Phill olhava o monitor com desconfiança.
Pen agora Natasha o estava deixando sem sono e preocupado. Ela era o que mais próximo a se assemelhar em uma irmã mais nova, sua caçula, sua protegida... Sabia que ela sabia se proteger muito bem, mesmo assim estava preocupado.
Natasha sabia se defender como poucos que já conheceu e trabalhou, mas na área sentimental era ingênua.
Ano após anos a viu entrar e sair de operações sem se envolver emocionalmente com ninguém. Qualquer um que se aproximava era repelido imediatamente sem dó. Mas agora com a chegada daquele agente viu o brilho do interesse surgir nos olhos dela, e isto ligou o seu sinal de alerta. Como todo irmão mais velho queria e precisava proteger a sua irmã, mas tinha a consciência que não podia a colocar numa redoma. Ela precisa experimentar coisas, sentimentos e sensações que só uma relação saudável poderia lhe proporcionar. Mas não? Ela teve logo que se interessar pelo cara que ia auxiliá-los naquela missão. Para piorar a situação ele também a queria. Bastava vê-lo ontem enquanto dançava com ela. E esta era uma situação que não podia controlar. Não podia se intrometer mais do que havia feito. E isto o estava matando! Kim dizia-lhe que era ciúme por ser o único homem na vida delas por anos. Talvez seja, respirou fundo.
Pelo monitor viu quando eles entraram na sua armadilha e sorriu satisfeito. Acionou um dos rifles e atirou. Quase gritou de satisfação quando ouviu ambos xingarem. Tinha espalhado câmeras e microfones por todo o circuito, além e claro de alvos e armas, preparou um ambiente hostil perfeito para testar o agente. Sabia que ela ia tirar de letra, mas precisava ter a certeza de que ele seria um bom companheiro.
_ Se divertindo? - quis saber Kim aproximando-se com um enorme sanduíche nas mãos olhando o monitor junto com ele. Phill olhou a esposa e sorriu, balançando a cabeça.
_ Muito. - acionou outro rifle que por alguns milímetros teria acertado o agente na cabeça. Mas ele contra atacou e destruiu o seu brinquedinho. O desgraçado era bom!
_ Além de lindo, sabe atirar bem. - Kim riu o ouvindo suspirar irritado - O que foi? Preocupado novamente?
_ Sempre me preocupo com vocês duas. p***a! - exclamou irritado ao ver o desgraçado novamente acertar dois dos seus rifles antes mesmo de usá-los.
_ Uauuuu.... - Kim ria vendo Angnel agir. Já conhecia muito bem a pontaria e precisão de Pen/Nat. Mas o agente a surpreendeu ao ver que ele estava no mesmo pé de igualdade da sua amiga.
Phill trincou os dentes e acionou outros rifles que não demorou para serem descobertos e destruídos. Pen era excelente e com a ajuda dele era quase imbatível. Ambos acharam e destruirão todas as suas armadilhas. Mas sorriu satisfeito quando no final do circuito lhe acertou no ombro fazendo-o cair pelo impacto da bala. Não estava usando balas de verdade é claro, mas escolheu uma que causaria um pouco de dor.
_ Fez de propósito não? - quis saber Kim o vendo rir de satisfação.
_ Sim. - confirmei sem vergonha nenhuma rindo, me levantando e espreguiçando - Isto é apenas uma pequena amostra se ele pensar em ferir a minha irmã. - disse sério a olhando - Vou parti-lo em dois se ele a fizer sofrer. Don Juan dos infernos! - vociferou vendo ela o ajudar se levantar e ambos terminarem o circuito e caminharem para a casa.
_ Homem possessivo da peste. - Kim reclamou indo atrás dele - Você percebeu?
_ Que os dois estavam quase pegando fogo quando estavam dançando? - a perguntei irritado indo até à cozinha e pegando vários pães e distribuindo sobre a mesa. Cozinhar era das poucas coisas que lhe acalmava. - Se não fosse você desfocar a minha atenção eu teria pegado um extintor e descarregado todo nele.
Kim gargalhou o fazendo ficar mais irritado.
_ Amor. - o chamou daquele jeito que eu não tinha escolha a não ser olhá-la o que era sempre um erro, pois ficava aprisionado naquela doçura. Kim era seu porto seguro, sua mulher, sua vida, seu lado doce e inocente - Venha aqui. - ela o chamou e atendeu de bom grato. Assim que a segurei junto ao meu corpo aspirei seu perfume floral que sempre me excitava. Sem nenhuma dificuldade a coloquei sobre a mesa e beijei com sofreguidão.
