O quarto permanecia mergulhado em silêncio, a luz fraca da lua atravessando a cortina semiaberta e derramando um brilho prateado sobre a cama onde Ava e Gael estavam deitados. Ele dormia profundamente, o peito subindo e descendo num ritmo sereno, como se por fim tivesse encontrado uma trégua na guerra constante que era liderar um bando em crise. Mas Ava... Ava não dormia. Ela observava cada detalhe do rosto de Gael com olhos abertos e atentos, como se o simples fato de encará-lo pudesse acalmar a tempestade dentro dela. E, por um momento, até parecia funcionar. Mas a inquietação persistia. Seu corpo vibrava, sua pele formigava. Era como se algo dentro dela clamasse por mais — mais do toque dele, mais da presença dele, mais da certeza de que ainda era digna de amar e ser amada. O tempo ha

