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1021 Words

A dor irradiava pelo corpo de Lisa como labaredas ácidas correndo sob sua pele. As mãos tremiam, o suor escorria pela nuca e as têmporas pulsavam como tambores prestes a explodir. Ela apertou o canto da pia do banheiro feminino com força, tentando não desabar ali mesmo. Seu reflexo no espelho tremeluzia, pálido, os lábios entreabertos em um arquejo que tentava conter o grito. O veneno, aquele que o ser asqueroso jurara ser inofensivo, agora queimava em suas veias com a fúria de uma maldição. Lisa cambaleou para o lado, segurando-se na bancada fria. Seu estômago revirava, e as pernas pareciam prestes a ceder. Ela teria vomitado se tivesse forças, mas até isso lhe parecia um luxo. A pele fervia, as pupilas dilatadas, e um calor estranho subia por sua espinha como uma serpente invisível. O t

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