_ Assim você acaba me matando. - sorri junto ao pescoço dela, pois fizeram amor loucamente ontem à noite e hoje de manhã, mas não pareciam estar satisfeitos. Sempre queriam mais e mais. Sentiu o seu sexo endurecer ao se lembrar.
_ O que posso fazer se amo chocolate. - levou a mão dele a boca e lambeu o fazendo gemer - Delicioso! - sussurrou.
Phill sentiu vontade de levá-la para o quarto, mas tinham tanta coisa para fazer. Dane-se. A pegou no colo e a levou para o quarto. Assim que trancou a porta tirou-lhe o vestido e a amou com loucura.
Ouviram quando Pen/Nat chegou junto com o agente e os chamou, mas o que teve como resposta foi os gritos de prazer de Kim que ecoavam livremente pela casa. A ouviram xingar e a porta ser fechada com força.
Depois de duas horas de amor intenso estava deitado com a sua mulher nos seus braços, quase adormecida.
_ Você privaria Pen de uma relação como a nossa? - o perguntou Kim num sussurro.
_ Você sabe que não. - respondeu, respirando fundo olhando para o teto - Mas não sei se ele e o cara certo para ela.
_ É ela que tem que decidir. - Kim argumentou, levantando a cabeça e o encarando - Lembra quando você me conheceu e ficou lutando como louco contra ao que sentia por mim?
Phill sorriu se lembrando das longas noites sem dormir direito. De como treinou feito louco para se manter ocupado e como fugia feito louco quando a encontrava. Até que Pen o derrotou várias vezes no tatame e ela o perguntou o que estava acontecendo. Sem nenhum constrangimento abriu o seu coração para sua irmã de alma e luta. Resultado, Pen o abandonou numa casa junto com Kim, por duas semanas sem nenhuma chance de escapar. E mandou eu decidir o que queria! Resultado não demorou para que ele e Kim se casassem três meses depois.
_ Sim. - respondeu por fim.
_ Não podemos fazer nada. Temos que deixar acontecer, mas se não for o cara certo estaremos aqui para ajudá-la juntar os cacos e continuar a viver. - lhe segurou as mãos.
_ Você tem razão. - sorriu por fim - Como sempre! Eu te amo.
_ Te amo também. - voltou a beijá-lo.
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Kim olhava a amiga inquieta. Pen/Nat tinha acabado de tomar banho e estava no seu quarto. Foi lhe comunicar que o dinheiro tinha sido depositado e os homens que solicitou já estavam sob o seu comando esperando ordens. Mas pressentia que não era isto que a estava deixando assim fora de si.
_ Qual é o problema? - a perguntei por fim comendo outro sanduíche. Devia estar com algum tipo de distúrbio alimentar, pois quando se levantava de manhã vomitava muito para depois comer feito uma louca. Quando acabasse aquela missão iria a um médico. Se Phill desconfiasse que estava vomitando diariamente ele ia arrastá-la para um hospital e no momento não podiam se dar a este luxo. - Gui?
_ Gui? - Pen/Nat a olha surpresa.
_ Guilherme. - explicou, sorrindo - É um apelido que a família dele o chama.
Pen/Nat levanta uma sobrancelha desconfiada.
_ Nós conversamos muito. É um apelido fofo e combina muito com ele. - explicou se jogando na cama dela - Mas vai, desembucha. O que foi?
_ Ele é o problema. - Kim não disse nada apenas ficou a observando - Vou ter que dormir com ele! Na mesma cama. Eu nunca precisei fazer isto.
_ Casais apaixonados dormem juntos. - argumentou, sabendo bem o que a incomodava - Você vai ter que deixar que ele a toque. Ele também vai beijá-la, acariciá-la...
Pen/Nat levantou a mão pedindo para ela parar.
_ Qual é Pen? - se sentou na cama a encarando - Qual é o problema?
_ Eu não sei lidar com que está acontecendo comigo. - confessou num sussurro sofrido se sentando numa cadeira na frente dela - Kim... - lhe segurou as suas mãos - ... e um sentimento muito forte. Esta me atrapalhando pensar toda a vez que ele está por perto.
_ Sente as suas pernas bambas, coração acelerado, boca seca, borboletas na barriga.... - suspirou ela num sorriso - Além é claro de estar molhada entre as pernas. E uma dor que você pensa que não vai passar, toda a vez que ele está por perto. Fica acordada durante a noite só pensando naquele desgraçado que dorme na mesma casa que você. Também um desejo assassino de invadir o seu quarto e lhe apontar uma faca ou arma se ele não a tomar nos braços logo.
