O pouso foi tranquilo. Milagrosamente. Considerando que eu passei as últimas nove horas no meio de uma guerra fria entre Eloá e Letícia — com farpas, silêncios afiados e olhares que poderiam incendiar o estofado da poltrona. Aeroporto, sol forte, vozes apressadas, calor grudando na camisa. Eu m*l tinha descido da escada rolante quando ouvi Eloá, de óculos escuros e salto agulha, esticar o braço para um homem de terno: — Carmine! Querido, meu motorista! Como vai? Saudades do Brasil. O homem — alto, elegante, com cara de quem já trabalhou como segurança de presidente — abriu um sorriso discreto e respondeu com um sotaque carregado de paciência: — Senhora Eloá. Tudo certo. Bem-vindos de volta. Letícia, ainda de moletom e com olheiras, olhou a cena como quem observa uma série de TV r**m q

