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1264 Words
- Mia De Angelis point of view... - Quando ele disse o seu nome, algo me soou tão familiar, como se eu tivesse ouvido muitas vezes. No momento, estava perdida em seu sorriso e percebi que nos encaravámos tempo demais... _Tudo bem. Podemos sair para tomar um café como o combinado, Vamos? - Mariah interrompeu os nossos minutos de conexão e foi como se eu tivesse acordado para a vida. _Não, desculpa. Vou ver se ainda me deixam fazer a prova. - eu a provoquei. Se tem uma coisa que minha irmã odiava era que mudassem a sua ideia; era tudo do jeito dela ou não era nada. Eu odiava isso também. _Oque? - sua expressão mudou de repente. - Você só pensa no próprio nariz não é mesmo? - ela cruzou os braços fazendo um biquinho de insatisfação. _Podemos ir á noite, no melhor restaurante da cidade! Aliás estaremos vivos até lá não é? - meu pai interferiu olhando para Mariah que ainda estava emburrada. Ouvi uma abafada risada cinica de Shade com o comentario de meu pai. _Tudo bem. - concordei saindo da sala. Fiquei pensando durante o caminho. Será que todo o lance deles era namoro de verdade, ou só uma fachada? Com a minha irmã nada era tão serio e pelo oque eu a conhecia, ela iria o deixar arrasado, ou terminar sem nenhuma explicação. Mas Shade era tão... Diferente dos outros. Milionário e gato; ela é futil o suficiente para namorar um garoto só por a sua aparencia e nivel social. Desta vez sem nenhuma interrupção fui para a escola, era o meu último ano escolar - e eu agradecia muito por isso - tudo estava tão corrido ultimamente. Quando entrei a primeira aula já havia começado como o pensado, então fiquei esperando em uma simples salinha branca a próxima aula começar. Não havia muita coisa para observar - apenas duas poltronas bege e uma mesinha de centro com revistas do ano retrasado, e também tinha uma televisão minuscula no canto - estava passando um jornal. Eu não costumava ver, mas comecei a prestar atenção para ver o cara bonito que apresentava, ele estava falando de um grupo de jovens que roubavam bancos e faziam furtos de mais de milhões, e contrabando de armas. Pelo que eu me lembrava, era a terceira vez que via essa noticia e o caso ainda não havia sido resolvido. _A policia, por incrível que pareça não consegue rastrear a localização do grupo de jovens, e isso é um grande problema devido a um hacker profissional que foi reconhecido como ' Cometa ' que realiza bloqueios no sistema policial, e esse grupo é comandado por um chefe que é um matador profissional e... - O homem explicava e levei um susto quando do nada a Tv desligou. Òtimo! A sala já não tinha graça e agora menos ainda. _Senhorita De Angelis, pronta? - A professora Julian perguntou colocando a cabeça dentro da sala. _Claro. - respondi sorrindo. - Mariah point of view... - _Vamos onde agora? - perguntei entrando no carro do meu namorado, se é que eu podia chama-lo assim. Shade fechou a porta e pensou um pouco; juntou as sombrancelhas. _Onde você quer ir? - ele ilustrou um sorriso maravilhoso. Após isso, aumentou o som no último o que foi algo meio desconfortável. _Podemos tomar um bom vinho caro na sua casa ou... - dei mil opções de coisas que poderíamos fazer. Ele não respondeu, apenas olhava a estrada ponderando. E então começou a dirigir. Estava tudo normal; até ele começar a acelerar. Eu já estava acostumada a andar com Medeiros em alta velocidade mesmo que eu não gostasse nem um pouquinho disso. E então acelerou ainda mais. _Shade. - eu disse baixo. - melhor você ir mais devagar... - terminei. Eu o olhei e ele estava muito estranho. Em seus olhos havia diversão e um resquício de... Raiva?! _Shade! - supliquei. - Não vamos para casa? Me responde! - ele havia mudado o caminho que eu conhecia muito bem. _Tenho uma ideia melhor. Por favor querida, abra aquela portinha. - Medeiros apontou para uma portinha e eu suspiro abrindo. _Você gosta desse brinquedo? - ele me pergunta, era uma arma calibre 38. Começo a suar frio. Oque diabos queria dizer aquilo? Meu coração pulava no peito. _Você por acaso sabe quem eu sou? - sua voz estava sombria. Minhas mãos e meu corpo inteiro começaram a tremer, minha visão ficava turva com meu nervosismo. _Possivelmente o asassino em serie mais louco que existe. - ele gargalhou. Eu dei um longo grito agudo enquanto a sua risada saia mais alta que o som do carro. Senti um golpe rápido na cabeça e desmaiei. - Mia point of view.. - _Vai no baile de máscaras amanhã? È tipo o fechamento dos comitês. E é meio maluco, daqui a alguns meses o ano acaba e... - Vitória fez um discurso cansativo de amigos, carreira, e futuro. Possivelmente, ela já havia dito isso umas mil vezes, mas eu nem ligava muito. Desde pequena eu tinha o sonho de fazer faculdade de artes; eu sempre fui muito boa em desenhar. _E você quem vai levar? - ela perguntou e eu boiei, até tinha esquecido que estava falando com ela. _Oque? _Quem convidou você? Eu vou com o Herick! - ela se gabou e eu fiquei cabisbaixa. _Ninguém me convidou. - respondi jogando uma batata frita no prato branco, manchando a minha blusa branca com uma espécie de molho verde. _Como assim? Olha, talvez ninguém tenha te convidado porque acham que por ser bonita e rica você vai esnoba-los ou levar alguém da faculdade... Qual é? Você é a garota mais bonita daqui. - ela disse sorrindo me fazendo sentir bem.Contei para ela a história do garoto que me convidou para um baile de sétimo ano e no final só queria me pedir conselhos de como conquistar a minha irmã. _Ela é uma piranha... Por isso, eles preferem as mais faceis.- ela disse e eu gargalhei. No final da aula um garoto bonito da minha sala - ele se chamava Mattew - me convidou para ir ao baile e eu aceitei com bom grado. - Point of view Mariah De Angelis... - Abri os olhos dolorosamente, era como se eu estivesse presa em uma sala com o sol olhando diretamente para ele. O lugar em que eu estava era abafado e frio, dei umas leves tossidas quando senti um cheiro de metal enferrujado. Uma luz fraca ascendeu no canto direito do lugar. _Ora, ora, ora. - ouvi a voz de Shade. Maldita hora em que ele nasceu. - Você prefere a grande ou a pequena? - não entendi exatamente no que ele estava se referindo. _O-Oque? - gaguejei com a minha voz falha. Ele caminhou na minha frente indo de um lado para o outro; oque mais me incomodava era a dor que se espalhava com o soco que levei na cabeça. Ele se aproximou, como se eu fosse um lixo e me olhando com nojo. _N-Não faça nada comigo, por favor... - supliquei choramingando; eu não conseguia ter reações agora. Todas as luzes se ascenderam e dei um grito agudo porque haviam cinco corpos pendurados na parede. Ele era um psicopata! _Seu... - comecei mas ele tampou a minha boca impedindo minha respiração, retirou uma faca do bolso. _Demorou de mais para escolher. - Sua voz rouca e assustadora chegou ainda mais perto. Os olhos de um predador. _Sinto muito... eu acho. - as últimas palavras claras que eu entendi antes de partir, duras e frias.
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