Pen/Nat a olhou assombrada, pois ela resumiu tudo o que estava sentindo naquelas poucas palavras.
_ Isto se chama estar apaixonada. - Kim riu ao vê-la ficar pálida - Mas a pergunta é: O que pensa em fazer em relação a isto?
_ Eu não posso estar apaixonada por ele. - Pen/Nat se levantou e ficou a andar pelo quarto - Você deve estar enganada.
_ Tanto que não estou, que Phill também percebeu e quer quebrar o lindo pescoço do Angnel, antes que ele sonhe em pôr as mãos em cima de você. - se levantou e foi até ela lhe segurando as mãos - Pen, eu sei que e aterrorizante descobrir isto. Eu passei por isto quando conheci Phill. Não conheço Angnel como há você, mas sinto que ele é uma boa pessoa. Mas ele só vai avançar se você deixar. Permita-se sentir, minha querida. Sei que tem uma regra de não se envolver, mas permita-se sentir.
_ Não sei se consigo. - admitiu triste era muitos anos de treinamento para romper.
_ Tente. - incentivou Kim sorrindo - Vocês vão dormir juntos. Por que não aproveitar esta oportunidade. - lhe piscou a fazendo rir - Comprei roupas íntimas maravilhosas para você usar e tenho certeza de que Angnel não tem uma resistência de ferro. - Pen/Nat começou a rir com gosto - Você é linda e ele sabe. E quer você. Aproveita!
_ Se Phill ouvir você me falar isto. - se afastou dela indo pegar o seu notebook.
_ Vai arrancar o meu couro. - riu divertida se lembrando da tarde maravilhosa que compartilharam - Creio que ele vai saber lidar bem com você e levá-la as alturas.
_ Você não tem jeito. - a ouviu rir - Como estão os preparativos? - mudou de assunto
_ Muito bem. Eu e Phill partimos depois de manhã e você e Angnel no dia seguinte. Já fiz as reservas no hotel e no restaurante. O jatinho vai passar aqui para pegá-los as nove e vocês vão chegar lá quase na hora do jantar. Também agendei para você salão de beleza entre outros mimos é claro.
_ Sophia está à frente de tudo?
Kim não gostava da gerente do hotel que Pen/Nat sempre se hospedava. Era uma mulher fria só fazia tudo por dinheiro. Isto incluía um quarto livre de escutas e câmeras indesejadas. Se precisasse de mulheres, drogas, armas, se livrar de um corpo.... Era só se hospedar no hotel dela e pagar bem pelos seus serviços.
_ Infelizmente sim. As malas já estão dentro do jatinho com tudo o que vocês vão precisar. Também coloquei um detector de escuras e câmeras dentro delas. Você sabe como usá-los.
_ Lembrou-se né? - Pen/Nat a perguntou num sorriso, ao se lembrar das câmeras que Ramires instalou no seu quarto sem ela saber que quase arruinou com o seu disfarce.
_ Nunca cometo o erro duas vezes. - sorriu - Você sabe o que a espera junto a Ramires, por isto cuidado.
_ Não se preocupe. Sei me cuidar.
_ Estou mais preocupada quando Angnel e ele se enfrentarem. - riu divertida - O confronto entre estes dois vai ser demais.
Pen/Nat fechou a cara, pois sabia que ela tinha razão. Ramires não ia abrir mãos de si, tão fácil só porque estava supostamente namorando alguém. E tinha a convicção que Angnel não iria abrir mão de seu território sem brigar muito.
_ Não vou permitir que chegue a isto. - disse seria.
_ Só que não depende de você amada. - procurou a bandeja que tinha deixado sobre uma mesa de canto - Eles são dois machos alfa. Vão brigar até morrer pela fêmea que eles desejam. Achei. - viu a injeção e o medicamento que trouxe para aplicar nela. - Vem aqui. - a chamou preparando a medicação.
_ O que é isto? - a perguntou desconfiada vendo ela com a infeção na mão.
_ Anticoncepcional. - respondeu exasperada - Uma injeção por mês, se lembra?
_ Odeio injeções. - reclamou se levantando e abaixando parte da sua calça.
_ Um m*l necessário. - riu lhe aplicando a medicação - Como disse não cometo o erro duas vezes. - disse se lembrando quando ela foi baleada e quase estuprada. Além da violência física ela poderia ficado grávida. Por isto todo o mês a partir daquela data lhe aplicava uma injeção com anticoncepcionais. - Está pronta para t*****r. - riu da sua própria piada a fazendo acompanhá-la.