Aline reparou que ele também não estava bem.
_ esta pronta?
Ele perguntou.
_ vou apenas tomar um café.
_ deveria comer algo.
Raul diz olhando para ela
_ não estou com fome.
_ e quando esta?
Ele pergunta.
_ Raul eu não quero discutir hoje.
_ nem eu.
Ele diz em um suspiro. Logo estavam no carro indo de encontro à faculdade.
_ esta feliz por rever seus amigos?
_ ainda não sei se voltarei.
Ela diz sem olhar para ele
_ por quê? Não é o que quer mais?
Pergunta ele sentindo um desapontamento.
_ talvez eu siga o caminho de meu pai.
Ela o diz a fitou
_ só tem que fazer o que deseja Aline.
_ é o meu desejo.
Estava diferente aquela manhã, aquele comportamento de Aline talvez, o fato de ele magoá-la a fizesse pensar em conquistar rapidamente a sua liberdade financeira para não mais viver com ele.
Quando entrou na faculdade reviu todos os amigos, uma em especial, Samanta que a abraçou fortemente.
_como você esta?
Pergunta Samanta sorridente ao reve-la.
_ bem!
Aline disse enquanto recebia um abraço caloroso da amiga.
- é bom revê-la sam.
_ você não parece bem.
Observou a amiga.
Aline forçou um sorriso
_ tenho muitas coisas para te contar.
_ pois conte!
Diz a amiga entusiasmada
_ deixarei meu endereço com você para que possa me visitar quando quiser.
Aline disse abraçada a amiga.
Raul observa Aline de longe, esperava o diretor chamá-lo a uma conversa com eles dois.
Dentro da sala de diretoria, o diretor aperta a mão de Raul cumprimentando-o.
_ como vai senhor Raul?
Pergunta o diretor.
_ muito bem e você senhor... Raul espera ele dizer o nome
_ Roberto sou o diretor. Pois bem, obrigado. Então a senhorita Aline voltará à faculdade?
Pergunta ele
Raul fitou Aline que responde
_ não, eu não voltarei.
Raul estava cabisbaixo os acontecimentos vividos com ela o deixavam transtornado.
Ele sabia dos motivos de Aline e aquilo o deixava revoltado com ele mesmo.
_ trancara a matricula senhorita?
Pergunta o diretor.
_ sim.
_ certo. Encaminharei a carta de trancamento a sua casa em alguns dias.
_ obrigada senhor Roberto.
_ poderá retomá-la quando quiser minha jovem, estaremos a sua disposição.
Seguiram então ate em casa. Raul não tinha cabeça nem mesmo para trabalhar aquele dia.
Enquanto no carro os dois estavam em um silencio constrangedor, o celular de Raul toca urgente.
Era Julia.
_ não vai atender?
Perguntou Aline em um sussurro.
_ estou dirigindo.
Ele diz e a fitou.
_ sei por que trancou a sua matricula na faculdade.
Em seguida, ela suspirou.
_ sim o que supõe?
_ sua liberdade financeira sua empresa. Sua herança.
_ sim, a empresa era importante a meu pai e a você. Ele suspirou
_ não tem que fazer isso por mim.
_ não posso ficar em uma guerra com você a vida toda Raul.
Raul entendeu.
_ eu posso continuar cuidando de você.
_não.
_ não percebe o que acontece conosco?
Ela pergunta
_ posso resolver isso Aline trabalhando por você. Você se mantém na faculdade e faz suas coisas eu te dou a sua parte na empresa.
Raul propõe.
_ o que você quer é não me ver mais Raul.
Ela diz tristonha
_ quero vê-la feliz Aline.
Foi o que ele disse parecendo tão deprimido quanto ela.
_ eu não tenho esta opção ainda Raul.
Ela diz e Raul se calou, sabia o quanto ele a estava fazendo infeliz.
Ao chegar a casa ele a diz
_ tenho que ir até empresa quer ir?
Perguntou ele.
_ não. Eu quero apenas dormir um pouco.
Ela diz entrando ao quarto dela deixando a porta entreaberta.
Raul foi ate ela.
_ Aline.
Chamou.
Aline estava deitada na Cama.
_ entre.
Aline sussurra. E Raul entrou ao quarto.
_ desculpa-me por ontem à noite.
_ pelo o que me pede desculpas? Pelo o momento em que me deu um o*****o maravilhoso ou por haver me desapontado algumas horas depois disso?
Ele lembrou-se de como o corpo dela reagia ao seu toque.
_pelas duas coisas.
Ele disse perturbado. Ela era tão direta em relação aos sentimentos, tão segura.
Raul queria tomá-la nos braços aquele momento, por aquela coragem de Aline de enfrentar o que ele não conseguia com tanta destreza.
_ você sabe que pertenço a você Raul.
Ela murmurou fechando os olhos
_ Aline.
Ele diz passando uma das mãos aos cabelos, expressando inquietude.
_ estamos enlouquecendo.
Raul murmurou.
_ eu já enlouqueci.
_ eu enlouqueço toda vez que a vejo.
Disse e saiu do quarto.
As confissões dele fazia Aline sofrer ainda mais.
Aquele amor era mais fatal do que uma doença silenciosa.
Raul então ligou para Julia já imaginando o que ela lhe diria
_ Julia.
_ enfim deu o ar da graça.
_ tive que resolver um problema.
_ já resolveu?
_ sim.
_ pois o que esta esperando para chegar aqui?
Ela pergunta irritada
_ chegarei a dois minutos.
Ele avisa estou estacionando o carro.
