Capitulo: 4

1240 Words
_ sim. Ate teus completos vinte um ano como seu tutor. _ tutor? Ela perguntou incrédula _ sim, como não tem família e como eu conhecia bem sua família, eu ficarei responsável por você neste momento. _ parece muito jovem para ter uma filha de vinte anos. Aline diz e o encarou com um leve sorriso. ele sorri finalmente. Havia dias que não sorria preocupado demais com Aline. _ bem obrigada, mas já tenho trinta e cinco anos. _ então toma alguma fórmula da juventude. Sorriram juntos ele a fitou ver Aline sorri depois de ve-la em coma o deixava bem satisfeito. _ e onde ficarei? _ no meu apartamento no centro da cidade. Fica bem próximo daqui e quando receber alta a levarei comigo. Aline ficou em silencio e Raul continuou. _ iremos à casa de seus pais para que busque suas coisas _ certo. Disse ela sentindo-se perdida. _ o que eu fazia? Eu estudava? fazia alguma faculdade? _ sim de psicologia estava no primeiro ano. _ penso que não poderei voltar ate ter minha memória. _ por ordens médicas tem que descansar um tempo ate voltar as suas atividades. _ você trabalha com o que? Perguntava muito curiosa _ publicidade. eu tinha uma  sóciedade na empresa de publicidade de seu pai. _ então agora possuíra a empresa? _ não. Quando você tem parte das ações como filha dele, maior parte. _ então sou sua chefe. Sorriram. _ não se lembra de nada mesmo? _ não... Há algo especial que deva me lembrar? Ela o perguntou olhando-o profundamente. _ não. Disse seco. Quando aquele homem a olhava ela sentia que parecia que ela via sua alma despindo-a, e ela não o conhecia não se lembrava dele ou de nada e ele ainda seria seu tutor! _ eu voltarei para buscá-la em dois dias como disse o medico. Tenho que arrumar o seu quarto e cuidar de algumas coisas da empresa. Em silencio Aline apenas o observava. _ qualquer problema ou se precisar de mim estarei aqui rapidamente. disse levantando-se para sair _ obrigada Raul. Ele a ouve murmurar. _ até logo. _ até já. Raul então vai ate a empresa conversar com uma das acionistas _ bem diante do ocorrido lamentável e trágico, você se torna responsável pelo setor que Paulo cuidava e teremos que promover alguém ao seu cargo. Tem alguém em mente? _ ainda não, mas resolverei isso. Raul disse se sentindo exausto _ e como ela esta? Perguntou preocupada. _ se recuperando, mas ainda não se lembra de nada. _ nem mesmo de você? Pergunta ela com um sorriso largo no rosto _ pois é, nem mesmo de mim de nada em absoluto. _ assim que ela descansar um pouco mais vou visitá-la. supostamente, não se lembrara de mim então, esperarei um pouco mais para não deixá-la ainda mais confusa. _ os médicos dizem que ela recuperara a memória, assim que volte as suas atividades. _ ela vai retornar a faculdade? _ não. Ate que recupere a memória. _ e então você será responsável por ela? perguntou Julia e o encarou _ sim ate que complete vinte e um anos. _ como um tutor? Isso parece loucura _ sim exatamente. Parece e é. Raul diz olhando pela janela _ parece muito preocupado.   Julia diz observando-o. _ um pouco Júlia. diz ele _ por quê? Você era amigo de Paulo faz muitos anos e a conhece bem. Julia disse, Ele sorri _ é conheço sim. Julie olhou séria para ele _ senti algo estranho em seu sorriso mocinho. Algo perturbador. _ nada estranho mocinha. Digo que a conheço bem. Não comece com suas adivinhações. _ certo. Disse Júlia desconfiada. _ você anda bem estranho ultimamente Raul, acaso tem algo para me dizer? _ não. E eu não estou estranho só estou cansado. disse ele tenso _ bem, então vai para casa e descanse. _ tenho mesmo que resolver umas coisas em casa para acomodar Aline _ então vai, esteja aqui amanhã cedo temos coisas bem pendentes para resolver assuntos de Paulo e você agora esta no lugar dele. Não vai me deixar com esta bomba sozinha. _ na verdade eu não quero o lugar dele. _ e quem mais apropriado do que você? _ não sei talvez você eu continuarei com meu cargo e você ocupa o dele. _ porque não disse antes? _ eu não estou com cabeça agora Julia. Marque uma reunião e resolvemos tudo. _ mais que complicado! Você sempre complicando! _ isso é uma empresa de publicidade não seria bem sucedida se não fosse complicada cara sócia sorriu já saindo da sala. _ ate logo seu cretino. Julia diz impaciente. _ espero que me de férias longas. Seguiu para o apartamento. estava exausto aqueles dias no hospital buscando noticias de Aline, ficando ao lado dela o deixou exausto. Enfim, ela se recuperou e ele sentia-se feliz por isso seria responsável por ela, teria que esquecer aquele beijo tratá-la como filha. _ filha? Perguntou-se em pensamentos. Parecia impossível. Desde que a beijou não parou de pensar nela ainda que lutasse para não pensar. Agora ela estaria com ele bem próxima dele e pensar nisso o deixava louco e ao mesmo tempo feliz. Pensou que ao menos poderia a ver, saber que ela esta bem, depois do acidente traumático que vivera. O quarto que ela ficaria era o quarto que ele não usava. Havia apenas algumas caixas e coisas velhas que ele arrumou e colocou no lixo. Foi a uma loja de moveis onde comprou uma cama para ela e um móvel onde ela colocasse suas roupas. Foi ate a casa de Aline onde vivia com os pais. As chaves estavam com ele em seguida entrou no quarto dela, buscando alguma coisa útil para o novo aposento de Aline em seu apartamento, olhou a penteadeira que ela tinha; ele desmonta e leva com ele. Em seu apartamento ele arruma todo o quarto tinha objetos pessoais dela onde ele tinha a esperança que ela se lembrasse de alguma coisa. Raul paarou para pensar que se ela lembrasse também se lembraria do beijo que havia trocado. Suspirou tenso. _ o que foi fazer? Pensava aquele beijo foi um erro, e se ela lembrasse a faria entender. Sentou-se a cama de Aline ali ela dormiria. Raul ficou imaginando Aline sobre aquela cama. Estremeceu, tinha que admitir que desejasse Aline e não podia sentir isso. Raul saiu do quarto e buscou uma cerveja para acalmar-se, logo ela estaria com ele no mesmo lugar sob o mesmo teto. _ isso vai ser bem complicado. disse a si mesmo. Amanhecia e ele foi buscá-la no hospital. _ oi - disse ele ao ver ela já vestida para ir com ele _ oi - o fitou ao responder _ pronta? _ acho que sim. - disse e sorriu _ bem ela não teve nenhuma seqüela, aqui esta todos os exames e ela fará uma visita de aqui há 15 dias ao neurologista para acompanha-la no caso de sua memória que ainda não voltou. _ certo doutor obrigado. Ele aperta a mão do médico que retribuiu. _ cuide bem do nosso milagre senhor Raul. diz o medico e abraçou Aline. _ obrigada doutor. no carro no caminho até a antiga casa de Aline, Raul se sentia pouco a vontade. _ como se sente hoje? Ele perguntou pois o silêncio estava ficando insuportável. _ sem memória, mas bem. Foi à resposta de Aline.
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