Sabrina Narrando O dia passou num piscar de olhos. Eu fiquei o tempo todo com o Berret, cuidando dele, enchendo o saco dele, mimando ele. Mas agora, com a noite caindo, eu já tava inquieta. Levantei da cama e fui pegando minhas coisas. — Eu vou lá em casa. Berret, que tava largado no colchão, resmungou: — Pra quê? Ele tava com dor, ainda se recuperando do tiro, e eu sabia que ele queria que eu ficasse ali, mas eu precisava ir. — Ah, vou pegar umas roupas, ver alguma coisa pra gente comer… Ele respirou fundo. — Tá bom, mas não demora não. E eu não vou te levar, que eu tô todo fodido. Revirei os olhos, pegando a chave da moto dele. — Não precisa, eu vou com a sua moto. Ele me olhou torto. — Cuidado pra não cair, pelo amor de Deus. Você fodida, eu fodido, não tem como a gente