_ certo estou a sua espera.
E Julia desligou.
A vida de Raul estava desestabilizada.
Aline a mudara completamente.
_ temos que conversar Raul e muito serio.
Ele a olhava apenas.
_ o que há com você?
_ não dormi esta noite.
_ Raul você esta patético. Não sei o que fará com sua vida pessoal, mas tem deixar em casa.
_ Julia, há coisas que precisamos conversar sobre a empresa.
_ certo já pode dizer.
_ não hoje, com mais calma lhe direi.
_ então será que hoje podemos trabalhar? Espero que suas decisões não alterem nada na empresa.
_ você sabe o que esta acontecendo e meus motivos Julia.
_ sei e respeito, mas você precisa resolver. Olhe para você parece que mais nada importa!
Aquela era a mais real verdade que ele ouvira.
Raul não se importava com nada mais nada a não ser com Aline.
_ é só um dia r**m Julia
_ conte-me você parece que vai surtar.
_ ontem à noite depois do seu jantar, eu cometi o erro de tocar em Aline novamente.
Ele diz.
_ que delicia!
Ela diz sorrindo.
_ Julia falo serio.
_ eu também!
_ eu fui um e******o.
Ressaltou ele
_ você não foi meu caro, você é, e f********r com a mulher que você quer não o torna um e******o a não ser que ela não queira.
_ suas idéias me assusta Julia.
Ele comentou, ela riu.
_ gosto de causar impacto, mas então me conte o que deu errado, pois f********r com ela não é um erro é a concretização do que você deseja meu bem.
_ eu cheguei irritado em casa.
_ sei. Também sei o motivo. Estava louco de ciúmes dela.
_ talvez.
_ talvez? Você quase socou a cara do filho de um dos investidores Raul.
_ não exagere Julia.
_ percebia-se.
_ então, ao chegar tivemos um pequeno desentendimento.
_ sei. Foi então que caíram na cama.
_ eu a levei para a cama e a fiz ter um o*****o em um s**o o**l.
_ minha nossa! Senti ate calor aqui!
Ele fechou os olhos lembrando-se dos gemidos de Aline.
_ foi o momento mais e*****o de minha vida.
_ e o dela também.
_ se eu a iniciei sexualmente Julia. Suponho que sim.
_ devia sentir-se feliz por isso Don Juan.
_ feliz? Sinto-me um p********o isso sim.
_ se existe sentimento porque acha que é relativamente s****l?
_ porque a quero com um desejo sobrenatural.
_ isso é normal você não tem tido muitos relacionamentos com jovenzinhas de vinte aninhos meu querido.
_ e não tenho com Aline. Apenas não consigo resistir ainda.
Ele diz pensando se algum momento dirá não aos apelos de Aline.
_ acho que você não conseguira resistir nunca.
_ela já tem traumas suficientes.
_sim e você é um deles precisamente.
_ confesso que não sei como agir. Estou mais perdido que ela.
Ele suspirou
_ e quando ela não estiver mais com você, garanto que vai se arrepender de não ceder.
_ falando nisso, ela trancou a faculdade e pensa trabalhar aqui na empresa.
_ ótimo assim ao menos, você poderá vê-la todos os dias.
_ bem, sobre isso que eu disse que falaria com você, sobre ficar ou não aqui.
_ não comece com este assunto Raul, sabe que não me agrada.
_ sabe que não poderia ficar trabalhando ao lado dela, minha vida seria ainda pior.
_não tome nenhuma decisão precipitada. Pense bem.
_ não vejo uma saída mais propicia.
_ podemos resolver isso abrindo uma nova filial querido.
_ genial.
_sempre tenho idéias geniais e você costumava ter.
_ ultimamente não consigo nem mesmo ser racional Julia.
Ele disse fechando os olhos
_ o que me contou que houve foi só um momento bem intimo e sensual entre duas pessoas loucamente apaixonadas, e os apaixonados não costumam ser racionais.
Julia disse.
_ parece que você esta mais exata sobre o que sinto do que eu mesmo.
Ele reparou fazendo uma careta
_ não sou uma menininha inexperiente meu caro.
_ obrigada por me lembrar.
_ você sabe bem do que estou falando.
_ sei.
_ digo que ela fica como uma bobinha esperando você se decidir.
_ ela não esta em condições de decidir nada depois do trauma que sofreu. Ela perdeu os pais. Só tem a mim. Ela pode muito bem estar confusa.
_ não me venha com este argumento insólito, eu sei muito bem que a historinha de vocês começou bem antes dos pais delas morrerem. O fato meu caro é que você não aceita isso.
_ já chega Julia. O único que farei agora é envolvê-la no trabalho e esperar que ela seja feliz.
_ ou seja, jogá-la no mundão.
_ o que eu quero que você entenda, é que preciso deixá-la.
_ bem, eu já disse o que acho disto você vai sofrer de qualquer maneira meu caro sócio.
Ele suspirou _ eu sei.
No apartamento, Aline parecia desolada não conseguia compreender Raul, por mais que tentasse não conseguia entender porque ela a tocava se não a queria.
Se não a queria, por que não a deixava ir? O terrível fato que os separava seria ele ser seu tutor ou se amigo de seu então pai. Aline planejava como iria lidar com a nova vida e sobre a paixão por Raul que a deixava louca demais para raciocinar.
Aquela noite ela iria propor a ele uma conversa sem discussões e sem terminar na cama.
A noite chega e Raul vai para casa no carro pensava na decisão de Aline de largar a faculdade de psicologia.
_ Aline...