Prólogo
FBI - gritei.
Olhei para o agente ao meu lado que concordou ja sabendo o que fazer. Ele arrombou a porta e entramos. Fiz um sinal para uma parte da equipe ir pela direita e fui com meu parceiro para a esquerda.
__ Limpo! - ouvi alguém gritar ao longe.
__ Limpo! - meu parceiro também avisou.
__ Não tem nada lá em cima - Scott avisou descendo as escadas - não tem nada aqui.
__ Droga!
Tinhamos a informação de que o vendedor estaria aqui. Estou trabalhando no caso há semanas e até agora não prendi ninguém. Não faz muito tempo que quatro homens em um carro começaram a atirar em algumas pessoas que estava saindo de uma festa, logo descobrimos que era um ataque terrorista, e um informate meu confirmou que o homem que esta vendendo armas a eles estaria nessa casa.
Sai da casa e meu parceiro colocou a mão no meu ombro. Faz dois anos que trabalhamos juntos, ele era um excelente agente de campo, e um ótimo amigo.
__ Vamos pegar esses caras.
__ Vamos! - assenti.
Deixei uma viatura vigiando a casa para caso alguém aparecesse. Voltei para o escritório. Me joguei na cadeira e suspirei cansada. Duas semanas e o que eu consegui até agora foram apenas pistas falsas.
Esse grupo sabia como trabalhar. Atacaram um local isolado, com poucas pessoas, sem câmeras, sem testemunhas, apenas uma pequenas imagem feito por um celular. Tentei encontrar a pessoa que fez o vídeo, mas também não consegui.
__ Café?
__ Você me conhece mesmo - ele negou com a cabeça - valeu mesmo, Martín.
__ Só não se culpe por... - ele parou de falar assim que meu celular me notificou o paradeiro do meu informante.
__ Preciso ir - peguei meu sobre tudo sobre a cadeira - a gente se fala depois.
Apertei no botão do elevador e bati meu pé no chão, estava demorando demais.
Depois de sair do prédio andei até a rua deserta que ficava do outro lado. Ninguém poderia saber quem era o meu informante.
__ Eu posso explicar - empurrei ele contra a parede.
__ O que aconteceu? Eu fiz papel de i****a! - apontei o dedo para ele - mentiu para mim?
__ Cara, eu não posso contar.
__ Não pode? - virei ele de costa - vamos ver o que tem aqui - procurei pelo corpo dele. Encontrei um bolso falso no casaco e puxei o que tinha lá - isso viola a sua condicional - mostrei o pacote de maconha para ele - você vai preso.
__ Não faz isso, você sabe que eu estou cuidando da minha mãe.
__ Cinco pessoas morreram, eu não estou me importando muito no momento - ele colocou as mãos no rosto - me fala logo onde vai ser a venda.
__ Tudo bem - ele assentiu.
Corri de volta para o escritório com o papel mão. Essa seria uma prisão e tanta.
***
Dois meses depois e eu ainda estava sendo parabenizada pelo grande caso solucionado.
Só de pensar que agora eu poderia conseguir umas férias já me deixava bem relaxada.
__ Baker - meu chefe gritou - venha aqui!
Olhei para o meu parceiro que apenas deu de ombros. Meu chefe não era do tipo calmo, ele estava sempre estressado, acho que até fazia terapia.
__ Chefe? - ele se virou para mim. Foi até a porta e gritou:
__ Você também Sokolova.
Mordi meu lábio inferior. Quando eu e meu parceiro éramos chamados na mesma sala, significativo um novo caso, e eu só queria um bom e belo descanso.
__ Senhor? - Martín parou ao meu lado.
__ Quem eu tenho que matar para conseguir um bom café nesse lugar? - ele fez uma careta ao beber o café - terrível!
__ Não querendo ser intrometida...
__ Se não quer ser intrometida não fale. Depois de você ter ido tão bem nesse caso, estou lhe dando uma nova tarefa - o olhei esperando ele continuar - Lancelotti!
__ Quem?
__ É uma família muito conceituada, eles tem diversos negócios espalhados pela América e pela Europa - Martín respondeu no meu lugar.
__ Isso mesmo - o chefe assentiu - estamos investigando o negócios deles a meses.
__ Estão envolvidos com alguma coisa ilegal?
__ Sim! Mas até agora não conseguimos nada para prende-los.
__ Eles são muito rígidos em suas regras nada de pessoas estranhas - Martín respondeu mais uma vez.
__ Mas felizmente conseguimos uma brecha e é ai que você entra - apontou para mim - uma empresa de tecnologia e negócios está contratando, e o CEO é exatamente um dos trigêmeos Lancellotti.
__ Trigêmeos? - perguntei confusa.
__ Eles são a alma do negócio, cada um cuida de uma parte dos Negócios da família.
__ Menos esse, ele tem a própria empresa, mas também está envolvido nos negócios da família. O que você deve fazer é simples, consiga o emprego, conquiste a confiança do chefe, e nos traga alguma coisa para conseguirmos uma investigação mais profunda.
__ Acho que posso fazer isso.
__ Acha?
__ Tenho certeza!
__ Sokolova, ajude ela com os preparos e fique de tocaia, eles são espertos demais, e ele é o queridinho da família
__ O queridinho?
__ O que mais é responsável, o mais maleável.
__ Não se preocupe chefe, eu vou conseguir prender todos eles!
__ É a minha garota - ele sorriu de lado.