Fim de treinamento - Sem Revisão

2078 Words
Aquele último dia de treinamento parecia não ter fim. Logo cedo foi acordado por Phill para correr alguns quilômetros e treinar pontaria. Quando perguntou a Phill sobre o paradeiro de Kim e Nat ele apenas rosnou que foram fazer compras. Já estava quase na hora do almoço quando foram para o ginásio. Uma figura todo vestido de preto estava sentado no meio do tatame. Nenhum pedaço de pele estava exposta, nem cabelo..., até os olhos estavam cobertos... Era uma figura misteriosa. _ Quero que conheça meu amigo. - Phill lhe apresentou num sorriso cínico - Passe pelo meu amigo e aí você está qualificado para acompanhar Nat. Angnel avaliou seu oponente e depois olhou para Phill intrigado. Nada e tão simples como parece. _ Aproveitou que as meninas saíram? - o perguntou colocando o protetor bucal. _ Kim é muito sensível. - respondeu num sorriso - Mostre tudo o que você sabe. - o incentivou. Mesmo desconfiado foi para o meio do tatame e se posicionou levantando os punhos. Viu seu oponente se levantar e se colocado de lado e lhe fez um final para que atacasse. O que se seguiu após isto foi uma sucessão de golpes certeiros e mortais. Conseguiu acertar seu adversário algumas vezes mas nada comparado aos que recebia. Phill era bom, mas aquele homem era uma máquina de matar. Ouviu Phill gargalhar quando levou um golpe que o levou ao chão sem ar. Furioso se levantou o pegando de surpresa o levando ao chão. Pensou que por causa de seu tamanho teria vantagem mas se enganou. Conseguiu ainda acertá-lo duas vezes, mas ele se recuperou e lhe imobilizou segurando seu braço lhe aplicando um golpe de enforcamento conhecido como mata leão. E não conseguia se livrar, por mais que tentasse. _ Bata três vezes Angnel. Desista. - orientou Phill preocupado o vendo quase perder os sentidos - Você vai desmaiar. Desista cara. Preferiria desmaiar do que ceder. _ p***a Angnel, desista. - ordenou furioso Phill. Angnel sentiu seu corpo amolecer e começou a perder o sentido, foi quando ele o soltou. Com muita dificuldade começou a respirar tossindo muito. _ Ela poderia ter quebrado seu braço. - Phill parecia realmente preocupado. Angnel só registrou o "ela". Com dificuldade levantou a cabeça e viu seu oponente retirar toda aquela vestimenta, revelando as curvas de um corpo feminino e a longa trança n***a. Tinha lutado com Natasha. Quando a encarou ela apenas sorriu bateu no ombro de Phill e saiu. Phill ficou com ele até se recuperar. _ Por que você... disse que ela havia saído? - quis saber Angnel irritado. _ Se eu dissesse que você lutaria contra ela, não teria se empenhado. - se levantou e o ajudou fazer o mesmo - Não se preocupe. Você durou muito mais tempo que eu. - disse lhe demostrando respeito - Já teve homens que não duraram nem isto. Afinal ela luta cinco modalidade de lutas. - sorriu ao vê-lo arregalar os olhos surpresa - Boxe, taekwondo, kung-fu, muay thai... nestes últimos anos ela aprendeu krav maga. Pen luta desde os cinco anos. - explicou. Angnel assentiu ainda sentindo muitas dores por todo seu corpo e o canto de sua boca sangrava. _ Isto parece feio. - Phill o olhava preocupado, vendo a mancha roxa se formando em um de seus olhos. - Pen vai ter que dá um jeito nisto. _ Vou ficar bem. - suspirou sentindo dor nas costelas - Só preciso me deitar um pouco. - estava se sentindo um trapo humano. Apanhou feio de uma mulher. O pior que gostou de saber que ela podia dominá-lo. _ Antes precisa comer. Pen esta cozinhando. - revelou Phill parecendo muito animado - Venha. Ela está fazendo tapioca. O acompanhou silenciosamente até a cozinha onde Pen/Nat estava em volta com uma frigideira preparando uma panqueca com um tipo de farinha branca. Ao longo da bancada diversos recheios. Viu Kim com duas em seu prato comendo tranquilamente. _ Você está horrível! - disse Kim o vendo