“Redefinindo Afetos” era o nome da exposição. Honestamente, o nome já dizia tudo. E também não dizia nada. Mas aquilo não importava. O importante era: o lugar estava cheio. Elogios às esculturas que pareciam vasos entortados por um furacão, pessoas usando roupas minimalistas que custavam o preço de um carro popular e taças de vinho sendo seguradas como se fossem parte do look. E lá estávamos nós. Eu, Logan, com meu blazer vinho impecável — Eloá que escolheu, óbvio —, cabelo milimetricamente arrumado (graças a 40 minutos ouvindo gritos da Eloá mandando "passa de novo o gel, você tá com cara de homem abandonado!"), e com cara de quem superou tudo na vida. Letícia estava um escândalo. Um vestido preto com detalhes dourados, cabelo preso com algumas mechas soltas e maquiagem suave, mas marc

