CAPÍTULO 05

1730 Words
Saymon Kampmann Entrego a chave ao manobrista do prédio, ajeito meu paletó e caminho para dentro do hall, como de costume, sentir os olhares das pessoas em mim se tornou comum, parece que me olham apreensivos com o meu próximo passo, particularmente eu gosto disso, sentir que estou no controle de tudo, sentir que tudo está caminhando como eu quero, a final, não posso deixar minhas fraquezas a mostra nunca, isso é uma lei Kamppman. Caminho para o meu elevador particular que da direto dentro da minha sala. Sinceramente isso é ótimo, quando entro dentro daquele elevador onde todos podem entrar, começam a puxar meu saco, o que acaba resultando da minha explosão e demissão de alguém. Odeio puxas sacos! Assim que as portas se abrem e caminho para fora do elevador, me surpreendo com a presença de Isabella, ela está encostada na minha mesa. Fica impossível não olhar, ela é uma mulher linda. O vestido escuro que usa, deixa perfeitamente que seu corpo seja moldado mostrando como é uma bela mulher, sua pele, a cor da pele dela é tão perfeita, e de longe posso sentir seu perfume de orquídea. — Senhorita Braga, a que prazer devo a sua presença? — caminho em sua direção. — O contrato está em cima da sua mesa, assinado, porém preciso dizer que tive que contar isso para a Liz, minha melhor amiga, acho que deve saber quem é ela, não por ser sua funcionária, mas por ter investigado minha vida. — sua ironia me faz ri. — Sim, por isso mandei ela ir pra casa, pra te ver, sabia que ontem havia saído abalada do café, achei que conversa com ela iria te ajudar. —coloco minha pasta em cima da minha mesa, e me aproximo dela, ficando bem perto. — Saiba que eu só estou fazendo isso, pela vida do meu irmão e eu odeio você e te acho um porco.— abro um sorriso. — E por qual outro motivo seria? a final, isso é um contrato que será vantajoso para ambos. — levo uma de minhas mãos até seu rosto. Toda vez que sinto sua pele entrar em contato com a a minha, sinto uma sensação estranha, como se esteve tomando um leve choque, entretanto, essa sensação parece que fica maior a cada toque que temos, e pela cara que faz, parece sentir o mesmo que eu. — Acho que vai ser algo estranho, como vai ser quando souberem disso? — Eu estou pouco me fodendo com o que vão dizer, até mesmo meus país, porém acho que somente o fato de anunciar um noivado, já é algo bom pra eles, descobri recentemente que estavam tentando me arrumar uma outra esposa, depois de eu rejeitar a ultima que eles queriam me unir. — Isso parece ser uma droga.— ela parece sincera em suas palavras. — Sim, mas pessoas com posições com a minha, é dessa forma que acontecem as coisas.— me afasto e caminho para o pequeno sofá perto das estantes de livros. — Podemos espera alguns dias, antes de dizer algo? — Porque? — Senhor Kamppman, eu m*l comecei a trabalhar aqui, como acham que vão me taxar? — Sim, isso devo concordar, mas vamos ter que ter paciência e jogo de cintura. — ela se aproxima e senta do meu lado. — Volto a dizer, poderia ter a mais bela das mulheres, alguém a sua altura.— detesto quando ela fala assim, ela se inferioriza demais. — Isabella, você é uma mulher linda, como não vê isso?— a vejo engolir seco. — Digamos que a vida me ensinou a ver as coisas de uma forma diferente, mas não quero falar disso.— penso em perguntar porém, a mesma disse que não quer falar e pela expressão que faz, se eu insistir, pode se irritar. — Sábado, vou marca um jantar, com a minha família, onde vamos não só anunciar nosso noivado, mas também te apresentar a eles, acho que seria justo que sua família também fosse, porém, acredito que o ideal era eu falar com eles primeiros.— ela me olha surpresa. — Falar? Saymon... — Olha, não tem como ficar noivo as escondidas, ainda mais eu sendo quem sou, então o correto é eu ir junto com você falar sobre nosso noivado. — Eu sei...só que isso ainda esta sendo novo demais pra mim.— ela solta uma respiração pesada.— Nunca imaginei que estaria em uma situação assim.— Isabella esfrega a temporã e respira fundo. — Nunca quis me casar, nunca quis um relacionamento, faço isso somente pelo meu dever.— ela me encara. — Porque esse dever é tão importante? Quer dizer, o pouco que te conheço foi o suficiente para saber que isso não é o suficiente para te obrigar a se casar dessa forma. — Me mantenho sério. Isso é guardado a sete chave, nunca poderão saber. — Tudo que posso dizer é que é um dever meu.