A queda parecia não ter fim, mas desta vez João não sentia mais medo. As imagens surgiam ao seu redor com tanta nitidez que era como se revivesse cada momento, cada sensação, cada fragmento de uma vida que acreditava perdida para sempre. Depois de Clara, o turbilhão de lembranças o levou a outros dois rostos tão importantes quanto o dela. Paulo. Sara. Seus melhores amigos. João sorriu com um nó apertando sua garganta, sentindo de novo aquele carinho fraternal que sempre os uniu. Paulo era mais do que seu Beta, era o irmão que a vida lhe deu, o companheiro de todas as lutas, o braço direito em cada decisão difícil como Alfa. Lembrou-se de como, ainda jovens, os dois correram juntos pela floresta, lutaram, caçaram, cresceram. Não havia nada que um soubesse sem que o outro também soubess

