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Infância Perdida

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Blurb

Chloe e Maytê são duas irmãs que após a separação dos pais, passaram a viver com a mãe, uma mulher sem escrúpulos, que não sente amor pelas filhas e ao lado da mãe, as crianças vivem momentos de horror.

Aos finais de semana, as duas ficam com o pai, um homem bondoso e amoroso, que faz de tudo pelas filhas e luta sem parar pela guarda das meninas, mas será que ele conseguirá? Será que as meninas se livrarão dos horrores cometidos pela mãe?

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Por Que Não Nos Escutam?
Maytê e eu estávamos correndo pelo apartamento do nosso pai, enquanto ele arrumava as nossas mochilas. Minha irmã e eu ríamos, enquanto eu tentava pegá-la. - Meninas, cuidado. - Dizia papai. - Vocês podem se… - Ai! - Disse May ao bater com a testa em um móvel. - ...machucar. - Terminou papai. - Vem cá, meu amor, vamos dar um jeito nisso. - Pegou a minha irmã no colo. - Chloe, coloca os seus tênis, por favor. Droga! Era a hora de voltar para casa da mamãe. Os meus pais haviam se separado há uns quatro anos, foram os piores anos da minha vida. Como eu queria que os meus pais voltassem a morar juntos para eu voltar a ser feliz. Maytê tinha 5 anos e eu recém havia feito 7, mas ainda lembro como era bom quando papai morava com a gente, e se eu pudesse escolher, com certeza, eu escolheria morar com o meu pai, e sei que a minha irmã também. - Pronto, meu amor. - Colocou May no chão, após colocar um banda-aid na testa dela. - Papai, a gente precisa mesmo ir? - Perguntei. - Infelizmente, sim, baixinha. - Por que não podemos morar aqui? - Porque a justiça determina que os filhos fiquem com as mães. - Odeio a justiça! - Reclamei. Papai nos levou até a nossa casa, e de carro dava uns dez minutos. Ah, toda volta para casa era triste, eu não queria. A gente não queria. Será que se papai soubesse as coisas seriam iguais? Bom, isso eu nunca saberia, pois eu não podia contar para ele. Descemos do carro, e eu fui quase chorando até a porta da nossa casa. Papai tocou a campainha e eu peguei na mão da minha irmã, que apertou, ela sempre fazia isso, mas eu não ligava, não doía. - Ah, são vocês… - Mamãe disse ao abrir a porta. - Tchau, meus amores. May e eu abraçamos o papai, que nos deu um beijo no rosto. Eu não queria que ele fosse. Ou melhor, queria que a gente fosse com ele. E papai saiu. Ficamos vendo ele entrar no carro e dar partida. - Fechem essa porta e parem de chororô, que ninguém morreu. - Disse mamãe de forma ríspida. Eu fechei a porta e a gente a olhou. Mamãe pegou um daqueles cigarros de cheiro h******l e começou a fumar. - Querem um pouquinho? - Riu. - O que estão olhando, infelizes? Subam, e vão tomar banho. - Ficamos olhando-a, com medo. - AGORA! ESTÃO SURDAS? May e eu subimos as escadas e fomos direto para o nosso quarto. - Eu odeio ela! - Falei. - Ela que nos odeia, isso sim. Se não queria ter filhos, por que nos fez? - Boa pergunta! - Sentei na cama. - Acho melhor irmos tomar banho antes que ela venha aqui. Minha irmã acenou a cabeça de forma positiva e fomos direto para o banheiro. Tiramos nossas roupas e entramos na banheira. Tomamos o nosso banho enquanto brincávamos com as espumas. Era sempre assim, minha irmã e eu sempre tomávamos banho sozinhas quando estávamos na casa da nossa mãe, ela não nos banhava, não nos vestia, nem penteava o nosso cabelo, era como se a gente não existisse para ela. E tínhamos que fazer tudo sozinhas, era nós por nós mesmas, e como eu era mais velha, eu ajudava a minha irmã a lavar o cabelo e a se vestir, por exemplo. Assim que terminamos de nos arrumar, descemos as escadas e vimos a nossa mãe cheirando um negócio, que tinha um cheiro h******l, como ela aguentava cheirar aquilo? - Tô com fome! - Falei. - Pega alguma bolacha, e me deixe em paz, estou ocupada. - Mas e o jantar? - Se quiser comida, faça! Não sou empregada de ninguém. Eu ainda não sabia cozinhar, mas acho que estava na hora de aprender, mas como se faz isso? Será que existe curso de culinária para criança? Peguei um pacote de bolacha e fui com May até o nosso quarto. - Chloe, tô louca para crescer, quero ter logo uns… - Pensou um pouco. - 12 anos. - Pra quê? - Porque dai vou poder morar com o papai. Será que é verdade que a justiça que mandou a gente morar com a mamãe? - Você acha que não é verdade? - Perguntei. - Não sei… - Pegou uma bolacha e deu uma mordida nela. - Talvez o papai não queira morar com a gente, ele pode achar que damos muito trabalho. - Não fala besteira! Diferente da mamãe, o papai nos ama. - Eu sei… - Abaixou a cabeça. - Mas como essa tal justiça pode dizer o que é bom para gente? Nem nos conhece, não sabe o que queremos, por que não perguntam pra gente? - Eu não sei… Mas com certeza, a justiça não é nada justa. Nisso a campainha tocou, May e eu nos olhamos esperançosas. - Será que é o papai que voltou para nos buscar? - Minha irmã deu um pulo da cama. - Vamos lá ver… Fomos correndo até a escada e avistamos um homem em nossa sala. Ele era alto, magro, e tinha cabelos grisalhos, assim como sua barba, parecia ser bem mais velho que a minha mãe. Eu odiava quando ela recebia esses caras. - Quem são? - O homem perguntou ao nos ver. - Ninguém importante. - Mamãe respondeu. Logo se dirigiu pra gente. - Vamos para o meu quarto e vocês se comportem. Os dois subiram, e May e eu também. Fomos para o nosso quarto para brincar, mas estava difícil porque mamãe e aquele homem faziam barulhos muito altos, e diziam coisas feias, eu não gostava de ouvi-los, mas era impossível. - O que a mamãe sempre faz com esses caras? E por que ela grita tanto? Eles a machucam? - Maytê perguntou. - Não, eles estão namorando. - Não sabia que namorar doía tanto. Acho que nunca vou querer namorar. - Falou a minha irmã, me fazendo rir. Os barulhos e gritos ficaram mais altos. - t**a os ouvidos. - Falei. Minha irmã e eu colocamos as mãos nos ouvidos para não escutarmos, mas não estava dando muito certo. - Já sei! - Falei ao ter uma ideia. Nisso, liguei o rádio, coloquei uma música alta e assim não escutamos mais nada que vinha do quarto ao lado. Ah, por que criança não tem voz? Seria tão mais fácil se os adultos ouvissem as crianças.

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