se sentar com um suspiro - A onde dói? - quis saber preocupada se levantando. _ Devia perguntar a onde não dói. - Phill riu se sentando pegando uma do prato da esposa - Eu amo isto! Quero uma doce e salgada. Depois de examiná-lo Kim retornou com um comprido e um copo de água. _ Você disse que ia pegar leve Pen. - reclamou Kim com ela. Desde que chegou ela se mantinha de costa cozinhando, mas depois que ouviu a amiga reclamar suspirou e se voltou para eles com um prato cheio de tapioca nas mãos. _ Eu peguei leve Kim. - se defendeu se sentindo frustrada. Não tinha intensão de machucá-lo mas não conseguiu se conter. Era muita frustração e tensão juntos. Vendo-o agora de perto tinha noção do estrago que fez. - Coma e suba para seu quarto. Já vou lá cuidar de você. _ Não acho isto necessário. - disse Phill com a cara fechada, odiando a ideia de deixá-la trancada no quarto com Angnel. - Ele só precisa de uns comprimidos, umas compressas e amanhã estava novinho em folha. _ Acho uma excelente ideia. - rebateu Kim fuzilando o marido com os olhos - Ela o machucou. Agora vai cuidar dele. Phill bufou mas não disse mais nada. Angnel quis rir pela postura de mãe coruja de Kim, mas a dor em seu maxilar o impedia. Provou a massa branca em formato de um pastel e gostou muito, o recheio não soube identificar mas amou também. Pena que a boca machucada não lhe permitia comer mais. Subiu e se deitou com certa dificuldade em sua cama e esperou aquela dor incomoda passar. Respirou fundo e olhou para o teto. Pen/Nat falou que viria cuidar de seus ferimentos e estava ansioso por isto, mas acabou adormecendo. Angnel acordou sentindo alguém lhe afastando os cabelos da testa, numa carícia casta. Quando abriu os olhos se deparou com aqueles olhos incríveis que o perseguia e excitava todas as noites. A raiz de seu t***o, inquietação, insônia e frustração estava em seu quarto, em sua cama debruçada parcialmente sobre si olhando-o com interesse. _ Te acordei? - Nat o perguntou, sentindo um inquietação imensa entre suas pernas. Ver aquele homem deitado na cama seminu não ia ajudar em nada seu sono há noite. A voz dela saiu como uma carícia sobre sua pele e o efeito foi imediato. Estava duro de t***o. _ Não. - era só levantar a mão e lhe acariciar o rosto ou puxá-la para si. _ A onde dói mais? - quis saber. Quis gritar e lhe mostrar seu pênis, pois suas bolas doíam como nunca. A tensão s****l entre eles era palpável e por vários minutos ficaram apenas se olhando. _ Desculpe. Acho... _ Shhh... - Angnel colocou um dedo sobre os lábios dela a impedindo de continuar a falar. Ela deixou a boca entre aberta. Sem se conter contornou sua boca com o dedo, se lembrando daquele maldito pirulito que ela chupava sem cessar. Com um gemido alto a puxou para si e a beijou trazendo-a para cama junto de si. Devorou aquela boca com toda anciã que lhe ia na alma desde que a conheceu. A sentiu estremeceu e lhe segurar a cabeça pelos seus cabelos. Natasha sentiu seu corpo sair de seu controle quando Angnel a beijou. O puxava para si com a mesma anciã que ele a beijava, mas quando sentiu o peso dele sobre seu corpo e os lábios deles em seu pescoço gemeu alto descontrolada. Quando ele lhe segurou seus braços no alto de sua cabeça e voltou a beijá-la sentiu sua calcinha molhada ao sentir a dureza do sexo dele comprimindo suas coxas. Estavam prestes a se despirem quando Phill bateu na porta perguntando se estava tudo bem. Foi como se jogasse um balde de água fria nos dois. Pen/Nat jogou Angnel de lado e saiu da cama, jogando uma colcha sobre ele que xingava sem parar. _ Tudo certo Phill. - respondeu Pen/Nat alisando os cabelos e respirando fundo abrindo a porta - Estávamos conversando. Phill entrou no quarto e olhou de um para o outro. Pen estava descabelada e com os lábios inchados, enquanto Angnel estava furioso e não disfarçou sua