes e bem torneadas. Começo a arfar sem perceber, e meu coração está acelerado. Ele rir alto diabolicamente me acordando do meu transe. -Cretino, pervertido, safado! Grito dando dedo a ele. E saio da janela! Rodrigo: Saio gargalhando da cara da atrevida. Depois de ter feito um pequeno show de stripper pra ela. Entro no banho e fico pensando. -Aquele cheiro, aqueles olhos... fico ali debaixo do chuveiro tentando lembrar. E a minha mente vaga para alguns anos atrás de quando morávamos em Manhattan... Lembranças: Isabella- Rodrigo me leva para brincar no parquinho? -Não posso agora Bella, estou terminando um trabalho da faculdade. Isabella - Vamos Rô, só um pouquinho. O Diogo não está em casa. O papai não vai querer me levar. -Bella, eu não posso agora, deixa eu terminar, que levarei você. Tudo bem? Isabella - Tá bom! Então ela me abraça e senta na minha cama e fica esperando. -Vamos pequena faladeira! Isabella - Não sou faladeira. Ela faz um bico e seguimos para o parquinho. Isabella se solta da minha mão e vai brincar com seus amiguinhos. Fico observando de longe, enquanto ela se diverte. Olho no relógio e são quase cinco da tarde. Deixo Isabella brincar mais um pouco. De repente, surge uma pequena menina, de uma cabeleira enorme que voava ao vento enquanto ela corria. Ela chora descontroladamente. Ela se desequilibra e caí, todos ficam rindo dela. Me levanto e vou a passos largos ao seu encontro. Ela chora com os braços no rosto ainda deitada no chão. Me sento ao lado dela e digo: -Oi? Ela fica muda por algumas minutos e responde. -Oi! -Quanto anos você tem? Pergunto. -9. Ela responde mostrando que não está muito afim de conversa. -Porquê está chorando? Ela fica muda por uns segundos. -Meus pais se foram, e eu fiquei sozinha. Sabia exatamente o que ela estava sentindo. -Vamos levantar desse chão? Pergunto e ela vai parando de chorar aos poucos. -Não posso, estou com vergonha. Todos estão rindo de mim. Ela diz e começa a chorar novamente. Levanto ela do chão e digo: -Uma princesa não deve chorar, mas se levantar e andar de cabeça erguida. E se puder, soque a cara de quem riu de você. Ela dá um sorriso lindo! Limpo os joelhos e a roupa dela. Ela me olha com aqueles olhos azuis lindos arregalados, e uma paixão inocente surgindo ali. Não me importei muito, porquê ela só tinha 9 anos. Mas considerei aquele olhar, porquê foi o primeiro olhar apaixonado e sincero que eu tinha visto. -Onde você mora? Perguntei. Quando ela ia responder, apareceu uma senhora de mais ou menos 50 anos. Ela grita: -Laura? -Pôr Deus menina, não faça mas isso com a sua bá. -Me desculpa, bá, não tive a intenção de chatear você. - Não me chateou, meu amor. Só fiquei com medo de que acontecesse alguma coisa com você. Vamos? Ela assente que sim com a cabeça, a senhora agradece, e elas vão embora. Ela olha para trás e me dá tchau. Passo a mão no rosto e sinto o cheiro do seu perfume. O Cheiro dela ficou em minha mão quando limpei a sua roupa e joelhos. Então chamei Isabella para irmos embora. E nunca mais a vi, até ela virar minha vizinha. Saio das minhas lembranças. -Laura! Esse é o nome que a senhora falou. Ela não lembra de mim. Eu tinha 19 anos, quando a vi pela primeira vez. Saio do banheiro e vou me vestir, quando olho pela janela, lá está ela de biquíni no quintal tomando banho de piscina. Laura: Eu não estava esperando por aquilo, -como aquele cretino teve a audácia de fazer striptease? E ainda sair rindo da minha cara. A Lorena e Gustavo precisam chegar aqui urgente. Ponho um biquíni e desço para tomar um banho de piscina, o clima aqui é ótimo. Olho para janela, e o safado está me olhando, com um olhar frio. Então ele sai da janela fechando a mesma. Mas vai ter troco, ele que me aguarde!
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