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Ava sentia o calor da luz dourada tocar seu rosto quando a garotinha de olhos iguais aos seus segurou sua mão com doçura. A menina parecia ainda menor naquela vastidão de nada que agora se tornava um corredor, e de suas paredes brotavam portas — todas idênticas, exceto uma. Era de madeira escura, antiga, marcada com símbolos que pulsavam levemente em azul. Um cadeado enferrujado repousava sobre ela, como se o tempo tivesse parado ali. "É aqui que eu fiquei todo esse tempo, Ava," disse a pequena, sua voz carregada de uma dor que contrastava com sua aparência frágil. "Você me trancou sem saber. Todos me trancaram. Mas está na hora de lembrar não de passados antigos mas do seu. Está pronta?" Ava sentiu um aperto no peito. Aquela porta parecia conter o peso do mundo. Mas havia algo em seus d

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