Antes mesmo que eu pudesse pensar — antes que meu cérebro entendesse o que estava acontecendo, antes que o coração batesse mais forte de verdade — minha boca já tinha dito: — Sim! E num impulso quase infantil, eu pulei nos braços do Robert. Foi instintivo. Natural. Como respirar. Como sorrir. Como amar. Ele me segurou no alto, rindo, e me girou no ar como se estivéssemos em um musical bobo da Sessão da Tarde. E, pela primeira vez em muito tempo, eu não me importei. Porque a vida real pode sim ser piegas às vezes — e naquele instante, eu queria que fosse mesmo. Nos beijamos ali. No meio da calçada. No meio das flores. No meio de um mar de pessoas. E dessa vez, não eram mil... eram duas mil câmeras apontadas para a gente. E eu nem liguei. — Você tá maluca? — ele riu no meu ouvido, ain

