CAPÍTULO 06

1350 Words
Isabella Braga Termino de ajeitar minha mesa colocando um porta retrato com a última foto que tirei com meu padrasto e Oliver juntos. Esse dia foi quando ele veio pra Alemanha, levei ambos para conhecer os pontos turismos de Berlin, foi tão divertido. Sinto meus olhos marejarem com essas lembranças. Evandro, meu padrasto, não faz ideia do quanto faz falta, Oliver precisava tanto de você do lado dele nessa luta. Saio dos devaneios e seco uma lágrima teimosa que desceu por meu rosto quando ouço batidas na porta. — Entre.— murmuro. Logo Liz aparece. — Bella, vim ver como estava na sua sala nova. — Olha, a sala é bem grande e vi que tem uma porta que da para dentro do escritório do senhor Kamppman.— sim, descobri isso quando a abri ainda pouco. Nem privacidade esse homem vai me deixar ter no trabalho. — Bom, sabendo como ele é, é algo de se esperar, mas como se sente com a ideia que ele ser será seu marido?— solto uma respiração pesada e me jogo sentada no pequeno sofá do canto da sala. — Ainda é algo difícil de assimilar. Ele quer anunciar nosso noivado sábado para a família dele, mas antes quer fazer esse comunicado a seus pais e meu irmão.— ela me olha surpresa. — Sério? Nossa isso é bonitinho da parte dele. Quer dizer, meus pais e seu irmão vão ficar bem surpresos com isso, já bolou um plano de como vai dizer isso a eles e explicar como se conheceram. — Ainda não sei...— esfrego minha testa e respiro fundo.— Isso pode da um giro enorme da minha vida. — Amiga. você disse que o senhor Kamppaman investigou sobre sua vida, será que ele sabe sobre... — Não, acho que teria comentando, acho que nessa parte ele não teria como saber e assim quero que continue, prometemos nunca tocar nessa droga de assunto.— ela me olha com o olhar triste. Isso é uma parte da minha vida, que quero bloquear para sempre. **** Quando o elevador se abre, caminho para fora e em direção a minha sala, cumprimento Suzane e ao entrar em minha sala, me surpreendo com duas coisas, uma delas é uma buque enorme de rosas vermelhas em cima da minha mesa e a outra coisa é Saymon sentado em minha cadeira com o que parece um bilhete na mão. — Não queria causar transtornos, por favor, aceite essas flores, quando as vi lembre logo de você. Atenciosamente, Bruno de Andrade.— diz as palavras lidas do pequeno bilhete. — Em primeiro lugar, o que faz na minha sala, e em segundo, quem te deu direito de ler algo que foi endereçado para mim?— seu olhar é enigmático. — A empresa é minha então posso estar onde eu quiser, segundo, quando entrei na sala da minha noiva, vi um buque que não fui eu que mandei, então tenho todo direito de saber de quem é.— rio de suas palavras. — O que é, vai bancar o noivo ciumento agora? — Não gosto que cobicem o que é meu.— ele se levanta e começa a se aproximar. — Não sou seu objeto, fique ciente que esse casamento é faixada e que se estou nisso é pelo meu irmão, porém não vou aceitar que me trate como um animal de estimação. Ele não diz nada, se mantém sério. Olhando em meus olhos, ele começa a arregaçar a manga de sua blusa social branca, mostrando algumas tatuagens que ele tinha, minha atenção vai toda para esse processo que ele faz, principalmente quando ele desabotoa os três botons da sua blusa. Saymon chega mais perto e de ante de meus olhos, ele rasga o bilhete. — Não faz ideia da vontade que senti de desfazer esse contrato, mesmo que tenha que pagar multas milionárias. —olho indignada para ele. — Senhor Kamppaman. — Senhorita Braga.— ele estava bem próximo, muito mesmo.— Quero fazer com que esse convívio, seja o mais agradável possível, mas não está ajudando. — Ajudando? A ser submissa a você? Isso não vai rola, nunca me submeteria a tal papel a mais ridículo do que já estou me aceitando casar com um homem como você — ele abre um sorriso. — Como eu?— diz em tom de diversão. — Sim! Que se aproveitou de um momento de fraqueza pra... — Te ajudar.— me interrompe.— Não se esqueça que se seu irmão vai viver e ter toda a ajuda possível, será por minha causa, então seja grata. — Eu te odeio!— vocifero, ele leva uma de suas mãos até meu rosto e fixa seus olhos no meus. — Geralmente causo um sentimento reverso a esse nas mulheres. — debocha. — Não sou essas mulheres a qual o senhor é acostumado.— vejo suas pupilas dilatas, seus lábios simetricamente perfeitos se mexer um pouco o que me faz olhar para eles. Porque essa infeliz tinha que ser...tão atraente? — De fato, você não é elas, por isso a escolhi para ser minha. — Bella, eu...oh...— me afasto rapidamente dele, o mesmo permanece no lugar, nem se quer se preocupou de nos verem muito perto um do outro. — Liz, tudo bem?— pergunto. — Eu... desculpe, eu interrompi... — Não, o senhor Kamppman já estava de saída. — olho para ele esperando que se mexa e saia, mas o filho da p**a simplesmente leva as mãos a bolso e fica.— Pode nos dar licença? — Sabe que não. — olho indignada para ele. — Seu... — Amiga...é pra falar do Oliver, minha mãe tentou te ligar mas como não atendeu, ela me ligou.— olho apreensiva para ela. — Aconteceu algo com ele? — Não, na verdade é uma boa noticia, um dos melhores hospitais da Alemanha entrou em contato com o medico do Oliver, disse que o mesmo já pode iniciar o tratamento ainda essa semana.— levo minhas mãos a boca e sinto meus olhos marejarem. — Mas como...— olho para Saymon que me olha com atenção.— Foi você? — E se foi, isso seria r**m? — Não eu...eu...eu achava que você iria esperar que o noivado fosse anunciado. — Ele precisa do tratamento o mais rápido possível pras chances de cura serem ainda mais altas, então porque esperar? — deixo as lágrimas correrem por meu olhos e o pegando completamente de surpresa, me jogo em seus braços, jogo meus braços em volta da sua cintura, sem jeito, ele me abraça de volta e sinto ele pousar sua cabeça em cima da minha, porém antes disso, ele beija o topo da minha cabeça. — Obrigada, obrigada, obrigada...— falo com a voz chorosa..— eu...Saymon, isso foi a melhor coisa que alguém me disse em anos, obrigada. Ele se afasta um pouco para olhar em meu rosto e leva uma de suas mãos até meu rosto para secar minhas lágrimas; Saymon não diz nada, olha em meus olhos e seca minhas lágrimas. — Eu...vou deixar vocês sozinhos, com licença.— sem que deixe que eu fale mais alguma coisa, Liz se retira. Depois que ela se retira, volto meus olhos para Saymon que ainda me olha e continua com as mãos em meu rosto. — Como...como vou explicar isso aos pais da Liz e a meu irmão? — Eu pedi para dizerem que o seu irmão havia sido escolhido para um tratamento gratuito por uma instituição de caridade da Alemanha, se perguntarem, diz que você tinha inscrito nessa fila ou sei la o que, e diz que ele foi contemplado.— abro um sorriso fraco. — Mas depois disso anunciar nosso noivado? eles podem... — Vai da certo, ok? O importante é que agora basta você cumpri sua parte no acordo e ser minha esposa e mãe do meu herdeiro.— engulo seco. — É...o acordo. Não falamos mais nada, sinceramente no fundo, ouvir ele dizer dessa forma, me fez perceber que na vida de Saymon Kamppman, eu não passo de um caso de caridade.
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