Enquanto Angeline e James descansavam, Michael foi pegar os cocos que havia derrubado há pouco tempo, após isso levou tudo para o jatinho e fez uma fogueira não tão longe dali, para afastar qualquer animal selvagem que aparecesse ali durante a noite.
—Acho que seria bom procurar por água! Michael pensou alto olhando para a parte da praia que fazia divisa com uma floresta densa. —O sol ainda está bem no centro do céu, então isso me dá algumas horas pra explorar e voltar antes do por do sol! Michael foi até o jatinho procurando por algo que poderia utilizar para cortar a mata e quando voltou se deparou com Angeline num canto apenas com suas roupas íntimas brancas com bolinhas verdes, ele sorriu e continuo olhando enquanto Angeline passava álcool em pequenos cortes que tinha nas pernas.
Sem perceber ele acabou derrubado uma das pedras afiadas que achou na costa e o barulho assustou Angeline que se cobriu imediatamente e furiosa jogou o frasco de álcool fechado na direção de Michael.
—Seu pervertido escroto, há quanto tempo estava aí? Angeline gritava furiosa.
—Calma, Calma eu acabei de chegar! Michael desatou a rir ao notar que o rosto de Angeline estava vermelho numa mistura de raiva e vergonha.
—Você é desprezível Michael Carter! Angeline bufou e Michael saiu de lá contente.
—Que ódio dele, que ódio! Angeline batia na poltrona com os olhos repletos de ira, desejando que um raio partisse Michael ao meio, ou então que ele fosse devorado por alguma criatura selvagem. Como se não bastasse estar presa numa ilha sem saber se seria resgatada, ou até se iria sobreviver, ela ainda era obrigada a passar por situações completamente embaraçosas por conta das atitudes infantis de Michael. —Tomara que ele morra, aquele i****a! Angeline estava tão revoltada que sentia vontade de chorar.
Algumas horas mais tarde, Michael retornou para o abrigo temporário feito dentro dos destroços da aeronave, ele estava disposto a assinar um acordo de paz.
—Angel querida, tenho uma proposta para te fazer! Michael se sentou próximo a ela, mas foi ignorado. —É sério, pode ao menos me ouvir? Insistiu ele.
—O que foi? Perguntou ela respirando fundo enquanto contava até dez em sua mente só para garantir que não iria surtar e socar a "fuça" dele.
—Bem, eu proponho uma trégua verdadeira entre nós, até que sejamos resgatados temos que ser amigos aqui, para aumentar as nossas chances de sobreviver! Explicou Michael.
—Então se eu aceitar, você vai deixar de ser um babaca inconveniente? Vai parar de ficar me atazanado com suas piadas e brincadeiras idiotas? Angeline arqueou uma das sobrancelhas, exalando desconfiança.
—Olha eu prometo, vou fazer o possível pra que tenhamos uma boa convivência! Michael olhou Angeline nos olhos deixando transparecer sua sinceridade.
—Tudo bem, haverá paz entre nós! Angeline se levantou e foi checar a temperatura de James que permanecia desacordado. —Eu deveria ter investido em medicina! Angeline sussurrou enquanto trocava os curativos de James, que por alguns segundos se mexeu sozinho deixando Angeline aliviada.