frustração. Conhecia muito bem aquela situação e a reação dele. Já vivenciou aquilo. _ Preciso conversar com você. - disse a Pen tentando controlar sua irritação. O cara nem esperou ele sair para atacar. _ OK. Vou só colocar as compressas e descerei para conversamos. - sentia seu coração disparar e seu corpo queimar como brasa. _ Vou esperar aqui. Algum problema Angnel? _ Todos Phill. - respondeu irritado. Pen se concentrou em colocar as compressas no corpo dele e lhe dar um remédio para dor, prometendo que viria mais tarde. Para seu desgosto Phill lhe disse que também estaria e lhe traria seu almoço também. Angnel quis gritar de frustração pois sabia que ele cumpriria com a palavra. Mas agora que sentiu o gosto dela não queria outra coisa. Precisava dela... queria ela... somente ela... Não tinha dúvida que era a mulher de sua vida. E não a deixaria escapar tão fácil. A tarde repassaram toda a operação e a história deles. Sempre com Phill presente. E teve a certeza de que foi por causa dele que Nat se mantinha afastada e distante. Estava no final do dia quando Kim entrou no quarto. _ Vim ver como você está? - Kim o perguntou se sentando numa cadeira próximo a ele. _ Dói menos. - Angnel sorriu se sentando na cama - Onde está seu marido? _ Ambos estão lutando no tatame. E onde eles conversam e se desestressam. Quando você ouvir um chamar o outro para conversar e no tatame que eles estão. - explicou Kim sorrindo. _ Compreendo. - tentou sorrir mas não conseguiu. Olhou a mulher ao seu lado e suspirou. Se alguém poderia lhe dizer alguma coisa era Kim. _ Pergunte. - Kim o incentivou sorrindo - Posso responder algumas coisas, mas ela terá que lhe contar a história toda. _ Gosto dela. - revelou Angnel sem medo - Não sei o que pode surgir entre nós, mas quero a conhecer melhor. Kim, eu quero ir além desta missão. Kim parecia insultante diante de suas palavras. _ Vocês se beijaram né? - quis saber Kim curiosa esfregando as mãos. _ Digamos que se seu marido não tivesse aparecido estariam muito mais ligados agora. - revelou num sorriso. _ Phill e seu ciúme quase doentio. Até parece que ele e marido dela.- reclamou Kim de bom humor - Mas não se preocupe e só ciúme de irmão mais velho mesmo. _ Eles são irmãos? - Angnel perguntou curioso. _ Não de sangue, sim de alma. Na verdade Pen nos achou um a um e fomos formando esta família que temos hoje. Todos nós temos uma história, mas não é o momento para contá-la agora. _ Como faço para conquistá-la Kim? _ Isto você terá que descobrir sozinho. O que posso dizer e que ela nunca teve ninguém em sua vida. Mas seja você mesmo, mostre a ela o quanto a quer, muito além desta missão. Aproveite esta situação e mostre seu interesse, mas vá com calma. Pois desejo vocês têm de sobra. - riu. - A corteje. Ganhe sua confiança. - lhe entregou uma caixinha vermelha - Achei melhor reforçar a relação de vocês. Fiz uma reserva num lugar incrível para vocês jantarem quando chegarem. Arrume uma maneira e de isto a ela. Angnel sorriu ao ver o conteúdo da caixa. _ Seja romântico! - se levantou - A trate como sua namorada de verdade. Mostre a ela como e ser amada e cuidada. - sorriu - Se eu fosse você deixaria a barba crescer um pouco. O cabelo também. Você e muito certinho. Angnel teve que rir novamente. _ Obrigada Kim. - agradeceu a vendo abrir a porta - Farei tudo o que você disse. _ Só a faça feliz! Vou torcer para que você entre para família também. Boa sorte. _ Boa sorte para todos nos. _ Que comecem os jogos. - Kim riu saindo do quarto. Naquele mesmo dia Phill entrou em seu quarto para se despedir e desejar boa sorte. Mas antes teve que ouvir várias ameaças se fizesse a sua irmã sofrer. Que nada o impediria de lhe quebrar o pescoço caso ela sofresse por sua causa. Angnel acabou rindo fazendo-o sair do quarto bufando.
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