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A noite estava fria, mergulhada em um silêncio que parecia pesar sobre os ombros de quem ousasse atravessar a escuridão. As paredes da casa do Bando Estrela da Noite, apesar de protegidas por feitiços e sentinelas, não estavam imunes àquilo que se movia nas sombras — uma presença que não vinha para negociar. Vinha para calar. Em algum lugar, longe dos olhos atentos de Gael, longe dos sussurros preocupados de Alexander, alguém assistia tudo ruir. Dentro de uma cripta antiga, sob um altar de pedras negras rachadas pelo tempo, a figura mascarada caminhava em círculos. A máscara de couro pálido moldada sem feições escondia o rosto, mas não continha a fúria que tremia por todo o corpo. O manto escuro ondulava como fumaça viva, e as palavras saíam como lâminas afiadas, cortando o silêncio. “E

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