— ela parece querer perguntar mais, porém quando ver minha expressão parece decidir se calar. — Bom, então, hoje começo oficialmente no meu emprego? — Isabella, sabe que não vai precisar disso, sendo minha noiva, eu posso... — Mesmo quando eu tiver casada com você, quero trabalhar, sendo pra você ou não. Cresci acostumada a trabalhar para alcançar meus objetivos, tenho diploma e estudo para isso, não sirvo pra ser esposa troféu.— olho para ela um pouco surpreso. Essa mulher, é uma caixinha de surpresa. — Não está mais aqui quem falou. — Eu tive a liberdade de olhar no tablet que me deu, e vi que tem uma reunião as dez, é daqui a pouco e que eu devo participar. — Sim, e por pura coincidência são com clientes do Rio de Janeiro e São Paulo, acho que vai ser bom ter alguém de lá do nosso lado nessa reunião, as vezes, a língua de vocês me confunde em algumas frases. Tenho livros da literatura brasileira para saber mais sobre o idioma e expressões de vocês. Porém a muitas frases estranhas para mim.— ela me olha surpresa. —Sério? Me de um exemplo. — "Estou andando correndo". Isso não faz sentido nenhum, como se corre e anda ao mesmo tempo?— ela ri. — Os brasileiros tem suas formas de se comunicar, ficaria surpreso ao saber que cada estado que temos no país, costumes, sotaques e até mesmo significados de coisas são diferentes uns para os outros. — Isso é algo bem estranho, então você será de grande ajuda, pois são clientes importantes e de grande porte. — Vai ser um prazer, ajudar. Isabella Braga — Saymon, devo dizer, esse contrato parece perfeito, acho que podemos de fato fechar isso.— murmura o tal Bruno.— E você Isabella? acho muito legal termos uma brasileira no meio disso, é do Rio mesmo?— questiona ele. — Sim, morei em Niterói, em uma comunidade lá, me mudei a poucos anos com meu irmão.— comento. — Niterói, um bom lugar, então conhece bem minhas lojas. — Sim, são conceituadas.— murmuro. — Bom, Bruno, acredito que isso seja tudo, fico feliz por finalmente conseguirmos fechar esse contrato.— diz Saymon bem sério. — Claro.— Bruno vira pra mim.— Isabella, desculpe minha inconveniência, mas não conheço bem Berlin e acho interessante ter alguém que conheça bem, e ainda sendo do mesmo lugar que eu, me daria a honra de me mostrar?—sinto minhas bochechas corarem, olho brevemente para Saymon que mantém um olhar bem intimidador para Bruno. E agora? — Ahh...eu... — Ela tem um noivo, Bruno.— meus olhos se arregalam, Max e Hans olham para ele um pouco surpresos. — Ah, bem mas não disse isso na intenção de algo e sim de fato de ter alguém para me mostrar Berlin, e como Isabella é minha conterrânea, achei que... — Bruno, acho que posso sim, meu noivo é um homem compreensível, afinal é somente para mostra um pouco da capital.— murmuro olhando para Saymon que me olha como se fosse me comer viva. — Isabella, temos muito trabalho a fazer, acho bom delegar isso a outra pessoa.— seu tom de voz é firme e demostra está irritado. Mas porque? — Senhor Kamppman... — Não! Isabella, preciso de você na empresa, você é minha assistente pessoal!— o tom de voz elevado, vejo ele fechar as mãos em punhos, como se tivesse reprimindo algo. Bruno olha para nós um tanto surpreso, logo vejo ele da um sorriso de canto. — Ok, agradeço pela atenção. Isabella, foi um prazer te conhecer.— todos se levantam, Bruno caminha até mim e aperta minha mão. — Digo o mesmo.— é tudo que consigo dizer. Ele aperta a mão dos demais, porém na vez de Saymon, vejo que o mesmo lança um olhar estranho, Kamppman olha pra Bruno como se fosse ataca-lo a qualquer momento. Sem dizer mais nada, Bruno se vira e sai da sala de reuniões. — Saymon! Qual o seu problema?!— o tal Hans diz visivelmente irritado. — Cala a boca, Hans. — Não, ele ta certo, o cara foi muito legal e Isabella ainda ajudou com esse fechamento, o que tem demais dela... — Max, Isabella é minha noiva e mesmo que essa p***a seja de faixada, não aceito esse tipo de coisa!— olho para ele indignada. — Em primeiro lugar, ser sua noiva, não me faz sua propriedade, segundo, ele pediu algo simples, mostrar a cidade! —ele ri. — Não acho que seja tão i****a a ponto de ver que ele estava flertando com você desde que a viu, e você estava retribuindo!— balanço a cabeça em negação e agora é a minha vez de ri. — Isso é sério? ser simpática agora é flertar?— ele se aproxima de mim e com uma voz ameaçadora diz. — Aprenda uma coisa, você vai ser MINHA esposa, somente minha. — e sem falar mais nada, sai da sala de reuniões fechando a porta dupla com força. — Então, você aceitou o que ele propôs?— pergunta Max. — Sim, mas estou começando a me arrepender, ele é um i****a! Ele verá que não sou um objeto e que se ele pensa que vai ser um babaca comigo, me tratando como uma propriedade, ele está muito enganado! CEO i****a!
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